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quarta-feira, 17 de setembro de 2025


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Douglas Prado

COLUNISTA

Douglas Prado

Nova concessionária da BR-040  vai receber pedágio majorado por 30 dias, sem fazer qualquer obra


Começa muito mal. A 12 dias da assinatura do contrato de concessão para exploração do pedágio no trecho Rio-Juiz de Fora da BR-040, os usuários da rodovia ainda não sabem quanto terão de pagar de pedágio. A previsão é de R$ 17 reais, R$ 2,50 a mais que a atual tarifa, de R$ 14,50. O contrato será assinado no dia 29, mas isso não quer dizer que a concessionária Elovias S.A. comece a trabalhar imediatamente no que interessa aos usuários. O plano de atuação, já comunicado à Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), prevê que nos primeiros 30 dias de contrato, a concessionária não dará manutenção à rodovia. Enquanto, certamente, embolsa o pedágio majorado, a concessionária vai fazer o diagnóstico técnico da infraestrutura, como condição do pavimento, drenagem e sinalização. É difícil acreditar num golpe destes contra o consumidor tenha sido oficialmente autorizado. A Elovias teve muitos e muitos meses para conhecer as condições da estrada. Afinal, teve de fazer orçamentos de obras necessárias e serviços a prestar. Deveria conhecer cada centímetro do trecho rodoviário. Mas, receber o pedágio sem prestar serviços já é uma tradição na BR-040. Foi isto que ocorreu nos últimos quatro anos. A boa notícia é que os funcionários da Concer serão aproveitados pela nova concessionária. A má é que a ANTT confirmou, em matéria da emissora Band News, que a tarifa vai aumentar.


Caso Celma exige cuidados

Três Rios está festejando, com muita justiça, a ampliação da unidade de manutenção, reparo e revisão de motores de aviões que a Celma instalou no município vizinho e que terá sua capacidade dobrada até o início do próximo ano, elevando também para 500 o número de trabalhadores contratados, diretamente. O investimento é superior a R$ 400 milhões. A Celma em Três Rios não é novidade. Ela funciona há cerca de sete anos e já atua na revisão de motores, com a perspectiva de revisar 800 turbinas por ano, até 2028. A ampliação das operações da Celma em Três Rios traz vantagens também para a empresa petropolitana, que fica mais forte. Mas, o que os nossos governantes, os de Petrópolis, precisam lembrar que são políticos e que devem tratar com mais atenção a situação da nossa maior empresa, antes que o processo de ampliação, buscando uma área próxima, como Três Rios, não se transforme em transferência definitiva e da totalidade da empresa. O confronto judicial com a empresa processada pela administração Bomtempo por ter respeitado uma norma estabelecida pelo governo estadual, sobre declaração de sua situação fiscal, é um exemplo do que não devemos fazer. O processo da Prefeitura foi extinto por inépcia, mas pode ter prejudicado o relacionamento futuro com a empresa. E não parece haver tentativa de corrigir o problema na atual administração.


TCE em Arraial

Uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) levou à exigência de que o município de Arraial do Cabo realize concursos para substituir as contratações terceirizadas de funcionários, em especial de professores e outros da área da Educação. Já é uma boa receita para Petrópolis. Quem sabe o TCE realize uma auditoria por aqui e isso leve à decisão de voltar a entregar os cargos públicos para os devidamente aprovados em concursos públicos. Mas, há outra, importante, nesta época de crises. Vejam o nome da secretaria municipal do município da Região dos Lagos, que está preparando o concurso: Secretaria de Educação, Cultura, Ciência, Tecnologia, Esporte e Lazer. Deve ter sido a forma encontrada em Arraial para diminuir o número de secretarias e, assim, reduzir a gastança.


Dia deles

Preparem os discursos. Dia 1° de outubro é Dia do Vereador.


Justiça e saúde

Um ensinamento do juiz Jorge Martins, da 4ª Vara Cível de Petrópolis, que, há quase um ano e meio, conduz audiências sobre questões da área, deveria ser aprendido pelas autoridades municipais. Nesta questão de atendimento aos pacientes que precisam de cirurgias e esperam em longas e demoradas filas, muitas vezes por anos, o mundo ideal, segundo o juiz, é garantir que existam salas cirúrgicas, corpo médico e corpo de assistentes da enfermagem. Tem que juntar as três coisas. Não adianta ter salas cirúrgicas, sem mão de obra. Não adianta ter pessoal, se faltam as instalações e os insumos.


Espaço das Flores

Projeto do vereador Fred Procópio, aprovado pela Câmara e sancionado pelo prefeito, institui o projeto Espaço das Flores em áreas públicas. Pode virar uma atração turística importante, se o governo cuidar do projeto melhor do que cuida do dia a dia da cidade. O prefeito Hingo Hammes tem 90 dias para regulamentar a nova lei e será importante que haja articulações com os produtores do Caxambu e da Posse e com empresas como os orquidários.


Remediando

Num único dia, a Prefeitura publicou 15 atas de registro de preços para aquisição de medicamentos padronizados Rename/Remume (Relação Nacional de Medicamentos Essenciais/Relação Municipal de Medicamentos Essenciais, do SUS). É difícil acreditar que não estejam faltando medicamentos, tal a correria para fazer compras. Dizem, aliás, que para ter alguma chance de comprar medicamentos em alguns laboratórios, o município terá de pagar contas atrasadas.


No escuro

Se alguém tiver dúvidas de que há alguma coisa profundamente errada no serviço de manutenção da rede de iluminação pública de Petrópolis basta perguntar aos moradores da Rua 29 de Junho. Eles denunciam há dois anos, sem qualquer resultado, que a lâmpada existente no encontro da 29 de Junho com a Rockfeller. A conta da “contribuição” para manter o serviço chega religiosamente aos moradores. Se permanecerem as dúvidas sobre o péssimo serviço e a absoluta ausência de fiscalização por parte do governo municipal, a pergunta também pode ser feita a moradores de outras muitas centenas de ruas de Petrópolis. Experimentem perguntar aos moradores de Corrêas sobre as lâmpadas apagadas na Rua Princesa Dona Paula, trecho que margeia o muro da antiga fábrica da Souza Cruz.

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