COLUNISTA
Há lixo espalhado em calçadas de vários bairros de Petrópolis. Quem conhece do assunto diz que isso é resultado da falta de caminhões e coletores, o que deixa três setores de coleta desatendidos com regularidade e que a situação vai ficar ainda pior. É que, provavelmente por não receber o que lhe deve a Prefeitura, o aterro sanitário de Três Rios faz uma espécie de operação “quase parando”. Já registro de demora de 2h30min para descarregar uma carreta em condições normais, neste tempo, o veículo poderia voltar a Petrópolis, carregar e volta a Três Rios com mais lixo. Há pelo menos sete caminhões coletores, que a Prefeitura aluga, quebrados. E, se estivessem em operação, não haveria coletores para trabalhar neles. Há cerca de 20 a 30 faltas por dia. Os caminhões que cobrem alguns setores, saem com apenas dois coletores. Com isso, o lixo que fica nos becos, fora das vias principais, é deixado para trás.
Enquanto continuamos gastando como se não houvesse amanhã e a Prefeitura não fosse inadimplente em várias áreas, só resta rezar para que seja bem-sucedida a licitação programada para o dia 7 de outubro próximo, para “contratação de empresa especializada em prestação de serviços de informática e infraestrutura para o programa de recuperação e estímulo à quitação de débitos tributários Refis Municipal 2025”. Vai custar módicos R$ 890.116,67 aos cofres municipais. Estranha cronologia, para um município que está precisando arrecadar algum dinheiro e sobreviver financeiramente: o programa municipal de cobrança de impostos atrasados, concedendo generosas vantagens aos devedores, foi aprovado em junho último deveria ser providenciado no primeiro dia do ano e do governo Hingo Hammes. Da aprovação da lei que autorizou a anistia concedida, agora com o nome de Refis Municipal, o programa foi “iniciado” no início de setembro, daí a estranheza que a licitação para contratar apoio à campanha fiscal seja realizada somente em outubro. Quem quiser que dê nome a esse quadro.
Decreto do prefeito Hingo Hammes, publicado esta semana, prorroga por mais dois meses o prazo dado à comissão formada em julho, para coordenar as tarefas dadas aos ocupantes de cargos do primeiro escalão da Prefeitura, para concluir o trabalho de avaliação da “descrição das ações executadas, as dificuldades encontradas e as propostas de adequação, com vistas ao aperfeiçoamento da gestão fiscal e administrativa”. Isso tudo tem a ver com a declaração de calamidade financeira no município, também em julho. O novo decreto estabelece que, se houver necessidade, o prazo pode ser prorrogado por outros dois meses. E, até agora, nenhuma palavra de esclarecimento aos cidadãos/eleitores/contribuintes/consumidores.
A reforma e ampliação dos vestiários do Departamento de Manutenção Viária da Secretaria de Obras, na Vila Militar, vão custar módicos R$ 385 mil. Município rico, com dinheiro sobrando é outra coisa!
O Tribunal de Contas da União tem, agora, uma unidade especializada na fiscalização da infraestrutura rodoviária, que cobre também a concessão de rodovias para exploradores de pedágio. Quem sabe algum dos integrantes desse serviço pense em examinar a regularidade do contrato da nova exploradora de pedágio na BR-040 e se os termos e prazos não são danosos aos interesses de Petrópolis, de todos que pagam para usar a rodovia e, em consequência para a economia do país.
Decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu que é inconstitucional lei do Estado de São Paulo que cria regras para o transporte individual remunerado de passageiros. A lei cancelada exigia que os mototaxistas tivessem autorização e se submetessem à regulamentação, pelos municípios. Segundo a sentença, a norma violaria a livre iniciativa. Aqui em Petrópolis, tomara que continuemos contando com o atendimento do Hospital Santa Teresa às vítimas de acidentes de trânsito.
O período de discussão sobre a delimitação e denominação de bairros em Petrópolis foi prorrogado até o dia 2 de novembro. Boa decisão do governo, porque é preciso dar mais tempo para ouvir líderes comunitários e especialistas. O abairramento de Petrópolis, hoje dividido em quarteirões estabelecidos por Koeler, no século XIX, é tema muito sensível para que as decisões sejam apressadas e tomadas por pequenos grupos, em salas fechadas.
A petropolitana Célia Abend, cria da redação do Diário, onde começou muito cedo, já demonstrando as qualidades que a guiariam como uma das mais competentes jornalistas de sua geração, nas redações dos mais importantes órgãos de imprensa do país e na prestação de serviços de assessoria de imprensa, reencontrou-se com o diretor do Diário de Petrópolis, Paulo Antonio Carneiro Dias, na última quinta-feira, em evento na sede da Firjan no Rio. Reforçaram os laços de respeito e amizade que sempre mantiveram ao longo dos anos. No evento, parte do Fórum Líderes Empresariais (Lide Rio) Oportunidades e Desafios Econômicos: Perspectivas para o Brasil e o Rio de Janeiro, foi destaque o secretário da Casa Civil do governo do estado, Nicola Miccione, que conta com a assessoria de Célia Abend. Ele falou sobre os avanços e desafios enfrentados pelo Rio de Janeiro nos últimos cinco anos, afirmando que o estado tem mantido perspectivas econômicas positivas, com resultados expressivos. “O Rio de Janeiro reconstruiu sua credibilidade fiscal, o que abriu espaço para o maior ciclo de investimentos da última década”, afirmou Miccione. O evento contou ainda com as presenças do presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, e do economista e pesquisador do BTG Pactual e da FGV IBRE, Samuel de Abreu Pessôa.
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