COLUNISTA
Nos seus nove meses de governo, Hingo Hammes, assinou 121 portarias rescindindo contratos de servidores da Educação. É número suficiente para deixar algumas escolas sem funcionários para funcionar. Só em setembro, foram 22, o suficiente para parar uma escola pequena, como são muitas das nossas. Nos dois anos anteriores, em que Rubens Bomtempo esteve no poder, a situação foi ainda pior. E o problema vinha de longe. Dá algum trabalho, mas quem quiser testar, basta consultar o Diário Oficial da época. Isso tudo representa dizer que a necessidade de contratar profissionais era crescente e que a situação se agravava dia a dia. Se o prefeito anterior e o atual sabiam que a demandada de professores muitos insatisfeitos com os salários e com as condições de trabalho levaria, inevitavelmente, às contratações emergenciais, como aconteceu. Só que, no caso, não havia emergência alguma. Todos sabiam o que estava acontecendo e quais as consequências, tudo muito previsível. É possível dizer que a terceirização era uma solução buscada para o problema da falta de pessoal na área da Educação. E foi assim que o valor do contrato saltou de R$ 27.743.957,52, para R$ 107.365.886,76 considerando que o primeiro contrato era semestral e o último é anual, o número correto da conta atual é de R$ 53,682,943,38. Para um município que não consegue pagar suas contas, que mal reúne dinheiro para pagar a folha do mês do funcionalismo, é uma conta muito pesada. E a situação não é boa para o município, não é boa para o professor, não é boa para o restante do funcionalismo e é péssima para o contribuinte. Difícil imaginar que não há ninguém ganhando com isso. É difícil dizer quantos professores aprovados no último concurso da Prefeitura estão sendo contratados para substituir terceirizados. A cada portaria com uma lista de professores, segue-se outra anulando a contratação, sob o argumento de que os convocados não compareceram. Talvez fosse melhor convocar os professores, para descobrir se ainda estão interessados no emprego, antes de publicar a nomeação.
Pedindo desculpas aos leitores: o nome da empresa de terceirização de servidores é Capital Ambiental Construções e Serviços Ltda. e não Força Ambiental, como publicamos na última coluna. Feito o reparo, vamos a fatos novos. A Comdep tem contado, já há vários dias, com apenas a metade dos caminhões coletores que ela paga para coletar o lixo da cidade. É outro contrato caro e danoso para os interesses da cidade. Além das dificuldades para coletar o lixo, uma operação tartaruga que vem sendo feita no aterro sanitário de Três Rios torna ainda mais graves as dificuldades de Petrópolis com relação ao seu lixo. Dá para apostar que a Prefeitura está devendo contas atrasadas. E o resultado é mais sujeira nas ruas.
Sobre nota publicada na última coluna, registrando que não houve qualquer movimento no sentido de votar as contas de prefeitos, que estão encalhadas na Câmara, um sábio amigo da coluna lembrou: se nenhuma providência for tomada, daqui até o fim do ano, as contas vão continuar engavetadas, sem o necessário julgamento dos vereadores. É que o próximo ano é eleitoral e os que não querem a votação vão sempre argumentar que são vítimas de críticas eleitorais, de fake news, amparo em decisões judiciais que já expiraram e o que mais puderem inventar. Daqui até o fim do ano, teremos menos de dois meses de prazo para regularizar a situação. Há contas de 2016 que ainda não foram votadas.
Na última coluna cometi uma injustiça com a Guarda Civil Municipal, informando erradamente que até ela tinha funcionários terceirizados. Corrijo a informação, com base em informações do comandante da GCM, Eliel Silveira. A Guarda tem dois servidores da Comdep, um para cuidar da área externa da sede da instituição e outro para a limpeza interna. Os dois são antigos concursados. E ainda uma servidora de carreira da CPTrans, para atuar na revisão de multas. E, também, um treinador de cães, cedido pela Secretaria de Serviços e Ordem Pública, à qual a própria Guarda é ligada.
Com a participação da Gapa Itaipava, única ong da Região Serrana integrante do programa Adotar é Tudo de Bom, vai participar hoje do Dia da Adoção da Pedigree (@pedigreebr). O evento será realizado das 9h30min às 15h30min, na varanda do Parque de Exposições de Itaipava. O evento faz parte do movimento de adoção global promovido pela Mars Petcare, empresa que produz alimentos para os pets. O presidente da Gapa, botafoguense Carlos Eduardo Pereira, diz que sua ong também levará animaizinhos lindos para oferecer em adoção.
Os mais de 61 mil eleitores de Três Rios voltam às urnas amanhã (5/10) para eleger o prefeito do município, em eleições suplementares, tendo em vista o afastamento pelo TRE, do prefeito Joacir Barbalho Pereira, reeleito no pleito do ano passado. Disputam o comando do município viziho os candidatos Anderson Bento de Medeiros, o professor Anderson Muriçoca, pelo Partido Renovação Democrática (PRD); Beatriz Retto Bogossian, a Bia Bogossian, pelo Partido Social Democrático (PSD); Jonas Mascarenhas Macedo (Podemos), o Jonas Dico, pela Coligação Três Rios Não Pode Parar (Podemos / MDB) Dico é o presidente da Câmara Municipal e ocupa provisoriamente o cargo de prefeito municipal; Jorge Luís de Almeida Junior, pelo Democracia Cristã (DC); Juarez de Souza Pereira (Solidariedade), o Juarez da Saúde, pela Coligação Três Rios Merece Mais (Solidariedade / Novo). A apuração e divulgação dos resultados deve ocorrer no início da noite do próprio domingo.
A Constituição brasileira completa amanhã 37 anos de sua aprovação. Merece todas as comemorações e homenagens. Mas, o eleitor petropolitano não pode esquecer de como naquela época a cidade tinha mais importância na política nacional. Em 1986, elegemos quatro deputados constituintes (Anna Maria Rattes, Nélson Sabrá, Roberto Jefferson e Adolpho de Oliveira). Hoje, mal conseguimos eleger um deputado federal.
Dois ex-vereadores de Petrópolis, Mauro Peralta e Jorge Barenco, participaram da solenidade de entrega da Medalha Tiradentes à deputada federal Laura Carneiro. Outro petropolitano, o deputado estadual Sérgio Fernandes, foi um dos autores da proposta de homenagem à parlamentar.
Técnicos do governo e da nova concessionária que vai explorar o pedágio na BR-040 conversaram, durante a assinatura do contrato de concessão da rodovia, na última quinta-feira. Deixavam claro que a União vai arcar com a construção de nova ponte de ligação entre a BR-040 e a Estrada União e Indústria, na localidade Arranha-Céu, em Itaipava. Não depender de dinheiro da Prefeitura já é um fator altamente positivo.
Há uma memória clara sobre a atuação da ex-vereadora Wilma Borsato, falecida na última quarta-feira. Ela representou seu bairro Cascatinha com absoluta paixão. Indispôs-se com gente poderosa em defesa do seu distrito. E lutou decididamente pelo meio ambiente de Petrópolis. Poucos tiveram a coragem e energia para fazer tanto. Merece as homenagens que vem recebendo.
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