COLUNISTA
O grupo de líderes da NovAmosanta, responsável pelos mais cuidadosos estudos sobre os problemas dos distritos de Petrópolis, em especial os provocados pelo trânsito caótico nas ligações pela Estrada União e Indústria, está trabalhando em um novo projeto, que busca conseguir com o Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT) os recursos necessários para realizar os projetos de criação de uma nova pista de rolamento de veículos, utilizando a Rua Agante Moço, que passa atrás do Parque Municipal, em Itaipava. A obra compreende a construção de nova ponte em Bonsucesso, a reformulação da rotatória e a construção de uma ponte e um trecho de pista num terreno hoje ocupado pela Comdep, na altura do Corpo de Bombeiros e do Fórum, e também a construção de uma rotatória, na altura da confluência da União e Indústria com a rodovia para Teresópolis, ocupando também uma área cedida pelo Supermercado Bramil, em frente ao terminal rodoviário.
O projeto é prioridade para a NovAmosanta, uma das mais importantes entidades comunitárias de Petrópolis. Chamo de engenharia contra o caos, porque tem em vista a redução dos graves problemas de mobilidade existentes na região, que provocam irritantes engarrafamentos, que já começam a afastar turistas e que, nos dias de semana, transtornam a vida dos moradores que de toda a região dos distritos que trabalham ou estudam no Centro uma viagem da Posse até o Centro Histórico pode demorar até três horas. A solução para tornar as obras realidade apresentada é difícil, mas criativa. Envolveria a concessão da rodovia BR-040, pelo menos em uma das alternativas em discussão, que é a de estender o contrato com a Concer, que complementaria as obras da Nova Subida da Serra, incluindo a ligação Bingen-Quitandinha e o projeto viário para Itaipava.
Os que defendem a ideia argumentam que a Concer está disposta a iniciar as obras na BR-040 um mês após a assinatura do novo contrato. Ela tem como vantagem todas as licenças ambientais para realização da obra, em menos tempo, garantem, do que levaria o processo para promover licitação pública e escolher nova concessionária. Aproveitando a negociação necessária com a Concer, o DNIT, espera a NovAmosanta, colocaria na mesa o projeto de Itaipava, que já tem apoio de parlamentares federais fluminenses. Há dificuldades. O Tribunal de Contas da União já examinou o contrato de concessão da BR-040 e colocou-se contrário à manutenção da Concer, cuja contrato já expirou.
O grupo considera que a Concer, interessada em renovar seu contrato, pode fazer um gesto de boa vontade para Petrópolis, a maior prejudicada pela interrupção das obras de construção da nova pista da BR-040 de subida da serra. O governo municipal não se oporia, acreditam, se a medida representasse a realização de um projeto de importância vital para o município. E haveria argumentos técnicos e políticos para convencer o Tribunal de Contas.
Com as obras sonhadas pela comunidade de Itaipava e dos demais distritos, o trânsito de veículos se daria em mão única, pela União e Indústria, no trecho entre o Shopping Tarrafas e o Trevo de Bonsucesso. O trânsito do Trevo de Bonsucesso ao Tarrafas seria feito pela Rua Agante Moço, com acesso pela nova ponte, que permitiria evitar um pequeno trecho em que haveria dificuldades maiores para alargar a via.
Mas não são apenas as obras sonhadas pela NovAmosanto e outros líderes da região que devem ser tratadas como prioridade absoluta. Há outras providências com que a comunidade sonha. Há problemas que dependem apenas que a Prefeitura assuma o seu poder legal de fiscalização, para organizar as operações de carga e descarga de caminhões, não só em Itaipava, mas em todo o município. As bandalhas se repetem por toda a cidade e são um dos sérios problemas de trânsito especialmente na União e Indústria, importantíssima, por ser a única ligação entre o Centro Histórico e os distritos. É um trabalho que poderia justificar a existência da Guarda Civil Municipal e da CPTrans.
É inadiável que a Prefeitura tente, ao menos, fazer o que prometeu: impedir os abusos perigosos e agressivos de uma parte considerável das muitas milhares de motos que transitam na cidade. O barulho, os malabarismos perigosos e as ultrapassagens pela contramão são inadmissíveis. Reprimir esses abusos faz parte das obrigações legais do município.
Outra medida que depende apenas da Prefeitura e que não teria custos elevados: colocar em funcionamento o estacionamento de veículos do Parque Municipal Prefeito Paulo Rattes e disciplinar o uso das vagas existentes no Horto Mercado José Carneiro Dias, que vem perdendo clientela, porque seus fregueses não encontram vagas de estacionamento, ocupadas por frequentadores do parque ou de outras atividades da região. Uma alternativa seria implantar algum tipo de cobrança, da qual estariam livres os fregueses do hortomercado. Os recursos arrecadados seriam utilizados na administração da área. Não deve ser impossível, porque a Prefeitura já pensa em abrir o estacionamento durante a realização de eventos no parque.
Com a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito pela Assembleia Legislativa (Alerj), o futuro do governador Cláudio Castro está nas mãos dos deputados estaduais. Sabendo-se que, se as investigações se arrastarem até o ano que vem e, então, a Alerj tirar o mandato de Castro, seu substituto seria eleito pelos próprios deputados, para governar até o fim de 2026. Se ocorrer a cassação ainda este ano, haverá uma nova eleição. A CPI já está formada: terão os deputados Alan Lopes (PL), Rodrigo Amorim (União), Márcio Canela (União), Thiago Rangel (PMB), o petropolitano Yuri Moura (PSOL), Marcelo Dino (União), Val Ceasa (Patri) e Giovani Ratinho (Solidariedade). A CPI foi oficialmente criada por resolução publicada ontem no DO do Estado.
Não há uma só empresa de Petrópolis na relação dos maiores contribuintes do Estado do Rio de Janeiro. Se serve de consolo, a lista publicada no Diário Oficial, pela Secretaria de Fazenda, serve para estabelecer quais são as empresas que recebem fiscalização especialmente mais atenta, nas chamadas condições de monitoramento.
Os novos inquilinos da Secretaria de Estado de Governo, que substituíram Bernardo Rossi, estão promovendo grandes mudanças na estrutura do órgão estadual. Acabou, por exemplo, uma Superintendência da Marcha pela Cidadania e Ordem.
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