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quarta-feira, 15 de maio de 2024


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Douglas Prado

COLUNISTA

Douglas Prado

Cassações em pauta

O TRE pautou para a próxima sexta-feira, às 14h, o processo em que é pedida a cassação do governador Cláudio de Castro, do vice-governador Thiago Pampolha e do presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar. A pauta deve ser publicada hoje no Diário do Judiciário. O parecer do Ministério Público defende pena de cassação, inelegibilidade por oito anos e aplicação da maior multa prevista na legislação. A acusação é de uso de órgão público e suas verbas para contratar funcionários irregularmente e utilizá-los como cabos eleitorais. Além dos três mais importantes, há outros políticos que também podem ser cassados e ficar inelegíveis.

Riscos futuros 1

O gigantesco déficit previdenciário que Petrópolis vem acumulando e que se mostra um gigantesco problema para o desenvolvimento da cidade, volta a ser tema de campanha eleitoral. Nada mais justo. Num futuro muito próximo, não haverá dinheiro para pagar as contas da Previdência Municipal. Para saldá-las, será preciso deixar de pagar as demais contas. Num futuro mais distante, não teremos dinheiro suficiente para pagar nem uma, nem a outra. É justo, portanto, que os candidatos busquem discutir o problema e, esperamos, apresentem suas propostas de solução. Com certeza, uma coisa a mudar será, obrigatoriamente, a corrida desenfreada do governo no caminho da terceirização do serviço público.


Riscos futuros 2

No momento, o que há é um estranho distanciamento de qualquer coisa que tenha a ver com o futuro da cidade. Estamos na marca zero com relação ao planejamento, seja o urbano, o financeiro, o econômico. Não se planeja. Os governos sequer conseguem projetar um orçamento que sobreviva à realidade do ano seguinte. É escandaloso o índice de mudanças orçamentárias feitas ao longo dos anos, porque os governos publicam um modelo já vencido de orçamento anual e mexem nele ao bel prazer, para tentar incluir os projetos reais.


Riscos futuros 3

Se não conseguimos planejar o que vamos receber e o que vamos gastar no ano seguinte, como esperar que os governos pensem em enfrentar a questão habitacional de uma cidade que continua crescendo nas encostas de alto risco, provocando perdas humanas, econômicas e ambientais. Como acreditar que haverá espaço para pensar e resolver a questão previdenciária, se nossos governos se mostram incapazes de resolver os problemas do trânsito, dos transportes coletivos, da limpeza urbana. Pensando bem, os pré-candidatos precisam esmiuçar esses assuntos. Como estamos, não há futuro.


Cultura do automóvel 1

Enquanto no setor privado cresce a utilização da tecnologia, para evitar deslocamentos e seus gastos, o setor público continua motorizando os ocupantes de cargos de direção, num ritmo que nunca se viu antes. Há compras de carros, caminhonetes e vans, há aluguel de veículos, inclusive blindados. Para cada um deles, um motorista. E se olharmos bem, vamos descobrir que a maioria dos deslocamentos era desnecessária.


Cultura do automóvel 2

Agora, o mais novo episódio desse avanço da frota pública é a compra, pela Prefeitura, de 14 veículos que serviam aos vereadores, na Câmara Municipal. São mais 14, a demandar manutenção, combustível, motoristas. Se isso garantisse pelo menos o deslocamento de fiscais, que precisam ir aos lugares, para verificar os problemas e cumprir suas funções, seria alguma justificativa. Mas, parece que os governantes não gostam da atividade que lhes cabe, de fiscalizar o cumprimento da legislação municipal. Vale para obras, trânsito, transportes, coleta de lixo, e muito mais. Como diminuir a ocupação de encostas perigosas, se não há fiscalização?


Segurança

Moradores do Carangola, em especial do Vale do Carangola, estão observando a chegada ao bairro de grupos de pessoas, que consideram suspeitas e que já começam a dar ordens, aqui e ali. Pedem atenção especial das autoridades, para evitar que o bairro seja transformado em domínio de marginais, do tráfico ou da milícia. As incursões passageiras da PM não devolvem a tranquilidade aos moradores.


Lago de Nogueira

Moradores de Nogueira e de bairros próximos registram que o Lago de Nogueira está sendo dragado, o que consideram boa iniciativa. Mas, ficam preocupados ao observar que não há qualquer movimento para recuperar a área em volta do lago, como recuperar as calçadas, construir rampas para permitir o acesso de cadeirantes e a instalação de bancos.

Foto: Divulgação

Ao lado de Marcus Vinicius Neskau, Chocolate e outros amigos, Jefinho (camisa preta) comemorou aniversário em Vila Isabel. Foto: Divulgação

Na Vila

Jeferson Cirilo, o Jefinho do Neskau, comemorou aniversário, no último sábado, reunindo amigos em Vila Isabel, com um churrasco regado a cerveja e samba. Entre os amigos presentes estava o ex-deputado Marcus Vinícius Neskau, que falava sobre as boas possibilidades eleitorais do PRD de Petrópolis, partido de que é dirigente nacional. No encontro, Neskau conheceu o sambista Chocolate, e Jefinho propôs logo a formação de uma dupla de pagode.


Investigação

O deputado estadual Rodrigo Amorim (União) apresentou representação no Tribunal de Contas do Estado, pedindo investigação nos gastos feitos pela Prefeitura de Petrópolis, durante a tragédia da chuva, em 2022, com os R$ 30 milhões enviados pela Assembleia Legislativa. Aparentemente, os deputados estão se precavendo, para evitar envolvimento com qualquer irregularidade que possa ter ocorrido no uso dos recursos doados. Lembrando que foi desse montante que saiu o dinheiro para a mal explicada compra do prédio da Rua Floriano Peixoto.

Foto: Divulgação
O comando da Federação PSOL-Rede posou para fotos durante encontro na segunda-feira, em Petrópolis. Foto: Divulgação


PSOL-Rede 1

O encontro da Federação PSOL-Rede Sustentabilidade em Petrópolis realizado na última segunda-feira deixou animados os militantes dos dois partidos e, sobretudo, os pré-candidatos a vereador. Presidente estadual da Federação, Yuri Moura comandou os trabalhos e expôs sua disposição de debater na campanha eleitoral o que classifica de círculo vicioso de alternância do poder entre os grupos do prefeito Rubens Bomtempo e do ex-prefeito Bernardo Rossi. Mais claramente, assumiu compromissos de ser candidato de oposição aos dois grupos e aos que a eles se aliam. Inclusive ao autodeclarado esquerdista, aninhado no PSB.


PSOL-Rede 2

A campanha eleitoral só começa no segundo semestre, mas os debates de pré-campanha já têm nome e temas escolhidos.Será o Pra Frente Petrópolis, que pretende levar às comunidades de todo o município a discussão sobre revenção a tragédias, educação, transporte público, saúde e meio ambiente para um desenvolvimento econômico sustentável e com justiça social. Marcos Novaes vai coordenar esse trabalho.

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