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segunda-feira, 20 de maio de 2024


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Douglas Prado

COLUNISTA

Douglas Prado

Bomba atômica 1

A catástrofe que se abateu sobre o Rio Grande do Sul e o julgamento, numa mesma ação, do governador Cláudio Castro, do vice-governador Thiago Pampolha e do presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar, e até do nosso ex-prefeito Bernardo Rossi, por crime eleitoral, no TRE, reduziram um pouco o impacto da decisão do ministro Herman Benjamin, no processo a que o prefeito Rubens Bomtempo responde desde o início dos anos de 2010, por improbidade administrativa, por problemas que teriam causado prejuízos ao Inpas. Mas, é uma bomba com muitos megatons.

Bomba atômica 2

Na prática, esquecendo os jargões do Judiciário, o ministro liquidou com todos os artifícios de defesa usados por Rubens Bomtempo, para se livrar da condenação a inelegibilidade e proibição de exercer cargos públicos, que transitou em julgado em 2015. Até agora, não aconteceu nada, mas, a qualquer momento, o Ministério Público, que é o dono da ação, pode pedir a execução da sentença. As consequências: proibido de exercer função pública, Bomtempo perderia o restante do mandato de prefeito e, inelegível, não poderia ser candidato à reeleição. Mesmo que o STJ demore para examinar os embargos internos apresentados pelo prefeito, esse recurso não tem efeito suspensivo sobre a decisão do ministro. Pelo sim, pelo não, já tem muita gente procurando no grupo de Bomtempo um possível candidato para substituí-lo na batalha eleitoral.


Escândalo da merenda

As denúncias de graves irregularidades na aquisição de produtos para a merenda escolar de produtores rurais do município, em 2018, e que resultaram em incursão da Polícia Federal a Petrópolis, no início do ano, continuam cobrando seu preço, tanto para os produtores, quanto para as crianças de nossas escolas. É que a Prefeitura desconhece os desdobramentos da operação que investiga os indícios de fraude. A Prefeitura e toda a população desconhecem se houve mesmo fraudes e quem eram os envolvidos. E, principalmente, quem são os denunciados neste caso.

Bom projeto

A Câmara Municipal aprovou projeto do vereador Hingo Hammes, que cria o Dia Municipal dos Museu em Petrópolis. Será no dia 18 de maio. É um passo importante de valorização dos museus petropolitanos, que pode ter desdobramentos favoráveis à difusão cultural e turística. Uma das ideias que acompanha o projeto é utilizar o grande prestígio de museus como a Casa de Stefan Zweig, o Museu Imperial e a Casa de Santos Dumont, para promover eventos que tragam à cidade dirigentes de outros museus importantes do país. Os museus têm papel fundamental na atividade turística.

l Museus a serviço da cultura e turismo /Crédito: Divulgação


Leis sobre os pets

Muitos defensores dos bichinhos estão se preparando para participar de sessão pública da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa, convocada por seu presidente, Rodrigo Amorim, para iniciar discussão sobre mudanças na legislação para aprovar penas mais severas por maus tratos a animais e, também, para os responsáveis por animais mais fortes e agressivos, por não controlarem adequadamente seus cães. Será amanhã (20), às 15h, na Alerj. Do encontro participarão os chefes da Polícia Civil, da PM e da Defesa Civil.


Debates

Têm reunido bom público os Círculos de Debates, promovidos pelo deputado Yuri Moura, para tratar de temas específicos. Em Petrópolis, já foram realizados dois, no Colégio Lápis de Cor, com os temas Emprego e Combate à fome, e assistência Social. Este último teve a presença do deputado federal Henrique Vieira.

Algodão entre cristais

O secretário municipal de Governo, Marcus São Thiago exerceu importante papel de pacificador para conseguir que a empresa PCDA Serviços reabrisse, na quinta-feira, a estação de transbordo do lixo coletado em Petrópolis, na BR-040. O equipamento é fundamental para o funcionamento da coleta e destinação final do lixo e tinha sido fechado pela empresa, vítima de um calote de quatro meses de remuneração, aplicado pelo município. A estação suspendeu as atividades, porque, sem receber pelos serviços prestados, já tinha dificuldades para garantir a manutenção essencial para evitar problemas ambientais graves - e também para custear a retirada e tratamento do chorume produzido pelo lixo. São Thiago ligou para o dono da empresa, Jeferson Barreiros, e conseguiu prazo até a próxima terça-feira, para resolver o problema. Mas, o risco continua.

Ficou para quinta-feira

O destino do governador Cláudio Castro, do vice-governador Thiago Pampolha e do presidente da Assembleia Legislativa Rodrigo Bacellar e do nosso ex-prefeito Bernardo Rossi e de vários outros políticos, incluindo parlamentares e ex-secretários estaduais ainda não foi definido pelo TRE. A sessão de julgamento por abuso de poder político e de poder econômico foi interrompida pelo pedido de vista do desembargador federal Marcelo Granado, depois do voto do relator, Peterson Barroso Simão, e será retomada na próxima quinta-feira. Mas, Bernardo Rossi pode dormir um pouco mais tranquilo, porque o relator, que votou pela condenação de Castro, Pampolha e Bacellar, pediu sua absolvição.


Leandro garimpando ideias

Pré-candidato a prefeito, o ex-prefeito Leandro Sampaio, está aproveitando esta fase de pré-campanha para garimpar ideias, em municípios que estão se destacando no cenário estadual, com ações que produzem desenvolvimento econômico, social e urbanístico. A última visita ocorreu em Miguel Pereira. Leandro foi conhecer o trabalho do prefeito André Português. O município vizinho está alcançando excelentes resultados também na economia, com a expansão do turismo. Está virando um dos principais centros de atração turística do estado, enquanto Petrópolis, com seus serviços públicos precários, afasta os turistas.

Santa Teresa

Culpar apenas a prefeitura pelas dificuldades de manter contrato com o Hospital Santa Teresa para o atendimento de vítimas de acidentes, pacientes renais e algumas outras especialidades, é insuficiente. É preciso aumentar o leque. O governo estadual, responsável por uma parcela das despesas com o hospital não transfere recursos para a Prefeitura desde novembro do ano passado seis meses de calote.

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