COLUNISTA
Petrópolis tem mais uma chance, hoje, de escapar da penúria financeira em que fomos atirados por conta de uma administração pouco cuidadosa para não dizer irresponsável. Está marcada para as 14h39min, uma audiência especial com a 1ª Turma do Superior Tribunal Federal, para decidir um assunto vital: a volta do ICMS a mais, que Petrópolis ganhou em 2022, com base em liminares, e que perdeu em 2024, o que representou uma drástica redução nas receitas municipais. Como o governo municipal preferiu aumentar os gastos fixos, com ocorreu na criação de novas secretarias municipais e outros nenhum deles para resolver problemas estruturais da cidade, como mobilidade urbana a Prefeitura não tem como sobreviver sem o dinheiro a mais. A audiência é uma tentativa de recuperá-lo, o que salvaria o governo Rubens Bomtempo de uma derrocada épica.
O que o STF determinar hoje sobre o tamanho da cota do ICMS que Petrópolis tem direito a receber decide se chegaremos ao fim do ano pagando os salários dos servidores, as obras em andamento, as contas do dia a dia, os gastos com escolas e unidades de saúde. Tudo pode ser prejudicado se o entendimento dos ministros da 1ª Turma acompanhar decisão monocrática tomada pelo ministro Cristiano Zanin, que derrubou as decisões judiciais anteriores que garantiam ao município o aumento de sua cota de participação no ICMS. Esse acréscimo garantiu cerca de R$ 400 milhões aos cofres municipais. Se o STF mantiver a derrubada do ICMS a mais, pode haver também o entendimento de que Petrópolis deve devolver aos cofres públicos o dinheiro que recebeu e que saiu da cota dos demais municípios fluminenses. Essa cobrança já vinha sendo feita pela Secretaria de Estado de Fazenda, que, há várias semanas, não estaria repassando recursos para Petrópolis, medida que foi estancada por decisão do presidente do STF, no mesmo ato que marcou a audiência especial de hoje. Os demais municípios estão de olho nessa ação.
O mundo político de Petrópolis está vivendo um momento diferente nesses dias. Os adversários de Rubens Bomtempo, que poderiam ver Bomtempo, um candidato ainda na disputa pela reeleição, ver sua administração naufragar, diante de dificuldades financeiras que viriam, estão torcendo para que a Prefeitura recupere os recursos. Mesmo que isso venha a tornar Bomtempo mais competitivo nas eleições de outubro.
Quem assinalou que Miguel Pereira dá mais um passo nas áreas cultural e turística foi Aristóteles Drummond, em artigo que homenageia um herói brasileiro da cultura, Paschoal Carlos Magno. O espaço em reforma no município vizinho, a Fazenda Arcozelo, é destinado à arte teatral. Vai atrair artistas, técnicos, autores, diretores, e formar novos profissionais para o teatro. Enquanto isso, seguimos nossa vocação de menosprezar qualquer atributo que possa nos diferenciar. Está lá, na Praça dos Expedicionários, um exemplo que não nos deixa mentir, a obra inacabada do nosso grande Teatro Municipal, que atravessou três governos e não foi concluída. E que fica sem\ propósito, se pensarmos em como a atividade teatral vem sendo tratada aqui. E o problema não é apenas do atual governo. Vem de longe.
O Tribunal de Contas do Estado iniciou pela CPTrans uma investigação para apurar nepotismo na Prefeitura de Petrópolis. Nepotismo, como todos sabem, é a contratação de parentes de integrantes do governo para cargos de livre nomeação. Alguém arrisca garantir que não há casos em outros setores da Prefeitura?
Há mais de 40 anos, muitos movimentos importantes de campanhas eleitorais foram articulados em conversa no Bar do Bito, no centro da Posse, onde é servido, até hoje, um chouriço de qualidade excepcional. Pois é de lá que está saindo um candidato a vereador, cuja pré-campanha vem crescendo muito no distrito. O pré-candidato é Vitinho do Bito, filho de Bito, o dono do bar. Outros candidatos sabem que ele pode ficar com uma das vagas na Câmara Municipal, mas não deixam de visitar o Bar do Bito.
O Inpas escolheu um momento péssimo do mercado imobiliário, em Petrópolis e em especial na Rua Teresa, para vender o prédio de sua propriedade, no número 459 daquela rua. Sorte que contratou para avaliar locação ou venda a eficiente imobiliária Aica, que pode alertar sobre o problema. O prédio do Inpas é grande e acaba de ser reformado, com gastos de cerca de R$ 1 milhão.
A OAB de Petrópolis está mobilizada para evitar a extinção do 2º Juizado Especial e a 2ª Vara de Família. E a expectativa é que possa convencer o Tribunal de Justiça a não fazer a redução no Fórum de Petrópolis, em favor dos advogados e, principalmente dos juridiscionados.
A despeito de ter posto à disposição seus caminhões pipas para socorrer os bombeiros, a empresa Águas do Imperador garante que havia água nos hidrantes do Centro, durante o incêndio dos dois sobrados, na Rua do Imperador, na última sexta-feira. E comerciantes que acompanharam todo o drama dizem que os bombeiros levaram muito mais tempo para chegar ao local e não os 20 minutos que a coluna noticiou.
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