COLUNISTA
Não é de se estranhar que três secretários municipais, responsáveis pela maior parte da elaboração do orçamento municipal, não tenham conseguido esclarecer aos vereadores dúvidas sobre pontos importantes da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Essa lei, como diz o próprio nome, estabelece as normas para a criação do orçamento municipal quanto a cidade terá de dinheiro e como ele será gasto, em que projetos. O que aconteceu na Câmara, esta semana, na reunião dos secretários com vereadores, mostra o menosprezo das autoridades do Executivo pelo planejamento. Afinal, se não há nada planejado, qualquer número escrito no orçamento será fictício, não estará ligado a qualquer ideia administrativa. Se é fictício, porque secretários vão perder tempo com isso?
Um bom exercício para os que acham ser exagero chamar os orçamentos dos últimos muitos anos de fictícios, é ver como eles vêm sendo executados, há muitos anos. E esse orçamento fictício é como uma biruta de aeroporto ou um destes bonecos infláveis de postos de gasolina. Os valores constantes do orçamento aprovado pela Câmara são alterados pelo prefeito, com a concordância dos vereadores. Afinal, são eles que concedem ao prefeito o poder de mudar, por decreto, até 30% do orçamento. O resultado pode ser consultado em praticamente todas as edições do Diário Oficial. Todos os dias, o prefeito tira dinheiro de um lugar e põe no outro. Não há qualquer indício de planejamento e o orçamento aprovado, onde deveriam estar projetos e a previsão financeira para sua execução, vira bagunça.
Em 182 dias de 2024, Rubens Bomtempo assinou 103 decretos que mutilaram o orçamento. Essas mexidas envolveram inacreditáveis R$ 241 milhões e 500 mil. Isso representa que projetos relacionados no orçamento do município, aprovado pelos vereadores e publicado no diário oficial do dia 1º de janeiro, eram mentirosos. E não há porque não acreditar que cheguemos ao fim do ano com o dobro de mutilações. Isso é planejamento? Com certeza não. Não sabemos onde estamos e nem para onde iremos como cidade e como sociedade. Não é de estranhar que estejamos enfiados numa crise financeira, com endividamento alto e crescente, sem dinheiro para o básico. Não conseguimos investir um único tostão nos problemas mais graves da cidade, apenas brincamos de passar dinheiro daqui para ali, numa gastança completamente desorientada e desastrosa. O pré-candidato a vereador Jorge Barenco acredita que esta anomalia possa ser amenizada se a Câmara reduzir para 5% ou, no máximo, 10% este cheque em branco que concede para o prefeito para alterar o orçamento sem precisar de lei específica. É um caminho.
O sonho do ICMS a mais pode virar um pesadelo, se a Prefeitura continuar a gastança e não tiver um plano B. Dos muitos males de que Petrópolis tem sido vítima, nos últimos anos, este pode ser o que mais danos vai causar ao futuro do município.
Hingo Hammes e Bernardo Rossi participaram, juntos, de evento da Secretaria de Estado de Ambiente. Já há adversários de Hingo acreditando que os dois estarão juntos, também, na campanha eleitoral. Isso é sinal positivo para a pré-candidatura a vice-prefeito de Albano Baninho Filho, nome que estaria na base do entendimento entre os dois ex-prefeitos.
Há produtores rurais da Posse rasgando elogios a Leandro Sampaio. O pré-candidato a prefeito teve boa reunião com líderes rurais, discutindo projetos para o setor e para a Posse como um todo. Os produtores do Caxambu também vão receber o pré-candidato.
O desempenho nas redes sociais do ex-vereador, ex-presidente da Câmara e ex-deputado Márcio Arruda não deixa dúvidas. Ele vai usar seu afiado bom humor contra o prefeito Rubens Bomtempo na campanha eleitoral. Pré-candidato a vereador, Arruda é um adversário que ninguém quer ter.
O prefeito Rubens Bomtempo divulgou nas redes sociais o encontro que teve com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. O que deu para entender é que Bomtempo pediu a Alckmin um milagre: o retorno do ICMS a mais. Só não deu para entender em que Alckmin pode interferir para tirar Petrópolis da confusão em que o governo municipal nos meteu.
O restaurante do Domingos, na Epitácio Pessoa, reuniu quinta-feira Hingo Hammes, Wagner Silva e Jorginho Banerj.
O União Brasil, sob o comando de Fernando Fortes, inaugura a temporada de convenções municipais já no primeiro dia do prazo. Será no dia 20 de julho, às 10h, no Teatro Mariano, na rua da Editora Vozes. No dia seguinte, às 16h, no mesmo local, será a vez do Republicanos, presidido por Marcos Branco, promover sua convenção. Os dois partidos estão muito animados.
O pré-candidato a vereador Wesley Barretto reuniu cerca de 100 líderes evangélicos de Petrópolis, em encontro de pré-campanha. Ele tem apoio de gente muito forte: bispo Abner Ferreira, da Assembleia de Deus de Madureira, Marco Feliciano e Felipe Valadão. Vai disputar com outro forte pré-candidato evangélico, Wagner Silva.
Está aberta uma polêmica sobre questões psicanalíticas. O psicanalista João Paulo Gomes diz a respeito de artigo de Gastão Reis, publicado no Diário, que escrever é uma forma de concretizar o pensamento. Uma espécie de catarse que traz grande alívio a quem escreve. Acontece que, infelizmente, na maioria das vezes se escreve bobagens (mas a finalidade psíquica de promover alívio se dá - em quem escreve), como no artigo do Diário (22/6) Depressão: Freud vs. Terapia Cognitiva. O que o escreveu, promoveu sua catarse, mas enganou-se por desconhecimento bastante acentuado do que é a psicanálise.
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