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quarta-feira, 17 de julho de 2024


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Douglas Prado

COLUNISTA

Douglas Prado

Saída de Rossi surpreende

A exoneração do secretário de Ambiente do Estado, Bernardo Rossi, publicada ontem no Diário Oficial, não estava nos radares da política até a noite de segunda-feira. Aparentemente a decisão foi tomada ontem de manhã e um espaço foi aberto na primeira página do DO para receber o ato. Bernardo deve assumir o mandato de deputado estadual para cumprir alguma missão especial do governador Cláudio Castro e deve retornar ao Executivo em pouco tempo. A urgência de sua presença no Legislativo ficou clara, porque, ao contrário da rotina, o ato de exoneração não foi acompanhado pelo ato de nomeação do novo secretário ou de um substituto temporário. Se for alguma coisa diferente disso, será possível avaliar melhor quando sair o nome do substituto. Se for temporário e alguém da equipe de Rossi, a volta está garantida.

Apreensão

Até que se saiba detalhes da saída de Rossi, muita gente não vai dormir direito. Um novo secretário de Ambiente certamente vai levar sua própria equipe para a secretaria e o gabinete de um deputado não tem tantos cargos para abrigar toda a assessoria na Assembleia.

Eleição nas redes 1

O lançamento feito pelo governador Cláudio Castro da pré-candidatura de Albano Baninho Filho a vice-prefeito na chapa de Hingo Hammes, no grande comício pré-eleitoral realizado no Magnólia, foi alvo de centenas de manifestações nas redes sociais, no fim de semana. Talvez impressionados pela força da atuação de adversários, que atuaram para transformar o movimento político em fato negativo, os partidários de Hingo ficaram de fora da discussão e perderam a batalha, em número de mensagens. A causa é que muitos imaginam mesmo que ter como candidato a vice-prefeito o mesmo Baninho, que ocupou a posição com Bernardo Rossi, seja negativo para a candidatura de Hingo Hammes, mas podem estar apenas acompanhando o canto dos oponentes.

Eleição nas redes 2

É fácil entender a razão de os adversários quererem diminuir o tamanho de Bernardo Rossi, porque vão enfrentá-lo, como deputado federal em 2026 e não há vaga para tantos pretendentes aos votos petropolitanos, sem contar futuras disputas pelo governo municipal. Difícil é não imaginar que alguns aliados de Hingo também gostariam, pelos mesmos motivos, de ver Rossi fora da política. Mas, como apagar alguém que já foi vereador, presidente da Câmara, deputado e prefeito, não é tarefa fácil, Rossi vai continuar por aí, com suas virtudes e seus defeitos. Não dá para cancelar. Agora mesmo, está assumindo o mandato de deputado estadual.

Eleição nas redes 3

O movimento serve apenas para deixar o candidato Hingo Hammes em posição desconfortável, porque ele precisa de tranquilidade e união de todas as forças possíveis, para enfrentar a batalha eleitoral. Eduardo do Blog, Leandro Sampaio e Yuri Moura saíram ganhando. Rubens Bomtempo ficou de fora. Ninguém ousou dizer que vai deixar de votar em Hingo, por causa do Baninho, para reeleger o atual prefeito.

Boa hora

Agora que o governador Cláudio Castro demonstrou intimidade com Petrópolis, indicando até mesmo um candidato a vice-prefeito é uma boa hora para reivindicar investimentos no Corpo de Bombeiros no município. Por exemplo, restabelecer os efetivos que os nossos quartéis já tiveram e concluir as obras de instalação da Escola de Bombeiros, na Fazenda Inglesa.

Ladeira abaixo

A redução da participação de Petrópolis nas receitas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cobrado pelo estado, mostra que o município não terá vida fácil nos próximos anos. Essa receita nada mais é que um retrato da nossa atividade econômica. E não é preciso ser especialista para perceber que o tamanho das dificuldades e a ausência de qualquer projeto capaz de devolver a Petrópolis um lugar entre os maiores municípios fluminenses, que já ocupou por muitas décadas. Somos agora o 16º município, com base no nosso índice de participação no ICMS. Tempos difíceis.

Não é só

Especialistas na área de Receita dizem que o Estado não reforça seu time de fiscais em Petrópolis, há muito tempo, o que pode fazer minguar receita do ICMS.

Esvaziamento 1

Um antigo e experiente servidor da Prefeitura, provado em cargos importantes na área de Fazenda, chama a atenção da coluna para um problema que pode estar contribuindo para a penúria financeira confessada pelo governo municipal. Segundo ele, é praticamente inexistente o esforço do governo para buscar as receitas próprias, que minguam claramente. A omissão começa no IPTU, que acumula grandes quantias em atrasos. Muitos dos devedores são grandes empresas que nunca aparecem para negociar os débitos nas repetidas operações que concedem anistias e descontos para quem pagar as contas.

Esvaziamento 2

Sem fiscalização, as receitas de taxas municipais são das mais baixas. A causa é que a Prefeitura se acostumou a sobreviver de transferências estaduais e federais e não cumpre sua função de zelar pelos dinheiros públicos. Paralelamente, crescem os gastos em terceirização, aluguel de imóveis, cargos em comissão. É um tema apropriado para quem quer ser prefeito ou vereador.

Top eleitoral

O vereador Luiz Eduardo Dudu foi alcançado pela vereadora Gilda Beatriz na bolsa de apostas sobre quem será o candidato a vereador com mais votos nas próximas eleições. João Antonios Von Seehausen, que já frequentou esse grupo, passou para um patamar mais baixo. E quem se aproxima dos ponteiros é a vereadora Júlia Casamasso.

Uso da casa

Nenhum político, partido ou empresa se animou a registrar pesquisa eleitoral feita em Petrópolis. Quem mandou fazer mantém os resultados exclusivamente para uso próprio.

Olho nisso!

É grande a curiosidade sobre se Rubens Bomtempo vai pagar honorários advocatícios sobre os valores de ICMS a mais que Petrópolis vai receber até o fim do ano, por decisão generosa do presidente do Supremo Tribunal Federal, para adiar a quebradeira do município ainda este ano.

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