COLUNISTA
As obras de limpeza e arrumação das margens do Rio Piabanha, interrompidas em Nogueira, e o trabalho inacabado de recuperação do túnel extravasor do Rio Palatinato, que reduz a quantidade de água no Centro, levando-a até o Rio Itamarati, além das cicatrizes nas encostas e margens de rios, visíveis em toda a cidade, demonstram que nossas autoridades ainda não compreenderam que dessas obras de que precisamos desesperadamente dependem vidas humanas, investimentos de vidas inteiras em imóveis ou negócios e o funcionamento normal da cidade. É inaceitável a anomia das nossas autoridades, que nos submetem a tragédias. Não aprendemos nada com as mortes, a dor e os prejuízos de outras tragédias. Se fosse possível descrever em uma frase: estamos sós.
A obra do túnel e a do rio são de responsabilidade do estado e as outras da Prefeitura. Se em consequência de terem sido deixadas de lado, ocorrer algum fato trágico, a culpa não é de ninguém. Eles voltam o dedo para o povo, a que acusam de morar nos morros e não correr para os abrigos toda vez que a chuva começa a cair.
Com todo respeito, tirar os secretários municipais de suas tarefas, a poucas horas de um temporal violento previsto pelos meteorologistas, para participar de uma live, ao lado do prefeito Rubens Bomtempo, não é o melhor caminho para enfrentar a situação. As horas perdidas podem representar providências vitais não tomadas.
Se os partidos políticos legalmente organizados lançarem suas chapas, mais de 400 candidatos a vereador disputarão os votos dos petropolitanos nas eleições de outubro. Vai ter almoço de família com três candidatos a vereador à mesa. Se cada candidato usar um carro de som na campanha, os petropolitanos vão ficar com saudades dos rolês dos motoqueiros no Natal.
O encontro do MDB local com o presidente regional do partido, Washington Reis, que seria realizado hoje no Petrô, foi adiado para o dia 20 de abril, em consequência da ameaça de temporal. E é possível identificar certa tensão entre os emedebistas.
Para desanuviar o clima, o MDB de Petrópolis terá de rediscutir o apoio do partido à candidatura de Hingo Hammes, do PP. Washington Reis já disse a vários correligionários que os emedistas devem reinvidicar a indicação do candidato a vice-prefeito. E este, ao gosto de Washinton Reis, tem nome e sobrenome: Cláudio Mohammad, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Petrópolis (CDL).
O almoço em homenagem ao deputado Yuri Moura, que seria realizado hoje, no Petrô, também foi suspenso. Nova data será marcada.
Não é um acordo fácil. Bernardo Rossi, que também apoia Hingo, quer Albano Filho, o Baninho, como vice. Hingo, por sua vez, procura uma terceira solução.
Uillian Santos, hoje suplente do Podemos, não foi seduzido pelos convites do União Brasil. Ele já está no PSD, comandado pelo presidente da Câmara, Júnior Coruja, cujo projeto é eleger dois vereadores.
O União Brasil reforça a organização da chapa de candidatos a vereador do partido: o ex-vereador e ex-secretário municipal Fernando Fortes já participa da coordenação, ao lado de Omar Jacob e do vereador Luiz Eduardo Dudu. As reuniões para tratar do assunto incluem políticos com histórico de boas votações.
Se os órgãos que controlam o mercado de trabalho considerarem as vagas que serão abertas com a desincompatibilização de candidatos, em Petrópolis, certamente, a taxa de desemprego deve cair. Saem de seus cargos os candidatos a vereador menos os vereadores, claro, e o prefeito que podem disputar as eleições em suas cadeiras poderosas. Mas, cargos em comissão na Câmara e na Prefeitura, podem contrabalançar o golpe que o mercado de trabalho de assessores políticos sofreu recentemente, com a saída de Bernardo Rossi da Secretaria de Governo, pródiga em cargos, para a Secretaria de Ambiente, que deveria ser mais técnica e, por isso, não tem tantos lugares para leigos. Os cargos existentes foram preenchidos. Por leigos.
O governo do estado está selecionando empresas que serão autorizadas a prestar serviços digitais para consulta veicular, preenchimento eletrônico da intenção de venda, acesso e assinatura eletrônica da autorização para transferência de veículos e outros do Detran. O prazo da concessão é de 10 anos, prorrogáveis por mais 10. Pensando bem, é um tipo de despachante science fiction.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, reajustou os salários do funcionalismo carioca em 5,26%. Pode ser um modelo para o governo de Petrópolis. E nem é preciso se preocupar em arranjar dinheiro para pagar: é só prever a vigência do novo salário a partir de 1º de janeiro de 2025. Isso já foi feito em 2020 e, até agora, ninguém pagou a conta de 6,2% ao funcionalismo petropolitano. E Paes ainda decretou ponto facultativo no próximo dia 28, Quinta Feira Santa.
A festa japonesa Bunka Sai foi incluída no calendário oficial do município, por projeto apresentado por Fred Procópio, aprovado pela Câmara e sancionado pelo prefeito. A nova lei não marca a data da festa, mas prevê que ela será decidida pelo prefeito e por uma comissão organizadora representativa dos japoneses de Petrópolis e seus descendentes.
Outro projeto, este de Hingo Hammes, cria o Junho Alemão para festejar a cultura dos nossos primeiros colonizadores. Também foi aprovado e sancionado.
A ex-secretária municipal de Educação, Márcia de Paula, que era pretendida por vários partidos como candidata a vereadora, terá nova missão. Foi convocada por Bernardo Rossi para integrar o time da Secretaria do Ambiente. Será fiscal do programa ICMS Verde.
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