COLUNISTA
Um técnico categorizado a serviço da Prefeitura vê o projeto anunciado com alarde nas redes sociais de políticos ligados ao governo, inclusive um deputado federal poderoso do PT, como uma espécie de power point de seminário, sem qualquer seriedade técnica. Não chega nem mesmo a ser um destes balões de ensaio popularescos que alimentam as campanhas eleitorais do prefeito e de seus amigos. O que existe, segundo o técnico, que não quer ser identificado, por motivos fáceis de entender, não tem base em estudos, não permite qualquer ideia de orçamento e nem prevê a contratação de projeto sério. Ele não acredita que o governo municipal, nem mesmo com apoios em Brasília, consiga convencer a área técnica da Caixa Econômica de que a obra é possível. E, sem isso, não haverá dinheiro. Ainda que consiga o dinheiro, o resultado é incerto. O que está prometido não é suficiente para o que está previsto. Assim, palavras dele, o sentimento é de apreensão, em lugar de esperança.
O projeto é de uma simplicidade espartana. Tem uma mesma foto feita com uso de drones, onde estão riscados os locais onde estariam os cursos de água da Bacia do Quitandinha e parte da Bacia do Palatinato. Outras imagens identificam onde ficariam os reservatórios de amortecimento, do Quitandinha ao Valparaíso. São sete reservatórios com capacidade de 3 milhões de litros a 6 milhões de litros. Quem se impressionar com os números precisa ficar sabendo que que uma piscina olímpica tem capacidade para quase 2 milhões de litros. Além disso, haveria a construção de galerias suplementares na Ponte Fones e dois trechos da Coronel Veiga. Como serão e para que servem, nem isso o projeto explica. Talvez tenha sido por vergonha que o governo escondeu o projeto, datado de abril. No mais são mudanças, também não explicadas, nas pontes da Coronel Veiga. No fim do ralo documento apresentado, um amadorístico muito obrigado, ocupando uma página inteira.
Se não der certo, Petrópolis estará perdendo uma oportunidade de ouro de realizar uma obra histórica. Sabe-se que a região da Coronel Veiga e o Centro Histórico sofrem inundações provocadas pelas chuvas desde que os primeiros aventureiros chegaram aqui, depois de vencer as agruras de subir a serra, vindos pelos caminhos de Xerém ou de Magé. Os governos não se empenharam em resolver o problema. Entre esses governos estão os comandados por Rubens Bomtempo por 13 anos e sete meses. Se der errado, será um mico histórico.
Um desfalque nos quadros da Secretaria de Saúde. O médico Jacob Samuel Kierszenbaum se aposentou, no último dia 19 de julho, depois de décadas de bons serviços aos petropolitanos, tanto nos consultórios e hospitais, como também dirigindo importantes entidades médicas e participando da vida política da cidade.
O sistema do Samu ficou três vezes sem os serviços telefônicos, da Oi. Na quarta-feira última, por duas hora. Uma falha destas pode custar vidas. Afinal, como chamar o Samu quando os telefones não funcionam?
Partidos se preparam para denunciar pelo menos três casos de assédio a candidatos a vereador, para que eles desistam de concorrer. O caso mais grave envolve um pequeno empreiteiro, que disputaria uma vaga na Câmara e foi convencido a desistir.
Se a PM mantiver a disposição de deter os motociclistas que fazem manobras perigosas com suas motos, colocando a vida de pedestres, motoristas e outros condutores de motos, pode estar num bom caminho para reduzir o número de maluquices no meio do trânsito. Os maus motociclistas vão pensar duas vezes antes de arriscar ter a moto apreendida e levada para a Delegacia de Polícia Civil, enquanto ele é colocado num camburão, com o mesmo destino. Se for solto no mesmo dia, perderá várias horas de trabalho e, depois, terá de voltar para prestar depoimento, apresentar documentos do veículo e outras providências burocráticas. Como expor pessoas a riscos é crime, pode resultar em processo penal, aumentando a sucessão de aborrecimentos, capaz de fazer os maluquinhos desistirem.
É muito bom o material usado nas redes sociais para divulgar ideias e projetos do candidato a prefeito Leandro Sampaio (Podemos). Outro que traz ideias e projetos para a campanha é Yuri Moura (PSOL). Os dois saíram na frente, nesse quesito importantíssimo.
O prazo para a realização de convenções partidária termina na segunda-feira e a última delas, do PSB, para lançar Rubens Bomtempo e Paulo Mustrangi será realizada amanhã (4/8). Com isso acabam também as fake news sobre mudanças de rumo de candidatos, especialmente sobre a escolha de candidatos a vice-prefeito. E até sobre uma ou outra desistência. A turma das esquinas e calçadas malditas terá de procurar outras histórias para se divertir.
Como há uma certa competição entre candidatos a vereador para conseguir números mais fáceis para o eleitor decorar, Wagner Silva, do MDB, arranca bem. Ficou com o número 15001. Superado por pouco por Fred Procópio, que recebeu o número 15000.
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