COLUNISTA
Governantes correm enorme risco de passar vexame ou de enfrentar denúncias e processos judiciais, cada vez que vendem a falsa versão de que os milhões de reais em gastos para dragar cursos de água têm qualquer utilidade na prevenção ou redução de inundações, como as que ocorrem em Petrópolis. É ignorância pura ou mentira, simplesmente. Em Petrópolis, por exemplo, o efeito da dragagem além de torrar milhões de reais do dinheiro público todos os anos vai até a chuva seguinte, que traz de volta ou em quantidade maior as matérias sólidas retiradas pelas máquinas, repito, a preço de ouro. A chuva carrega até o leito dos rios detritos das encostas destruídas pela falta total de fiscalização, juntamente com lixo não coletado, lama e areia. O que deveríamos fazer é cuidar das encostas, evitando novos cortes, coletando o lixo. Isso ajudaria. O resto é travestir de bem público um negócio lucrativo para uns poucos.
Alias, a dragagem/desassoreamento é responsável por desestabilização das margens dos rios e inundações. É que elas fazem acelerar a passagem da água, que leva prejuízos a tudo que estiver mais à frente. A defesa desse tipo de obra não é apenas ignorância. O rio não está sujo, mas a cidade, sim. É o que a cidade despeja nos rios que agrava os efeitos das chuvas fortes.
Além de cumprir sua obrigação, de manter a cidade limpa, coletando o lixo corretamente, o governo deveria cuidar da educação, desde a pré-escola, ensinando amor aos rios que cortam a cidade e cuidados com a limpeza pública, e importância de não desestabilizar as encostas. Mas, parece que alguns gestores adoram as confusões e volumes de lixo, para gastarem mais e mais dinheiro. O atual governo odeia e boicota o jornalismo profissional, sem o qual não prosperam campanhas educativas ou busca de engajamento da sociedade nas lutas pela cidade. O governo quer piorar. Sonha acabar com o jornalismo profissional, para conviver apenas com as suas delirantes versões do que ocorre na cidade. O que é profundamente desrespeitoso com o cidadão.
A criação de salas de cinema, em Pedro do Rio, Cascatinha e Nogueira é uma boa notícia. O que se espera é que o tempo para inaugurar estes espaços não repita o absurdo que está ocorrendo com o Teatro Municipal, fechado há vários anos para uma reforma que, tempos em tempos, fica mais cara e mais distante de ser concluída.
Já passou muito da hora de tirar aquela cerca construída na lateral do Teatro Municipal e devolver a calçada da Rua Nilo Peçanha aos pedestres, hoje obrigados a dividir espaço com as entradas e saídas de veículos de três estacionamentos que a Prefeitura permitiu ali.
Sem querer ser crítica, mas já sendo, a coluna propõe a criação do Dia Municipal do Respeito ao Contribuinte Petropolitano. Antes que os espaços do calendário estejam todos ocupados pela enxurrada de dias disso, dias daquilo, que frequenta o Diário Oficial do Município. É, sobretudo, duvidoso que essas coisas resultem em voto na eleição.
Moradores do Meio da Serra registram que o candidato Leandro Sampaio foi o único a dedicar um tempo de sua campanha ao bairro. E esperam que os demais também compareçam para ouvir as reclamações. Inclusive o atual prefeito que, segundo eles, não passa por lá nem para cortar caminho, quando vai para a Região dos Lagos.
Os candidatos a prefeito da oposição etão correndo para visitar as áreas da cidade onde o governo Bomtempo não passou. Não adianta correr, não dá para ir a todos os cantos abandonados. A campanha é muito curta para percorrer a quase totalidade do território petropolitano.
O Batalhão Pedro II deu uma demonstração de prestígio no seu aniversário. Sob o comando do general de brigada Ricardo Augusto Montella de Carvalho e do coronel Carlos Otávio Macedo de Souza, a unidade festejou seu 154º aniversário de criação e 101 anos de presença em Petrópolis, com a participação das mais importantes autoridades de Petrópolis e de grande número de militares, que já passaram por aqui ou vieram para conhecer o nosso batalhão. Segundo um dos presentes, havia mais oficiais superiores por metro quadrado do que no Comando Militar do Leste, no Rio. O batalhão foi criado em 1870, ainda no Império, e foi transferido para Petrópolis em 1923 e, alguns anos depois, ganhou seu atual quartel, n a área belíssima, entre o Bingen e o Valparaíso.
Uma emenda parlamentar apresentada pela deputada Laura Carneiro (MDB) vai chegar em boa hora para o Terra Santa e suas atividades assistenciais e comunitárias. É que a contribuição prometida pelo prefeito Rubens Bomtempo não chega aos cofres da entidade há muitos meses, mas os gastos continuam. A emenda atendeu a um pedido dos petropolitanos Jorge Barenco e Fernando Fortes.
O Tribunal de Contas deu trava em mais uma licitação para contratar a coleta e destinação final do lixo de Petrópolis. O relator Márcio Pacheco encontrou irregularidades no edital apresentado. O de sempre! Talvez o Tribunal pudesse ajudar Petrópolis acompanhando o contrato emergencial que, certamente, virá. Os preços atuais estão três vezes mais altos que os de antes desta fase emergencial da contratação. É preciso que volte ao normal, urgentemente.
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