COLUNISTA
Há muito a se discutir a respeito, mas ninguém tem dúvidas de que o novo bispo diocesano, Dom Joel Amado, ao falar sobre como pretende ver conduzida a Universidade Católica de Petrópolis, da qual é o Grão-Chanceler, abriu um caminho para a comunidade petropolitana. O bispo não poderia ser mais claro, em suas palavras, na primeira reunião na UCP: Não sejamos, portanto, uma universidade autorreferencial. Apenas voltada para si. Juntos, cada um, cada um naquilo que lhe compete, discente e docente, especialistas das mais diversas áreas, façamos o possível para que permaneça fiel à intuição com a qual ela foi fundada há sete décadas. Este propósito de parceria com a cidade, merece resposta entusiasmada dos líderes locais. Quem sabe, isso abra espaços para que UFF, Uerj, Fase e Estácio abracem a cidade, que precisa tanto delas. E é certo que os municípios mais desenvolvidos do país são os que tiveram a universidade como guia. No caso de Petrópolis é preciso incluir o LNCC e o Cefet nesse esforço.
O comando do União Brasil em Petrópolis passou a fazer parte das perdas sofridas por Bernardo Rossi, nas últimas semanas. O partido, que estava nas mãos do ex-vereador Ronaldo Medeiros, assessor de Rossi, foi transferido para o comando do ex-vereador e ex-secretário municipal Fernando Fortes. Não se pode dizer que Fernando esteja na cota dos inimigos de Rossi, mas, para voltarem a ser amigos, será preciso trilhar um longo caminho. Antes, Rossi tinha perdido a Secretaria de Governo e os cargos de livre nomeação que a acompanhavam.
O novo comando do União Brasil traz mudanças também para o pré-candidato Hingo Hammes. O apoio do partido, viria na esteira de Bernardo Rossi, terá de ser conversado com os novos dirigentes.
Se quiserem ser ouvidos, os pré-candidatos a prefeito precisam ser mais claros com relação ao que, se eleitos, pretendem fazer para enfrentar as inundações e deslizamentos que resultam em mortes e prejuízos incalculáveis para Petrópolis. Deles os petropolitanos esperam muito mais do que figuração nas redes sociais. As lamentações de políticos soam frouxas. Há quem diga que os eleitores as desprezam e deve ser verdade. Mais útil, para eles e para a cidade, é que apresentassem projetos concretos e esclarecessem de onde sairá o dinheiro para executá-los. Isso vale também, com 15 anos de atraso, para o candidato que vai tentar a reeleição. Para ficar mais claro: eles têm de dizer coisa com coisa para o eleitor.
Crédito: Fernando Pércia Gomes / Estado foi alertado para o problema e mandou para a Prefeitura. Ninguém fez nada.
O advogado e jornalista Fernando Pércia Gomes, morador na esquina da Rua Gonçalves Dias com a Washington Luiz, viu sinais de desmoronamento na margem do Rio Quitandinha e decidiu ajudar: comunicou o problema, por mensagem ao Gabinete do Governador. O governador, por seus prepostos, respondeu que comunicaria o problema ao prefeito de Petrópolis. É a mesma coisa que não fazer nada. Resultado: a poucos metros de distância do local indicado pelo cidadão preocupado, um bom trecho da margem do Quitandinha ruiu. E o conserto vai custar rios de dinheiro do contribuinte.
O ex-vereador e ex-presidente da Comdep, Wagner Silva, o também ex-secretário municipal Charles Rossi, e o advogado Oudair Teixeira Azevedo enfrentaram alguma resistência local, quando tentaram se filiar ao MDB. Agora, já aparecem na lista de integrantes do partido. As fichas de filiação foram abonadas pelo presidente regional da agremiação, Washington Reis, e os dirigentes emedebistas de Petrópolis só tomaram conhecimento da filiação depois de concretizada. Se não houver novos obstáculos, Wagner pretende disputar uma cadeira na Câmara de Vereadores.
Um bom exemplo de solidariedade organizada. Baseada no projeto Cozinha Popular, do deputado estadual Yuri Moura, uma parceria do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e o Centro Espírita Sul e Luz montaram uma cozinha solidária no Bairro Esperança e produziram refeições para pessoas atingidas pelo último temporal. O deputado deu apoio, inclusive na pilotagem de um fogão.
Jorge de Botton, vice-presidente da NovAmonsanta, ativa associacão de moradores de Itaipava, mas com olhar em todo o município, defende a adoção imediata de solução provisória para a ligação Bingen-Quitandinha, utilizado uma das pistas do túnel da BR-040. Não é a solução ideal, que faz parte da última etapa do projeto da nova pista de subida da serra, mas vai aliviar o Centro da circulação de milhares de veículos, todos os dias, afirma. Políticos de todos os partidos garantem estar apoiando a realização do projeto, mas a obra não avançou nenhum centímetro.
Pelo menos quatro secretários municipais devem deixar seus cargos na primeira semana de abril, para poderem concorrer a vagas de vereadores. Estão nas listas de candidatos: o presidente da Comdep, Léo França, que está se recuperando bem de problemas causados pela dengue; o secretário de Administração, Ramon Mello; o secretário de Assistência Social, Fernando Araújo; e o presidente da CPTrans, Thiago Damaceno. Curiosos e interessados já especulam sobre quem serão os substitutos. O que dizem é que os atuais ocupantes dos cargos não indicarão seus substitutos, para evitar encrenca com todos os demais candidatos que apoiam a reeleição de Rubens Bomtempo.
Tirar os ônibus das ruas às 21h30 de um dia de semana foi um equívoco grave, que pode ser corrigido em outra situação de emergência cuja repetição ninguém quer -, mas é preciso reconhecer que a freada dada na cidade pelo governo municipal surtiu efeito. Nenhuma pessoa foi carregada pelos rios, carros e ônibus não foram arrastados e os comerciantes tiveram o tempo necessário para evitar danos mais graves aos seus estabelecimentos, provocados pelas inundações.
O Diário Oficial do Estado publicou nova leva de demissões de ocupantes de cargos de livre nomeação da Secretaria de Estado do Ambiente. Os aliados do secretário Bernardo Rossi, que estão na fila de espera por vagas de empregos, comemoraram timidamente. É que na nova secretaria há menos vagas que na anterior, de Governo.
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