COLUNISTA
O dia 10 de setembro, data dedicada à Imprensa, tal como antes, deveria ter sido celebrado com almoços, jantares, coquetéis, outorga de diplomas, laureis, ou até mesmo um telefonema, e-mail, whatsapp ou messenger, aliás, é e seria oportuno ante os inúmeros méritos a ornar aos incansáveis anjos tocheiros da imprensa. Mas os tempos são outros. Nenhuma homenagem.
No âmbito municipal, em especial desde 1966 ocasião de meu início nas searas jornalísticas, preliminarmente em Três Rios e, a partir de 1970 em Petrópolis eram comuns os manjares promovidos pela inesquecível Senhora Alice Carvalho Vieira, para nós, a Dona Alice do SESC na sede da Rua Alfredo Pachá entre outros e, inclusive quando de minha passagem pela presidência da centenária Academia Petropolitana de Letras mercê de Deus, no dia 10 de setembro de 1994, junto à Diretoria realizamos grande celebração, ocasião em que o panteão cultural recebeu Sua Exa. Dr. Alexandre de Paula Dupeyrat Martins, M. D. Ministro de Estado da Justiça, que prestou significativa homenagem à APL.
Na mesma cerimônia o Ministro Dupeyrat foi empossado como Membro Honorário daquela instituição cultural.
Estiveram presentes, também, os Ministros Mauro Durante, Ministro Chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, que à ocasião representou Sua Exa. o Presidente da República Dr. Itamar Franco, o Dr. Luiz Roberto Nascimento e Silva, Ministro da Cultura.
Nesse dia, a APL recebeu jornalistas de todo o Brasil, representações Diplomáticas, enfim, cerca de 400 convidados, em inesquecível noite de gala, mereceu cobertura em rede nacional, e foi ao ar pela TV Globo e no Jornal das 13 horas em cuja entrevista concedida, discorreu-se sobre a vida e obra da APL.
Seguindo o mesmo fio condutor, conservemos a serenidade e e os firmes propósitos em servirmos; não nos importemos e nem nos entristeçamos.
Longe de constituir-se em mera festa.
Independente do aspecto histórico e divagações sobre tão importante missão que desempenham em prol do bem comum e desenvolvimento da Nação, oportuno se faz tornar público o reconhecimento e o abraço sincero de todos nós.
Admiramos a coragem, a independência, a imparcialidade, o espírito de luta na árdua, bela e emocionante missão.
Benditos os jornalistas e homens de comunicação que sobem morros, adentram Palácios, que trabalham em guerras, nos grandes centros e periferias.
Vocês lutam por nós, sofrem por nós, gritam por nós. Criam mitos, neologismos, aposentam velharias estilísticas, inovam conceitos, fazem escolas, marcam época, escrevem a cada dia a história do Brasil e do mundo.
Vocês são os luminares do universo da informação.
Não é à toa que a atividade jornalística é conhecida e reconhecida como o quarto poder.
Em rápidas pinceladas, não custa reportar-nos aos primórdios históricos.
No limiar do século V aC, os escribas redigiam cartas noticiosas aos habitantes de localidades mais distantes.
E mais, nos anos 6O a.C. o Fórum romano fazia afixar diariamente a Carta Diurna, contendo informações governamentais. Nos idos do século XVI, os navegantes enviavam as cartas e informações comerciais, fazendo-se veicular daí por diante "as Gazetas" de Veneza em forma de panfletos, notícias políticas, crimes e ocorrências em geral.
Como se vê, a imprensa séculos a fora contribui de forma decisiva ao progresso e cultura dos povos.
Reporto-me a Guttemberg, pelo invento da imprensa, recordando ainda, embora seja de conhecimento geral, que a Imprensa Brasileira apareceu com D. João VI que fundou a 13 de maio de 1808 a Imprensa Régia onde informava-se toda legislação e papéis diplomáticos.
Aos 10 de setembro do mesmo ano, sob controle do Conde de Linhares foi fundada a Gazeta do Rio de Janeiro pelo Frei Tibério José, seu Redator, cujos exemplares eram vendidos às quartas-feiras e aos sábados por quatro vinténs.
No entanto cabe frisar que ainda em 1806 fora editado o Correio Brasiliense , porém editado em Londres, por Hipólito da Costa Pereira Furtado de Mendonça, por isso, considerado o primeiro jornal brasileiro, em circulação ainda hoje e, considerado o mais antigo editado aqui no Brasil, seguido pelo Diário de Pernambuco.
Louvemos os méritos dessa brava classe.
Esperamos que seus direitos e prerrogativas sejam respeitados, pois inúmeras são as noites, plantões e jornadas, na maioria das vezes aos sábados, domingos e feriados, buscando notícias, informando, distribuindo cultura, tal qual pães e peixes ou quem sabe, lírios em forma de arte?
Exibem a verdade ao mundo, doa a quem doer, denunciam mandatários, lutam contra o tóxico, o analfabetismo, denunciam a fome que grassa impiedosamente pelos quatro continentes.
Estão por toda parte, no Golfo, no Kremellin, na Amazônia, na Somália, no Afeganistão, na Arábia, Chechênia, Rússia, Ucrânia, Israel, Hamas, Sudão, Síria, Lémen, Mianmar, República Democrática do Congo, Burkira Fasa, Somália, Etiópia, Moçambique, na Previdência, nos Ministérios, nos Sertões e etc.
O jornalismo sério contribui em prol e para que se exerça a democracia e para que haja pleno Estado de Direito, porque constroem, criam e constituem parte decisiva ao progresso e enriquecimento de um País.
Vocês escancaram ao mundo a mensagem a que cada integrante da comunidade conquiste seu espaço, assuma a responsabilidade por seus atos, ame à Pátria, reivindique suas prerrogativas e cumpra suas obrigações.
Assim, quando o calendário assinala o dia reservado à imprensa, unimo-nos também aos profissionais de TV, rádio e afins, assegurando-lhes o desejo de que seus direitos sejam resguardados, e seja essa tão nobre missão valorizada para a real conquista do lugar que merecem no escrínio do respeito e da dignidade porque acima de tudo são nossos arautos, apóstolos e poetas do dia-a-dia.
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