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sábado, 15 de junho de 2024


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Fernando Costa

COLUNISTA

Fernando Costa

Posse de Fátima Argon no IHGB!

Petrópolis é um celeiro de intelectuais. Entre esses luminares os eflúvios especiais e meritórios de hoje são destinados à historiadora, arquivista e pesquisadora Fátima Argon que tomou posse quarta-feira, dia 5 de junho, às 17h, como Sócia Honorária do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro criado em 1838, que contou com o patronato de D. Pedro II.

O imperador foi grande incentivador, financiador e doador, além de ter presidido mais de 500 sessões.

O Museu do IHGB por nós visitados preserva a história do Brasil através de objetos ligados à memória nacional.

O seu quadro social conta com nomes da política, das letras, da magistratura, do magistério e de outras áreas.

O discurso de saudação e recepção coube ao sócio titular Pedro Karp Vasquez, escritor, tradutor, fotógrafo, curador e administrador cultural. Elegante e simpático discorreu sobre a ilustre homenageada com elegância e descontração.

Fátima foi introduzida ao recinto pelos sócios titulares do IHGB, Dra. Vera Cabana, Dra. Ana Pessoa e Dr. Jaime Antunes da Silva.

A sessão solene foi presidida pelo Presidente do IHGB, Dr. Victorino Coutinho Chermont de Miranda e a mesa foi composta pelo Vice-Presidente Dr. Paulo Knauss de Mendonça, pela Secretária Profa. Dra. Maria de Lourdes Viana Lyra, pelo Príncipe Dom Pedro Carlos de Orleans e Bragança pelo Diretor do Museu Imperial, pelo Prof. Maurício Vicente Ferreira Júnior, pelo Dr. Cleber Alves Vice-Presidente da Academia Petropolitana de Letras e pelo Decano do Instituto Histórico de Petrópolis Prof. Joaquim Eloy Duarte dos Santos.

A família: Luiz Eduardo Buturini da Matta (marido), Ana Carolina Argon da Matta (filha), as irmãs Maria Elizabete, Maria do Carmo e Maria Neuza Argon, a cunhada Cláudia da Matta Manhães e o marido Luiz Marcelo Manhães.

Confrades e confreiras do Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro, do qual Fátima Argon também é sócia: Profa. Dra. Lená Medeiros de Menezes, Marco Santos, João Carlos Nara Júnior e Denise Porto.

O historiador Bruno da Silva Antunes Cerqueira, Presidente do Instituto Cultural Dona Isabel, com sede em  Brasília- DF veio trazer o seu abraço à confreira Fátima.

Os convidados de Petrópolis também se fizeram presentes: Patrícia Alvim Rodrigues de Orleans e Bragança, Fernando Antonio de Souza da Costa, Vinicius Fernandes, Janine Meirelles dos Santos, Luciana Romaneli, Pedro Ivo Cipriano, Rosane de Freitas.

Colegas do Museu Imperial Claudia Costa (Coordenadora Técnica), Alessandra Fraguas, Lucas Ventura; do Centro Alceu Amoroso Lima, Matheus Teixeira; Colegas da Companhia Imobiliária de Petrópolis, Dra. Guilene Christiane Ladvocat Cintra e Raquel Gonçalves da Silva.

Presentes , também à sessão solene os historiadores Maria Inez Turazzi, Joaquim Marçal, Bebel Lenzi, Janaina Perrayon, Ana Paula Duque, Natália da Paz, as arquivistas do IHGB, Sônia de Lima e Iliana Ferreira Monteiro.

Fátima Argon apresentou b peça literária digna de uma Aula Magna.

A conferência A harpista catalã Esmeralda Cervantes e sua presença no Brasil (1875-1901) contemplando as suas viagens e o período de vivência em Belém como também sua relação com a família imperial.

Esmeralda Cervantes, nome artístico de Clotilde Cerdá (1861-1926) foi também compositora, professora, escritora, gestora e filantropa. Esmeralda percorreu quase todo o mundo apresentando-se em concertos: Brasil, Argentina, Peru, Cuba, Chile, Montevidéu, Estados Unidos. Viajou por toda a Europa. Lecionou harpa em Constantinopla (Turquía), Belém (Brasil) e na Cidade do México.

Fez apresentações privadas para reis e presidentes entre eles o Imperador do Brasil.

A pesquisa da Profa. Fátima é marcada pelo ineditismo, resgatando a figura de uma mulher merecedora de ser relembrada na história do Brasil.

Fui alvejado pelo privilégio em receber  a historiadora Fátima Argon ao quadros de titulares da centenária Academia Petropolitana de Letras  e  num dos trechos eu disse:

A historiador Maria de Fátima Moraes Argon d Matta o resultado da história e da inspiração de muitas mulheres: mãe e irmãs, professoras como Ione da Silva Oliveira de português, Solimar de Filosofia, a amiga do coração D. Santinha e tantas outras amigas da vida e do trabalho.

Sua mãe Joana deu as quatro filhas o nome de Maria, em homenagem a Nossa Senhora: Maria Elizabete, Maria do Carmo, Maria Neuza e Maria de Fátima. Fátima e suas irmãs cursaram o primário no Colégio Moysés               Furtado Bravo e o Ginásio no Colégio Cenecista Machado de Assis em Areal.

Seguindo os passos de Bete e Neuza, Fátima também cursou o Normal. Sua irmã Carmo se formou em Contabilidade e Neuza, ambas se casaram cedo e a irmã mais velha foi fazer o Curso de Pedagogia.

A Bete lecionou em Posse, Areal, São José do Vale do Rio Preto, Três Rios, foi a sua referência, ela sempre falava no poder transformador da Educação e defendia que somente através dela era possível alcançar uma sociedade menos desigual, justa e fraterna.

Fátima não titubeou, queria ser professora. Durante o Curso Normal, as suas disciplinas favoritas eram História, Sociologia e Filosofia.

Quando fez o vestibular para a UCP a sua primeira opção era Pedagogia, mas na hora ficou em dúvida, Pedagogia? Filosofia? História?

Acabou optando por História talvez porque a sua mãe sempre comentava: Adoro História. Gostaria que um filho meu fosse médico e outro fizesse História.

Guimarães Rosa disse que nome não se dá, nome se recebe. E o de Maria de Fátima veio impregnado de bênçãos.

Lembra-me o poeta Drummond de Andrade e parece ouvi-lo dizer: Vá Fátima ser escritora, historiadora e pensadora na vida.

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