COLUNISTA
1- Qual sua formação acadêmica?
Sou graduada em Direito pela Universidade Cândido Mendes, com especialização em Responsabilidade Social pela UFRJ, e mestranda em Comunicação Digital e Cultura de Dados pela Fundação Getúlio Vargas.
2- Conte um pouco sobre a sua jornada profissional
Desde janeiro de 2023, recebi a missão de ser Secretária de Estado da Mulher e tenho desenvolvido, em colaboração com muita gente boa, diversas políticas públicas que já impactaram mais de 3 milhões de pessoas. Sou especialista em Responsabilidade Social pela UFRJ e graduada em Direito pela Cândido Mendes. Trabalhei na Universidade Estácio de Sá, ocupando os cargos de coordenadora do curso de Direito e coordenadora do Núcleo de Prática Jurídica por 13 anos. Atuei como presidente do RioSolidario, uma organização sem fins lucrativos que há 28 anos desenvolve projetos voltados para pessoas que se encontram em situação de risco ou em vulnerabilidade social. Fui analista de projetos na Cidadis Consultoria, dedicando-me especialmente ao projeto Lidera Rio, em parceria com o SEBRAE/RJ e o Instituto República. Também trabalhei no setor público como assessora da Secretaria Municipal de Governo e acumulei experiência como gestora no Terceiro Setor, atuando na Obra Social da Cidade do Rio de Janeiro e no Instituto Superar.
3- Fale sobre a criação da Secretaria Estadual da Mulher
A Secretaria de Estado da Mulher foi criada em janeiro de 2023 pelo governador Cláudio Castro. Somos a primeira Secretaria de Estado da Mulher no Rio de Janeiro e nosso objetivo é estar presente em todas as regiões do estado com ações voltadas à prevenção e ao enfrentamento à violência contra a mulher e para a promoção de sua autonomia social e econômica. Nossa missão é promover a dignidade, a cidadania e a autonomia das mulheres fluminenses. A Secretaria de Estado da Mulher tem o objetivo de atuar em parceria com as demais secretarias e órgãos do Governo, que já têm muitas e boas políticas públicas voltadas para o público feminino. A proposta é que essas iniciativas sejam ampliadas e aperfeiçoadas. Para isso, estamos próximas da sociedade civil, da iniciativa privada, dos parlamentares e das demais entidades, de forma a combater a violência e a garantir a autonomia econômica das mulheres.
4- Como é para a senhora desempenhar esse papel tão significativo na sociedade?
Fico muito honrada pela confiança depositada pelo governador Cláudio Castro para que, junto com o meu time, possamos criar políticas públicas que impactem a vida das mulheres fluminenses, focando na proteção integral da mulher, seja no enfrentamento às violências, no impulsionamento da autonomia econômica e na articulação institucional em prol de cada cidadã.
5- Fale sobre o projeto Não é Não e sua abrangência
O Programa Não é Não! Respeite a decisão inclui campanha e protocolo para o primeiro atendimento às mulheres em situação de violência em espaços de convivência e lazer, como bares, restaurantes e casas noturnas, com atenção especial à realização de grandes eventos. Ele foi idealizado a partir de referências internacionais e legislação federal (Lei 14.786/2023) para prevenção e enfrentamento aos casos de violências contra mulheres. Realizamos treinamentos para agentes de segurança e demais profissionais que atuam no atendimento direto ao público em eventos. Fazemos assessoria aos municípios para a ativação de campanhas e protocolo contra o assédio em grandes eventos. Promovemos ações e campanhas para divulgação do aplicativo Rede Mulher.
6- O que a senhora gosta de fazer nos tempos livres?
Tenho dedicado os momentos em que não estou nas atividades da Secretaria aos estudos do mestrado em Comunicação Digital e Cultura de Dados pela Fundação Getúlio Vargas, além de aproveitar ao máximo o tempo ao lado do meu filho João Pedro, seja levando-o ao estádio para assistir aos jogos do Vasco, acompanhando as tarefas da escola, e todo o desenvolvimento dele. E, sempre que posso, frequento rodas de samba.
7- O que a senhora vê e almeja no futuro para as mulheres?
Eu acredito em um Rio de Janeiro cada dia melhor para as mulheres, e mudar as realidades que vivemos de violências e vulnerabilidades não é um simples sonho, é uma possibilidade complexa que, pouco a pouco, se torna real, impulsionada pela força, coragem e atitudes de um grupo que deseja e trabalha por essa mudança. O processo não é rápido ou fácil, mas as batalhas são coletivas e, juntas, estamos construindo um legado para que as mulheres do nosso estado possam viver em uma sociedade sem violências, através da inclusão social e produtiva em igualdade de condições.
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