COLUNISTA
Meu nome é Flávia Montenegro Libonati da Silva , sou médica ha mais de 20 anos e sempre tive o sonho de ser médica para seguir os passos do meu pai.
Desde minha tenra idade eu já falava do sonho de ajudar as pessoas a lidarem com suas dores, não só físicas mas mentais / emocionais .
Uma das primeiras especialidades que eu pensei em fazer foi pediatria, mas não conseguia entrar nas UTI neonatais sem me envolver .
Na faculdade de medicina a gente aprende a “ não se envolver com o paciente”, manter “ um afastamento mínimo” , o que eu nunca consegui colocar em prática, não sei se seria um defeito ou qualidade.
O que eu posso dizer é que eu jamais deixei ou deixarei de acolher qualquer pessoa que me procure, e sempre darei o meu melhor.
Como fui um pouco precipitada e entrei para faculdade Gama Filho no final do segundo ano do ensino médio, precisamos entrar com um mandado de segurança e guardar minha vaga .
Entrando para faculdade, cerca de seis meses depois, quis desistir mas tive a oportunidade de fazer um curso fora voltado para medicina, inglês para médicos , que ofereciam aulas nos hospitais, quando comecei a escrever artigos para revistas médicas com meu falecido pai.
Ali tive mais uma certeza de que medicina era a minha vida!
Durante a graduação pensei em várias especialidades, o que é normal na vida de um estudante de medicina, que fica deslumbrado com tantas coisas incríveis!
No meu último ano de faculdade eu pensei em largar a faculdade de medicina de novo e fazer faculdade de nutrição, quando então tive meu primeiro contato com a nutrologia.
Dali em diante, nunca mais pensei em desistir , pelo contrário, quero me especializar cada vez mais , sabendo sempre das minhas limitações pois é impossível saber tudo.
Nessas duas décadas de formada , venho acompanhando os casos de depressão , ansiedade, insônia e pânico como algo fora do comum.
Comecei a atender e ajudar até mesmo voluntariamente mulheres vítimas de violência doméstica, e seus filhos (na especialidade homeopatia ) e meu interesse pela psiquiatria despertou novamente .
Ao me deparar com casos cada vez mais graves onde as mulheres vem sendo massacradas por uma sociedade que ainda vê a mulher que pede o divórcio como a “ louca”, e o que é pior, vê a mulher que luta pelos direitos dos filhos na justiça , como a “ ciumenta inconformada com o término do relacionamento “, o que é ainda mais grave quando o ex segue em outro relacionamento , pois isso vira uma arma nas mãos das pessoas erradas, que passam a ofender de todas as formas essas mulheres , que passaram a ser refens de um sistema maior do que podemos imaginar .
Nesses últimos anos comecei a aprofundar meus conhecimentos nos vários tipos de violência contra as mulheres que existem , e resolvi então me especializar em psiquiatria .
Hoje, pós graduada em psiquiatria pelo Instituto Caduceu e pós graduanda em psiquiatria da criança e do adolescente pela FABIN (Faculdade Brasileira de Inovação), pretendo expandir meus conhecimentos e levar paz , justiça e liberdade para essas mulheres e seus filhos.
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