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sábado, 07 de dezembro de 2024


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Luka Dias

COLUNISTA

Luka Dias

Empodere-se

Gisele Santana
Presidente da AIEB Mulher e vice da AIEB Brasil

Gisele Santana presidente da AIEB Mulher

1. Gisele, qual a sua formação acadêmica?
Atualmente, estou cursando Direito e Psicanálise. Essas áreas têm sido fundamentais para aprimorar minha compreensão das relações humanas, da justiça social e das questões éticas que norteiam minha atuação profissional e os projetos desenvolvidos pela AIEB.

2. O que são AIEB Brasil e AIEB Mulher?
A AIEB Brasil é a Associação Internacional dos Embaixadores da Paz, uma organização voltada para promover ações que fortalecem a cultura de paz, justiça social e solidariedade no Brasil e no mundo.
A AIEB Mulher, por sua vez, é um braço dessa associação que tem como foco específico o empoderamento feminino, a luta pelos direitos das mulheres e a promoção de sua participação ativa em ações que gerem impacto social positivo.

3. Que papel você desempenha na AIEB?
Sou presidente da AIEB Mulher e vice-presidente da AIEB Brasil. Meu papel é liderar iniciativas estratégicas, articular parcerias e contribuir para a implementação de projetos que promovam a paz e a justiça social, com especial atenção para as questões de gênero e igualdade.

4. Quais são os focos e objetivos da Associação?
Os principais focos da AIEB são a promoção da paz, da justiça social e da solidariedade. Trabalhamos para criar espaços de diálogo, fortalecer comunidades e desenvolver projetos que impactem diretamente a vida das pessoas, sempre com um olhar atento às necessidades dos mais vulneráveis. No âmbito da AIEB Mulher, nosso objetivo é ampliar a voz das mulheres e incentivar sua liderança em ações transformadoras.

5. Como é estar à frente da AIEB?
É uma grande responsabilidade e, ao mesmo tempo, uma honra. Liderar a AIEB Mulher e contribuir para a AIEB Brasil me permite estar em contato com pessoas incríveis, inspirar mudanças reais e atuar em prol de causas que considero fundamentais. É desafiador, mas também extremamente gratificante.

6. Quais são os projetos para o Natal desse ano?
Estamos desenvolvendo ações voltadas para famílias em situação de vulnerabilidade, com a entrega de cestas básicas, brinquedos e itens essenciais. Além disso, teremos eventos comunitários com mensagens de esperança e atividades que reforcem a importância da solidariedade e do espírito de união.

7. Fora a AIEB, quais são suas outras atividades?
Além da atuação na AIEB, estou focada em minha formação acadêmica em Direito e Psicanálise, áreas que complementam meu trabalho na associação. Também sou pastora e ofereço assistência espiritual, ajudando pessoas a encontrarem conforto, propósito e equilíbrio em suas vidas. Além disso, realizo palestras e mentorias voltadas para o fortalecimento do papel da mulher na sociedade.

8. Como é seu dia a dia?
Meu dia a dia é bastante dinâmico. Divido meu tempo entre estudos, reuniões estratégicas, planejamento de projetos, contato com parceiros e acompanhamento de iniciativas em andamento. Sempre reservo momentos para ouvir as pessoas, entender suas necessidades e buscar soluções que façam diferença.

9. O que gosta de fazer nas suas horas de lazer?
Nas minhas horas de lazer, gosto de ler, especialmente sobre temas relacionados a desenvolvimento humano e questões sociais. Também aprecio momentos em família e, sempre que possível, gosto de praticar atividades ao ar livre que renovem minha energia.

Gisele Santana presidente da AIEB Mulher

10. Mensagem para as mulheres brasileiras:

Mulheres brasileiras, vocês carregam em si a força que transforma a sociedade e a resiliência que enfrenta as maiores adversidades. Nunca subestimem o poder que têm para mudar suas próprias vidas e o mundo ao seu redor. Lutem pelos seus sonhos, eduquem-se, ocupem espaços que historicamente lhes foram negados e sejam a voz de outras mulheres que ainda precisam de inspiração e coragem.

Acreditem no valor de sua singularidade e na riqueza que sua trajetória traz. A mulher brasileira é símbolo de garra, inteligência e sensibilidade, e é exatamente essa combinação que nos torna agentes de mudanças profundas e duradouras. Juntas, podemos reescrever histórias, construir pontes e abrir caminhos para as próximas gerações.
Sigam com determinação e fé, pois o futuro que desejamos depende da nossa união e da nossa ousadia de sonhar grande. Afinal, mulheres empoderadas criam um mundo mais justo, mais humano e mais cheio de esperança.

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Viviane Henriques uma história de superação
Facilitadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro

Viviane Henriques uma história de superação

1- Como tudo aconteceu em relação a violência que sofreu?
Só me convenci da violência que sofria quando ele me agrediu fisicamente.
Eu estava muito debilitada pois estava superando um câncer e a perda de memória que durou meses.  Fiquei muito fragilizada. Ele usava nossas filhas para me atingir, a ponto de levá-las para o Espírito Santo, e com ajuda de terceiros, avisei que iria denúnciá-lo, foi quando ele as trouxe de volta.

2- Como ficou sua vida depois do que aconteceu?
A separação foi um alívio, mas ele fez de tudo para me prejudicar, me deixando sem recursos e recebendo meu auxílio doença, sem que eu soubesse. Dei queixa para que ele devolvesse meus documentos, os cartões do banco e o registro do INCA.
Durante esse tempo, vendi sacolé para conseguir me manter,  até que em 2015, entrei no TJRJ através do projeto Pais Trabalhando, destinado às vítimas de violência doméstica.
Ele foi preso por descumprir a medida protetiva e graças a Deus nunca mais me perturbou, diretamente.
Voltei a morar com minha mãe, pois assim ficava em paz, pois o lugar que morávamos era herança da mãe dela.

Viviane Henriques uma história de superação

3- Existe superação nesses casos? Fale sobre sua vivência.
Existe superação sim, mas precisamos dar tempo ao tempo, perdoar sempre, porque é o que nos traz paz, porém não somos obrigadas a conviver com quem faz mal.

4- Como eu, você também se dedicou aos estudos relacionados a esse tema. Nos fale das suas escolhas.
Em 2015 quando dei entrada no TJRJ através do projeto Pais Trabalhando, eu não tinha ideia do que seria, trabalhei no IV Tribunal de Júri da Capital do RJ, mas com o passar do tempo, me apaixonei pelo trabalho do MP.
Tive todo incentivo da galera do TJ e terminei meu Ensino Médio.
Em 2017 quando acabou o projeto, comecei a vender docinhos no TJ e aproveitei para fazer alguns cursos. Em 2019 consegui entrar na Faculdade de Direito.
Infelizmente em 2023 tive que trancar por causa do desemprego, mas segui fazendo cursos e concluí o de Facilitadora em dezembro de 2023.
Com o “Projeto Mãos que Abençoam com Amor”, iniciei cursos na área da estética para vítimas,  chegamos a ter 80 alunas e algumas seguem essa carreira. Desenvolvemos rodas de conversas, e diversas outras ações.

Viviane Henriques uma história de superação

5- Fale sobre seu trabalho no Tribunal da Justiça do Rio de Janeiro.
Sou Facilitadora do TJ, mas ainda é um trabalho voluntário.
Facilito desde intrigas entre funcionários (cartório e gabinetes) a pedido de Juízes e atuo também em escolas.
Facilitar é trazer responsabilidade ao causador do dano, fazer com ele reflita a respeito. Se ele não reconhece o mal  que fez ao outro, não facilitamos, judicializamos.
Quando a mediação é para tratar intrigas e trabalharmos temas para reflexão, fazemos em média 8 encontros.

6- Quais os caminhos que você trilhou depois que tudo aconteceu?
Hoje sou presidente do Projeto Mãos que Abençoam com Amor,  palestrante,  Facilitadora do TJ e associada a Matria.

7- Como você está hoje, psicologicamente?
Psicologicamente estou bem, tenho planos de me casar e ser feliz.


Viviane Henriques uma história de superação

8- Qual seu recado para as mulheres?
Desejo que as mulheres entendam que não necessitamos de homens para criar e sustentar nossos filhos.
Precisamos nos curar, trabalhar, amadurecer, e aí sim, quando estiver tudo equilibrado nos permitirmos amar.
Quando a mulher entende isso, consegue construir um relacionamento saudável, sem depender emocionalmente de ninguém.

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