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quarta-feira, 18 de dezembro de 2024


Capa 3708
Luka Dias

COLUNISTA

Luka Dias

Empodere-se

Débora Brazil

Débora Brazil Silva
Presidente da Comissão de Combate ao Assédio Moral no Trabalho da OAB/RJ.

1 - Qual sua formação a acadêmica?
Débora Brazil Silva, Advogada formada na UNESA em 2011, especializações em Direito Civi e Direito Processual Civil pela UCAM, Curso de Extensão em Compliance pela PUC-RJ, MBA em Gestão de Pessoas na USP, prática trabalhista na advocacia desde 2014. Presidente da Comissão de Combate ao Assédio Moral no Trabalho da OAB/RJ.

2- Como é estar na presidência da CAMT?
Uma responsabilidade enorme abrir os trabalhos de combate ao assédio moral na advocacia, afinal é a primeira comissão sobre o tema, mas também é a realização de um propósito de vida de contribuir para a construção de ambientes de trabalho mais justos e saudáveis.

3- Qual o foco nos treinamentos personalizados nas empresas?
O foco é no esclarecimento, seja do conceito de assédio, seja nas condutas assediadoras, seja nas consequências tanto na saúde mental dos trabalhadores quanto na baixa da produtividade para o resultado das empresas.

Débora Brazil

4 - A senhora vê um resultado positivo nesse seu trabalho dentro das empresas?
Com certeza! Estamos sendo procurados para falar do assunto, seja pela comissão, seja pelo meu escritório e isso é muito positivo, porque mostra que o tema está sendo mais reconhecido socialmente e a busca por solução já é uma realidade.

5 - Fale um pouco sobre os temas das palestras.
Nas palestras falamos sempre sobre o conceito de assédio para ficar claro de pronto o que é assédio e o que não é, tratamos também de exemplos práticos de condutas assediadoras, além das consequências na saúde mental dos trabalhadores e como tudo isso impacta na produtividade das empresas.

6- Fale sobre a(s) lei(s) criada(s) para o combate ao assédio moral no trabalho.
Existem alguns projetos de lei tramitando nas casas legislativas, mas eu deixo destacado aqui o PL 5936/2023 que participamos da construção junto ao gabinete do Deputado Federal  Reimont do PT-RJ, sobre a inclusão do assédio moral na CLT, o que ajuda no reconhecimento do tema.

Débora Brazil

7- Quando e como começou a CAMT?
O trabalho da Camt começou em Julho de 2024, a partir de uma palestra para os funcionários da OAB/RJ sobre assédio moral no trabalho que fui convidada a dar no primeiro semestre de 2024.

8- Quais as prevenções que devem ser tomadas em relação ao assédio moral no trabalho?
A prevenção maior para que não ocorra assédio no trabalho é exatamente a realização dos treinamentos periódicos sobre o tema para conscientizar e instruir não só os empregados mas as lideranças sobre como fazer e como não fazer, com o objetivo de construir um ambiente de trabalho seguro e saudável para todos!

9- Como identificar e denunciar o assédio?
A identificação do assédio está diretamente ligada a conscientização e empoderamento dos empregados para terem coragem de denunciar situações humilhantes e desrespeitosas no ambiente de trabalho que possam causar consequências nefastas para aquele grupo de trabalhadores, as denúncias podem ser feitas nas ouvidorias, canais de denúncias internos, no site do MPT ( Ministério Publico do Trabalho) no site do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) e a CAMT trabalha em colaboração com esses órgãos, mas a OAB/RJ também recebe denúncias pela Ouvidoria da Mulher.

Débora Brazil

10- Deixe uma mensagem para as vítimas de assédio.
Quero me direcionar a você que está passando por alguma situação de Assédio, peço que NÃO SE CALE! Que busque ajuda dos colegas de trabalho, familiares e profissionais como psicóloga para cuidar da saúde mental e advogado para cuidar da parte jurídica, além de poder recorrer a nos pelo Instagram e ouvidoria da mulher da OAB/RJ!

Contem com a gente!

https://www.gov.br/pt-br/servicos/realizar-denuncia-trabalhista

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Mulheres na polícia
8º Congresso Brasileiro sobre Mulheres na Polícia (CBMP)


O 8º Congresso Brasileiro sobre Mulheres na Polícia (CBMP) acontecerá nos dias 29 a 30 de 31 de Maio de 2025 em Campo Grande no Mato Grosso do Sul, p evento vai reunir policiais femininas de todo o Brasil  com o apoio institucional de dezenas de entidades sindicais brasileiras da área de segurança pública, o

Serão apresentadas e debatidas as perspectivas da Segurança Pública no Brasil, com foco no papel das policiais femininas nesse contexto, como também mesas de Debates sobre Violência Doméstica. Representantes de instituições estruturais do sistema policial brasileiro estarão presentes, como da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Civil, Polícia Militar (PM), Corpo de Bombeiros Militares (CBM), Policiais Penais e Guardas Civis Municipais de vários estados do país. Além disso, serão abordadas questões relevantes para a
comunidade acadêmica, profissionais afins e toda a coletividade.

O 8º Congresso Brasileiro sobre Mulheres na Polícia

A iniciativa reúne mulheres policiais das forças de Segurança Pública do país integrando ainda diversos segmentos institucionais policiais brasileiros. Palestras, mesa redonda e workshops compõe a programação, que visa debater o papel da mulher policial e desafios, que enfrentam como profissionais da segurança pública nacional. A proposta do Congresso busca, sobretudo, viabilizar políticas efetivas de enfrentamento diante das questões debatidas.
De acordo com o coordenador geral do e Idealizador ‘Congresso Brasileiro sobre Mulheres na Polícia’,
Deyvson Humberto da S. Costa, o evento, que nasceu em 2019 em João Pessoa (PB), conquistou o reconhecimento entre mulheres policiais no país, tanto pela abrangência quanto pelo propósito do projeto. “O Congresso surgiu
com o intuito de reunir mulheres que compõe todas as corporações para tratar sobre temas sensíveis às mulheres policiais, como também convocar os agentes políticos para atuar e promover mudanças na realidade das corporações,” salienta

Com ampla adesão e reconhecimento social de entidades representativas e das profissionais da área, as edições inicialmente anuais, passaram ser semestrais. O coordenador geral destaca que foi a partir deste ano, quando o evento rompeu os limites de João Pessoa (PB), ao ser realizado na capital federal, que foi redefinido para acontecer duas vezes por ano, em diferentes regiões do Brasil, “no primeiro semestre deste ano realizamos a sexta edição do CBMP em Brasília, reunindo parlamentares, mulheres policiais de todas as forças, representantes de entidades e importantes órgãos federais”. Em Brasília (DF) a iniciativa foi homenageada pela Associação das Mulheres Policiais (AMPOL). A entidade reconheceu Deyvsom Humberto o Coordenador geral como embaixador civil dos contingentes femininos da segurança pública, pelos bons serviços prestados na efetivação e congraçamento das lideranças classistas da policiais femininas.

O 8º Congresso Brasileiro sobre Mulheres na Polícia

No que tange aos principais resultados alcançados, além do reconhecimento, Deyvson ressalta que a cada edição debates fomentados são potenciais catalisadores de políticas públicas efetivas para melhoria das instituições.

O evento se propõe, fundamentalmente, acolher as demandas das Mulheres Policiais do Brasil, buscar a valorização e inclusão, através de discussões para promover ações e políticas que proporcionem as
necessárias melhorias nas condições de vida e trabalho.

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Carol Diversi


Carol Diversi
Militar na Força Aérea Brasileira FAB e Instrutora de Armamento e Tiro

1) Qual sua formação?
Sou militar da Força Aérea Brasileira, com formação como Controladora de Tráfego Aéreo pela Escola de Especialistas da Aeronáutica (EEAR). Após concluir o curso de Formação de
Sargentos, graduei-me em Ciências Aeronáuticas e, atualmente, sou acadêmica no curso de Direito. Além disso, sou pós-graduada em Segurança Pública e Instrutora de Armamento e
Tiro.

2) O que levou a entrar na FAB?
Ingressar na Força Aérea sempre foi um sonho desde a minha infância. Cresci em Barbacena-MG, cidade que é sede da EPCAR (Escola Preparatória de Cadetes do Ar). Desde pequena, acompanhava os desfiles militares, e, mesmo sendo a primeira militar da FAB em minha família, esse ambiente me inspirou a seguir essa carreira. Ao longo da minha vida, sempre busquei desafios que me permitissem crescer pessoalmente e profissionalmente. A Força Aérea me atraiu pela oportunidade de servir ao país, pela disciplina, pela excelência e pelas possibilidades de desenvolvimento em uma carreira tão desafiadora, honrosa e respeitável. Além disso, a possibilidade de ser uma mulher em um ambiente predominantemente masculino sempre me motivou a quebrar barreiras e mostrar que sou capaz de conquistar meus objetivos.

Carol Diversi

3) O que representa pra você, ser mulher no cargo que ocupa?
Ser uma mulher militar representa superação, resiliência e representatividade. É a oportunidade de mostrar que nós mulheres podemos ocupar os mais diversos cargos, demonstrando que o comprometimento, a coragem e a capacidade de liderança não têm gênero. Além disso, como mulher, sinto que tenho a responsabilidade de inspirar outras mulheres a acreditarem em seu potencial.


4) Como é ser uma mulher instrutora de armamento e tiro?
Acredito que, como mulher, posso oferecer uma abordagem mais empática e atenta à segurança, especialmente no contexto feminino. Meu objetivo não é apenas ensinar as técnicas de tiro, mas também encorajar as mulheres a se envolverem em uma atividade historicamente dominada por homens, mas que é acessível a todas, seja como esporte ou como uma ferramenta de defesa pessoal. Apesar de o mundo do armamento ser
tradicionalmente dominado por homens, tenho observado uma crescente presença de mulheres, e isso é algo muito positivo. Para muitas mulheres, aprender sobre armamento é uma ferramenta de empoderamento pessoal, e testemunhar o crescimento delas, assim como o aumento da confiança, é uma recompensa muito gratificante.


5) Como você atuou ou atua, em parceria com a Segurança Pública?
Já tive oportunidade de realizar algumas instruções e treinamentos com instituições da Segurança Pública, como a PPMG e PMMG. Acredito que a interoperabilidade entre as instituições reforça nosso compromisso perante a sociedade e nos fortalece como profissionais. Apesar das diferentes funções e estruturas, temos um objetivo comum, que é entregar para a sociedade um serviço de excelência. A troca de conhecimento e experiências  contribuem para a construção de um ambiente mais coeso e capacitado, com maior preparo para enfrentarmos os desafios e cumprirmos nossa missão.

Carol Diversi


6) Quais são os seu projetos para o futuro?
Atualmente, tenho um projeto voltado para mulheres, com o objetivo de apresentá-las ao mundo do tiro e, por meio dessa experiência, ajudá-las a compreender a imensa capacidade que possuem para se proteger. Meu intuito é mostrar que, ao aprenderem a dominar novas habilidades de defesa pessoal, elas se tornam mais confiantes, seguras e preparadas, com uma nova perspectiva sobre seu poder pessoal e capacidade de agir diante do medo e da insegurança. Desejo que esse projeto alcance cada vez mais mulheres e possamos criar uma comunidade de apoio entre as participantes, onde elas possam compartilhar experiências e se fortalecerem mutuamente.


7) Quais as causas que te mobilizam?
Vivemos em uma sociedade onde muitas mulheres se sentem vulneráveis diante da violência. É perceptível que há uma necessidade urgente de falarmos sobre mentalidade de combate com o público feminino. Ao empoderar as mulheres com habilidades práticas de defesa pessoal e conhecimentos sobre o uso responsável de armamentos, estamos promovendo uma verdadeira mudança de mentalidade. O que me move é fazer parte dessa  transformação, onde cada mulher que aprende a se defender se torna uma fonte de inspiração para outras.

Carol Diversi

8) Uma mensagem para nossas leitoras

Queridas leitoras do Empodere-se,

Lembrem-se que cada um de nós, homens e mulheres, temos um papel fundamental na sociedade. Nunca subestimem o poder que vocês têm de transformar suas vidas e o mundo ao seu redor. Sigam firmes, confiantes em seus projetos e lembrem-se que nenhum desafio é inalcançável. Ao investir em si mesmas, vocês não apenas se fortalecem, mas também inspiram outras mulheres a fazerem o mesmo.

Sejam fortes e corajosas!

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Aula - Armamento e tiro

Natal solidário



Gesto

Bia Lioncio

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