COLUNISTA
Bacharel em Direito Pós-Graduada em Direito Penal, Direito Processual Penal e Direito Público pela Escola Superior de Direito (ESD), Especialista em Gerenciamento em Segurança Pública (CEGESP) pela Universidade Estadual de Goiás (UEG), Especialista em Altos Estudos de Segurança Pública pela Universidade Estadual de Goiás (UEG).Policial Penal de Classe Especial do Estado de Goiás, exercendo o cargo de Coordenadora da 1ªCoordenação Regional Prisional, já ocupou os cargos de Diretora da Unidade Prisional de Hidrolândia, Diretora da Unidade Prisional de Senador Canedo e Gerente de Produção Agropecuária e Industrial.
Professora da Escola Superior de Polícia Penal (ESPP).
1- Fale um pouco sobre sua trajetória na Polícia Penal
Fui aprovada no concurso em 2002 tomei posse no ano de 2004, já são mais de 20 anos trabalhando no sistema penitenciário goiano. Ingressei como plantonista na Penitenciária Feminina Consuelo Nasser, posteriormente fui lotada em outras unidades prisionais no interior do Estado, após 10 anos como plantonista operacional, tive o convite para atuar como diretora da Unidade Prisional Regional de Hidrolândia presídio masculino aonde exerci a gestão por 1 ano e meio, quando fui convidada a assumir a direção da Unidade Prisional Regional de Senador Canedo a qual permaneci por 5 anos e dois meses. Em 2021 fui convidada a assumir a Gerência de Produção Agropecuária e Industrial área técnica responsável pela empregabilidade e políticas de ressocialização dos presos. Em 2022 assumi a coordenação da maior regional prisional do Estado, sendo a primeira policial penal feminina a assumir esse cargo na história do sistema penitenciário goiano.
2- Como surgiu a oportunidade de ser coautora no livro da série Mulheres na Segurança Pública e como foi para a senhora?
A oportunidade veio após confirmar a minha participação como palestrante no VIII Congresso Brasileiro Mulheres na Polícia edição que acontecerá em Maio na cidade de Campo Grande MS, fiquei extremamente lisonjeada com o convite e feliz em contribuir com o livro contando minha trajetória na polícia penal do estado de goiás ao lado de grandes mulheres que atuam nas forças de segurança pública do nosso país.
3- Quais são os desafios de ser mulher na sua profissão?
Seguir a carreira como policial penal já é um desafio por si só, mas para nós mulheres, esses desafios podem ser ainda mais complexos devido a questões de gênero e o ambiente predominantemente masculino. Muitas vezes, há a ideia de que o trabalho no sistema prisional é madequado para homens devido à necessidade de força física e enfrentamento de situações de risco. Isso pode levar a dúvidas sobre a competência das mulheres, independentemente de sua qualificação profissional. Mulheres podem enfrentar barreiras para promoções ou designações para cargos de maior responsabilidade, sendo frequentemente direcionadas para funções administrativas ou de menor exposição operacional. Não tem como não falar da pressão para provar competência, por diversas vezes sentimos que precisamos nos esforçar mais para ganhar o respeito dos colegas e superiores, demonstrando constantemente a capacidade de lidar com situações de risco. Por fim a conciliação entre a vida profissional e pessoal o trabalho como policial penal envolve turnos irregulares, plantões noturnos, exposição constante ao estresse e a atenção redobrada com a segurança pessoal. Apesar desses desafios, nós mulheres se destacam na carreira de policial penalna assunção de cargos institucionais, trazendo uma perspectiva diferenciada para o ambiente de trabalho e contribuindo para a evolução e humanização do sistema penitenciário. O apoio institucional e políticas de igualdade de gênero são fundamentais para reduzir essas barreiras.
4- Quais são suas motivações?
A motivações que tenho diante da minha carreira como policial penal é o desejo de contribuir através do meu trabalho na construção de uma sociedade melhor e mais segura, desempenhar o papel essencial na manutenção da ordem e segurança nos presídios, cumprir os dispositivos da lei de execução penal e consequentemente contribuir com a segurança pública como um todo.
5- Fale-nos um pouco sobre o tema de sua palestra “Liderança na Polícia Penal” com a análise da polícia feminina na gestão e sua eficácia no controle do cárcere.
A presença da mulher nos cargos de liderança dentro do sistema prisional tem mostrado uma alternativa eficaz para a gestão e o controle do cárcere. Dentro da carreira somos minoria em torno de 10% de todo o efetivo masculino e nos cargos de gestão segue a mesma proporção. A atuação feminina associada a características como resiliência , diplomacia e inteligência emocional, traz impactos positivos na administração prisional. A gestão desempenhada por policiais penais femininas tem se destacado por sua capacidade de comunicação e resolução de problemas de forma menos confrontativa, além do equilíbro entre a firmeza necessária para manter a ordem e a disciplina e a sensibilidade na mediação de conflitos.
6- O que costuma fazer para relaxar?
Correr, sou apaixonada por corrida de rua, sou meia maratonista, a atividade física me ajuda a relaxar e manter a saúde física e mental, sem dúvida nenhuma a corrida me ajuda muito a lidar com todo o estresse da profissão.
7- Algum outro trabalho fora da polícia?
Sim, sou empreendedora no ramo de óculos esportivos, recentemente lancei minha marca a SKY Glasses.
8- Uma mensagem para nossos leitores.
Sempre acreditem no poder da resiliência e da determinação. Independentemente dos desafios que enfrentamos, especialmente em áreas onde ainda somos minoria, como na segurança pública, é fundamental manter o foco, a ética e o compromisso com a nossa missão. Durante a nossa trajetória o caminho pode ser árduo, mas cada conquista é a prova de que somos capazes de transformar o ambiente em que atuamos. Nunca subestimem a força de seus sonhos e a capacidade de fazer a diferença onde estiverem ou na missão que lhes confiarem.
Graduado em Segurança da Informação. Especialização em Contrainteligência Empresarial e OSINT.
Atualmente estudando MBA em Política, Estratégia, Defesa e Segurança Pública ESG/ADESG.
Com mais de 30 anos, Julio se considera um ex-justiceiro no mundo virtual. Começou na adolescência, na época das Lan Houses. Burlava o sistema adicionando horas para continuar jogando. Acabou sendo descoberto pelos funcionários da loja, mas o gerente viu potencial no garoto e passou a ensiná-lo bons princípios e a aprofundar o conhecimento que ele já possuía. Passou a trabalhar e aprender cada vez mais nessa Lan House.
Julio foi criado na empresa dos pais, circulando entre juízes, promotores, advogados com diversos escritórios internacionais, desembargadores, policiais de diversas forças entre outros. Não existe nada bonito no falso entretenimento e distração, diz ele. Teve seu primeiro mentor (de sua abençoada memória), um israelense ex-IDF que muito o ensinou. Procurou sempre testar os ataques em seus próprios sistemas, sempre fazendo simulações com ele mesmo.
Ele tem total consciência de que a mídia deturpa, a todo momento, e que Hacker não é Cracker.
Há mais ou menos 10 anos, um homem, em uma cidade próxima a dele, passou a seduzir mulheres, maiores e menores de idade. O sujeito as levava para um motel, gravava e fotografava o ato sexual quando estavam alcoolizadas ou dormindo. Ao todo foram 15 meninas e mulheres da minúscula cidade.
Na época, saiu no jornal da cidade com uma matéria de jornalismo investigativo, onde Júlio relatava a podridão do mundo virtual, alertando aos leitores, sem sensacionalismo. Sempre manteve em sigilo seus conhecimentos.
O sujeito postou tudo em uma página de um serviço no estilo dos antigos Fotolog/Fotoblog.
As mulheres em questão, se negaram a fazer denúncia, provavelmente pela exposição ou medo.
Porém, como em alguns lugares do país a injustiça ocorre, a prioridade fica para o QI, quem indica, quem tem poder, quem tem dinheiro.
Julio resolveu agir sozinho e abriu uma máquina que tinha, específica de testes de segurança e começou uma sequência de diversos ataques e exploração de vulnerabilidades. Deu tudo certo. Retirou tudo do ar e devolveu a paz para 15 famílias.
Esse foi apenas um caso entre inúmeros que ele presenciou e que atuou na investigação privada.
O intuito é disseminar a cultura de segurança às mulheres e aos homens.
Existem muitos casos de suicídio quando há exposição de nudes mediante chantagem emocional ou extorsão financeira.
“Acredite, é muito fácil chegar aos meliantes, quando não chegamos, ficamos próximos, com rastros e inteligência coletada os advogados conseguem atuar com maestria. Sei muito bem que a atuação hormonal dos jovens e adultos mediante a impulsos, infelizmente, é utilizada por esses criminosos através de engenharia social e gatilhos mentais, carência afetiva para obtenção dos nudes e outros dados sensíveis. Um mínimo conhecimento de neurociência e fisiologia hormonal é suficiente para entender o raciocínio proposto aqui.
Independentemente do gênero, o brasileiro costuma não ter mentalidade preventiva. É preciso evitar, é necessário difundir exaustivamente a cultura de segurança e tudo o que acontece nos bastidores da corte no dia a dia.
Sabemos que a insurgência migrou e está atuando em diversas frentes, e essa é uma frente que dá muito lucro às quadrilhas e lobos solitários.
Muitas mulheres se mataram com o famoso "Caiu na Net".
Aproveito para dizer: muito cuidado ao clicar em links quaisquer. Os ataques de phishing capturam localização, rosto, IP; outros instalam malwares no aparelho e dão livre acesso a bandidos. Lembre-se, o celular é um computador na mão. Todo sistema é vulnerável, nada está livre de interceptação. Segurança física e lógica é sempre um processo com prevenções. Acredito que a forma mais eficaz de modificar essa realidade é investir em programas que ajudem crianças e jovens e conscientizem os pais.”
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