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Reinaldo Paes Barreto

COLUNISTA

Reinaldo Paes Barreto

Escargots, uma iguaria (para quem gosta)

E tem muitas gente que não só não gosta (graças a Deus), mas ainda faz  “eca”, com caretas de nojo, quando se fala nesse prato clássico da gastronomia francesa. Eu adoro. Mas que é um molusco muito doido, lá isto é. Para começar é hermafrodita, e o acasalamento é precedido  por uma fase de “amassos” (que dura cerca de 20 minutos) durante os quais eles vão se tocando e se excitando até atingir o ponto de acasalamento. A seguir, ficam lado a lado em sentidos opostos e se penetram reciprocamente com o pênis de um na vagina do outro

Além disso, os escargots são invertebrados,  herbívoros, e notívagos! Ou seja, eles só se alimentam à noite e basicamente comem alface, couve, bardano, cenoura, pepino e chuchu, quando estão na natureza. Mas pode-se usar uma ração seca, preparada em casa, ou industrialmente, para a criação em escala comercial (*) . Os escargots aparecem na alimentação humana desde a era Paleolítica e a prova é a grande quantidade de conchas encontradas pelos arqueólogos, próximo às cavernas desse homem pré-histórico. Depois, na Idade Média, foi largamente consumido e criado nos mosteiros, como alimento durante as vigílias e dias em que era proibido o consumo de carne, como na Sexta-feira da Paixão e dependendo da congregação (mais rígida) durante toda a Quaresma.

Mas vamos ao que importa, para quem importa (com trocadilho) congelados, ou e lata, embora já se encontrem escargots “brasileiros”. Mas a receita clássica, francesa, é assim: 12 escargots, 1 maço de cebolinhas, 1 folha de louro, ½ maço de manjericão, 50g de manteiga sem sal, 2 colheres de conhaque, ½ maço de salsinha, 1 ramo de alecrim, 15 gramas de alho socado, sal e pimenta. Modo de preparo: junte todos os ingredientes e temperos e misture na manteiga. Depois coloque essa mistura nas conchas do escargot (as próprias ou as do prato com “buracos” apropriados); pré-aqueça o forno por 10m em temperatura de 200 graus e coloque a seguir esse prato de louça ou alumínio por 15m.

Eu prefiro escolta-los com vinho branco Riesling ou Sauvignon Blanc de qualquer boa procedência. Pode ser meia-dúzia, de entrada e depois um prato principal, ou 12 unidades na refeição toda, e uma padre-nosso, depois! Eu prefiro apreciá-lo no almoço quando a tarde é livre, é claro.

(*) Para a criação comercial, chamada de helicultura, pode-se começar com um pequeno investimento. E o mercado brasileiro é promissor. Para isso, há que se adquirir cerca de 60 matrizes e coloca-las em um ambiente com água potável, em caixas.

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