COLUNISTA
Pois é, todo mundo ou quase todo mundo curte a passagem de um ano para o outro, de 31 de dezembro para 1º de janeiro. E no Hemisfério Sul, sobretudo, por ser verão, a festa e os fogos são uma ocasião especial de
comemoração coletiva. No caso do Rio e de Copacabana, então, é uma atração turística que reúne cerca de 2,5 milhões de pessoas nas areias e calçadas da orla marítima.
Réveillon em Copacabana. (Foto de Fernando Maia, da Riotur)
Mas, como quase tudo na vida, a intenção e a fé são mais importantes do que “a verdade” do fato; ou seja, essa marca de final de dezembro versus o primeiro dia de janeiro nem sempre foi assim e nem vale mesmo
atualmente para todos os países. No calendário romano e até Júlio César, por exemplo, o ano começava a 1º de março, pela mesma razão que na França até 1564 (*) o ano novo começava a 23 de março, início da primavera. E faz todo sentido, inclusive, o nome “réveillon” que significa acordar, despertar (de um sono), na língua francesa, se considerarmos que em um continente eminentemente rural, na época, datar do fim do inverno, (do sono da Natureza!) o recomeçar de um ano é de um forte simbolismo.
o Papa Gregório
E ainda hoje, 2025, alguns países celebram o início do ano em outras datas, muitos inclusive por influência religiosa. São eles: Israel, Irã, Afeganistão, Etiópia, Nepal e China, e nem sei se estou omitindo outros.
o branco como luto
E, por fim, também o branco, provavelmente a cor universal dessa festa, já que simboliza paz, espiritualidade, limpeza e, portanto, renovação, não é uma unanimidade. Na China, na Coreia do Sul, na Tailândia, no Vietnam, e em algumas regiões da China, o branco é a cor do luto após a morte, porque representa a pureza da jornada seguinte à desencarnação.
(*) Foi só a partir de 1563 que então rei Carlos IX, da França, decidiu adotar o calendário gregoriano e determinou que o ano oficial começasse a 1º janeiro.
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