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sexta-feira, 04 de abril de 2025


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Reinaldo Paes Barreto

COLUNISTA

Reinaldo Paes Barreto

Vamos começar por um coquetel?


Vamos! Mas por que esse nome? Porque cocktail, a palavra-mãe, vem de cock-tail, literalmente rabo de galo. E por que? São drinques são tão coloridos que parecem a plumagem dessa ave madrugadora. E por que são tão coloridos?

Ah, agora o pulo do gato. Durante a Lei Seca, décadas 1920-30, sobretudo nos EUA, ele foi criado como uma fórmula para, de um lado amenizar o terrível gosto das bebidas produzidas ilegalmente com álcool fabricado em garagens e, do outro, disfarçar os eventuais flagrantes dos fiscais pois parecia(m) inocentes sucos ou infusões enfeitadas. E o mais interessante é que passou a ser apreciado por homens e mulheres.

f coquetel e mulher


Vejamos três dos mais iconônicos entre os 62 consagrados pela International Bartenders Association (IBA), começando pelo melhor “case” do “despite “acima mencionado, o Bloody Mary. Leva vodka, suco de tomate, suco de limão, sal, molho inglês, tabasco, pimenta em pó e um talo de aipo à cavaleiro.

A seguir, o mais famoso: Dry Martini, emblemático, cinematográfico, com repertório imenso de histórias.

Ingredientes:

2 partes London Dry Gim, 1 dose de vermute seco francês

1 fatia de casca de limão/uma azeitona (submersos).

Modo de preparar

Misturar os ingredientes na coqueteleira, com muito gelo. Usar uma colher de cabo longo (nunca sacudir). Coar e derramar na taça apropriada sem o gelo.

Obs: existem mais de 30 versões, inclusive a célebre do James Bond que entra vodka no lugar do gim. E a taça apropriada.

g Dry Martini


Terceiro, o Horse’s Neck, o preferido da Salma, minha mulher. E é assim chamado porque a casca da laranja, cortada em espiral descendo pela parede do copo, realmente lembra o pescoço de um cavalo. Ingredientes: uísque Bourbon (Jack Daniels), Ginger Ale, Angostura Bitter, uma casca de limão cortada em espiral e muito gelo. Pode ser bebido com um canudo.

h Horse’s Neck

Há outros, tantos, como o Negroni, Gin Fizz, Bellini, Daiquiri (das antigas), Kir Royale, e para não esquecer o nosso Brasil, a caipirinha. E em Portugal, entre os jovens, ficou popular o Portonic: uma dose de Vinho do Porto branco, seco, uma lata de água tônica gelada, uma casca de limão ou laranja e cubos de gelo a gosto.


Regras de Ouro

Seja qual for o coquetel há três regras sagradas: 1) não adicionar mais do que esses quatro elementos: um destilado como base, um licor ou bitter, uma água gaseificada ou gelo e um suco (ou casca) de fruta; 2) os equipamentos devem ser mantidos em condições de higiene absoluta; porque um copo sujo destrói qualquer mistura; 3) taças e copos adequados.

Eu acrescentaria mais duas “leis”: 1) coquetel não é para acompanhar refeição. É para ser apreciado em cadeira alta de bar, com algum salgadinho ligeiro, antes do repasto;

2)  mais de três doses é porre!

Cheers!

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