COLUNISTA
No passado, o termo “hermanos” se referia, apenas, aos argentinos. Mas, hoje, devido à forte presença de bolivianos, chilenos, uruguaios e venezuelanos, sobretudo imigrantes, virou um genérico de sul-americanos no Rio.
E a diferença conceitual entre turista e imigrante, é que o primeiro vem e volta para o lugar de origem, haja vista que a palavra francesa “tour” indica o movimento de rotação “de um corpo” em torno do seu eixo. Ou seja, voltar ao ponto de partida. Já imigração significa “entrar em um país estrangeiro com o objetivo de se estabelecer”.
Mas essa introdução é para pontuar a importância do Turismo e valorizar dois homens que no século XIX e início do XX foram os grandes benfeitores dessa indústria sem chaminés, que hoje aporta bilhões de dólares aos cofres dos municípios, regiões e cidades deste planeta: Thomas Cook e Santos Dumont. Thomas Cook foi o pioneiro, porque pensou o Turismo em sua tríplice dimensão: o deslocamento de um ponto a outro, regressando ao ponto de origem; o meio de transporte e a hospedagem/alimentação durante a viagem, e no destino. Este sueco, naturalizado inglês, teve essa iniciativa porque percebeu que mesmo as ricas elites inglesas cresciam e viviam em seus castelos afastados das cidades, e não conheciam sequer um condado vizinho.
Thomas Cook
O segundo homem foi Alberto de Santos Dumont, o nosso herói brasileiro, que ao criar a aviação encurtou distâncias para passageiros e cargas: de correspondência, utensílios, medicamentos e animais.
Santos Dumont voando
Faltava, no entanto, um último elemento: a propaganda. No início, o boca-a-boca. Depois, vieram os cartazes, folders, folhetos e revistas, mostrando novas paisagens, cenários paradisíacos, novidades gastronômicas. Com o tempo, vieram os jingles e os filmes.
Nota: na época do New Deal o conjunto de políticas econômicas do governo Roosevelt, os EUA criaram uma terceira via da propaganda, do “way of life” dos norte-americanos. E o cinema foi o grande veículo, tanto que se criou o mantra “the flag followed the film”, para vender uma América livre, bonita, próspera e convidativa.
Que agora sofreu um cavalo de pau da gestão Trump.
“In God we trust”.
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