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Sabor em cena

Marcelus Fassano

Sabor em cena

Descorchados, os melhores vinhos da América do Sul

Tem coisa que a gente vive e já sabe: vai virar história pra contar.

Na última semana, fui ao Village Mall para o lançamento do Guia Descorchados 2025, evento obrigatório para quem faz parte do cenário do vinho, seja como profissional ou como amante de uma boa taça.

Era aquele tipo de ambiente lindo, e eu confesso: adoro o Village Mall, ainda mais com um deck à luz do luar. Mesmo com cerca de 500 pessoas e uns 50 expositores, o clima era surpreendentemente intimista.

Foto 1
O Descorchados é o maior e mais importante guia de vinhos da América Latina. Só pra você ter uma ideia, neste ano foram 4.000 rótulos experimentados e avaliados. As vinícolas presentes só levaram seus melhores vinhos, então o nível estava altíssimo.

Imagine ter acesso, em uma só noite, aos rótulos mais icônicos (e caros) da América do Sul. Experiência possível apenas em eventos como o Descorchados.

E mesmo com tanta gente circulando, havia espaço para conversar com quem faz os vinhos. Muito maneiro beber o vinho servido pelo próprio enólogo o cara que planejou, executou, esperou e agora vê tudo sendo apreciado por você, ali, taça na mão. Ouvir sobre as safras, os processos, os bastidores entre um gole e outro, encontrei rostos conhecidos: o sommelier Carlos Aguiar (Wine in Rio), Paulo Nicolay (Barrinhas), a querida Flávia Medeiros, Paula Brazuna, os queridos Bruna e Lino (BB Wine) e minha mestra da Le Cordon Bleu, Elaine Oliveira (que assina a coluna Boa de Copo).

Dois vinhos ganharam o destaque máximo, com 100 pontos: o argentino Catena Zapata Adrianna Vineyard Mundus Bacillus Terrae, na safra 2022, e o chileno Undurraga Altazor 2021, primeiro rótulo do país a alcançar o feito, ambos atualmente indisponíveis por aqui.

Foto 2

Esses vinhos representam uma tendência crescente na América do Sul, a valorização da elegância e da expressão do terroir, em detrimento da opulência e do uso excessivo da madeira.

Mas, tirando os medalhões, alguns vinhos me chamaram atenção:

Pater Familiae, um vinho com presença e identidade do Vale do Colchagua; a sofisticação sempre atual de Susana Balbo; e um espumante brasileiro da Basso, que entregou frescor, equilíbrio e orgulho nacional.

A gastronomia foi assinada pelo restaurante Ysha, com petiscos pontuais, bem executados, que fizeram bonito ao lado das taças.

No fim da experiência, depois de mais de 40 rótulos degustados, fiz o mais prudente: agradeci ao Uber e segui pra casa, com a certeza de que aquela noite vai ficar guardada, com gosto, aroma e boas memórias.

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