Marcelus Fassano
Tem histórias que a gente só escuta direito quando se está à mesa. Já dizia o velho ditado: ninguém faz amigos bebendo leite. Foi entre um croquete de costela e um gole de chope que conheci a trajetória saborosa da Churrascada Parrilla, pelas palavras do seu criador, Glauber Xavier.
Quem diria que tudo começou numa partida de futebol? Glauber trabalhava no ramo de proteínas para o atacado, mas os amigos da pelada, sabendo disso, viviam pedindo uma “caixinha” especial com os melhores cortes, naquele precinho camarada. Como vinha muita carne, eles dividiam entre si. E ali, no meio da resenha, nasceu uma ideia: as pessoas querem carne de qualidade com preço justo. Simples assim.
Com o amigo Bruno, montou uma distribuidora. Depois percebeu: Petrópolis tinha poucas casas especializadas em carne. Investiu pesado, não só no negócio, mas também em si. Cursos de assador, gastronomia, muito estudo e nasceu a primeira Churrascada, na Castelânea. O sucesso levou à expansão e a nova casa em Itaipava já precisou crescer. Hoje ocupa um espaço maior, mais reservado, ao lado do antigo Tamboatá, em frente ao posto do Evandro. (Quem é da cidade entende esse GPS afetivo.)
Foi nessa nova unidade que vivi uma das experiências gastronômicas mais saborosas dos últimos tempos, ao lado da minha filha Sofia. Croquete de costela defumada, crocante por fora, úmido e macio por dentro, que talvez tenha ganhado esse nome pelo barulho que fazia ao ser mordido. Porchetta pururuca, torresmo de rolo com chutney de manga (me fez lamber os dedos sem cerimônia), shoulder na parrilla suculento, banana crock (Sofia repetiu várias vezes) e um palmito pupunha grelhado que desafiou meu ego de cozinheiro, estava simplesmente perfeito.
A Churrascada vai além do restaurante. Glauber tem levado sua expertise para eventos em outras cidades, a convite de prefeituras, mas é no formato steak house, eventos sob medida nas casas dos clientes, que ele se realiza. Vi as fotos e vídeos e me senti no Texas: fogo de chão, louças incríveis, mesas de encher os olhos. Já estou pensando nos meus próximos encontros com amigos.
Entre um brinde e outro, ainda conheci o gerente Lucas, que não deixava nossa mesa ou nossas calderetas esvaziarem. E, sim, até joguei um fliperama, na área Kids, enquanto esperava o anfitrião. A Churrascada é assim: carne, família, música, cerveja gelada e aquele tempero que não se vende, o prazer de receber bem.
E pra fechar com fumaça e festa: dia 8 de junho vem aí o Quarto Festival Churrascada, um open food com 14 estações diferentes, rock, sertanejo e muita carne na brasa. Já garanti minha mesa. E deixo aqui meu brinde à casa nova, que o sucesso continue bem saboroso!
Se você ainda não conhece, a dica está dada. Experiência completa, saborosa, com sotaque de brasa e coração.
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