COLUNISTA
Dia 1º - Marcelo Guilherme Masson Franck; dia 3 - Juliana Clemente Fialho; dia 4 - Clarissa Rocha Bordeira, Arthur S. de Mello Cerqueira; dia6 - Catia Vieira Miranda, Sebastião Inocêncio de Alcantara; dia 7 - Louise Lima Henriques. A Coluna Vida Militar e a AMIRP parabenizam a todos desejando saúde e felicidades.
(BBC News Brasil, Guillermo D. Olmo, 2 de outubro de 2024) - As relações entre Israel e o Irã foram bastante cordiais até 1979, quando a chamada Revolução Islâmica dos aiatolás conquistou o poder em Teerã. O Irã foi o segundo país islâmico a reconhecer Israel. O Irã era uma monarquia na qual reinavam os xás da dinastia Pahlavi e um dos principais aliados dos Estados Unidos no Oriente Médio. Porém a Revolução do Aiatolá Khomeini, em 1979, derrubou o xá e impôs uma república islâmica que se apresentava como defensora dos oprimidos e tinha como principais marcas a rejeição ao "imperialismo" americano e a Israel.
O novo regime dos aiatolás rompeu as relações com Israel, tomou posse da embaixada israelense em Teerã e a cedeu para “Organização para a Libertação da Palestina”, que então liderava a luta por um Estado palestino, contra o governo israelense. Alí Vaez, diretor do Programa para o Irã do International Crisis Group, disse à BBC News Mundo, “que a aversão a Israel foi um pilar do novo regime iraniano porque o novo Irã queria se projetar como uma potência pan-islâmica e levantou a causa palestina contra Israel, que os países muçulmanos árabes tinham abandonado". Khomeini começou a reivindicar a causa palestina como sua própria. O regime iraniano enfrentava também a Arábia Saudita, uma grande potência regional, que tinha consciência de que o Irã é persa e xiita, em um mundo islâmico majoritariamente sunita e árabe. O regime iraniano percebeu seu isolamento e começou a desenvolver uma estratégia destinada a evitar que seus inimigos pudessem um dia atacá-lo em seu próprio território". Assim, proliferou uma rede de organizações alinhadas a Teerã que realizavam ações armadas favoráveis aos seus interesses. A libanesa Hezbollah é a mais proeminente. Hoje, o chamado "eixo da resistência" iraniano se estende pelo Líbano, Síria, Iraque e Iêmen. Para Israel, é uma obsessão minar o programa nuclear iraniano e evitar que chegue o dia em que os aiatolás tenham armas nucleares. Desde os ataques de 7 de outubro de 2023 realizados pelo Hamas contra Israel e a reação militar massiva lançada pelo Exército israelense em Gaza, analistas e governos de todo o mundo expressaram preocupação de que o conflito pudesse provocar uma reação em cadeia na região e um confronto aberto e direto entre iranianos e israelenses. Em 1º de abril deste ano, um ataque aéreo israelense ao consulado do Irã na Síria matou dois generais de alto escalão. Em retaliação, o Irã atacou Israel com drone e mísseis em 13 abril. Na terça feira, 1º de outubro, a Guarda Revolucionária do Irã descreveu o ataque com mísseis como retaliação pelo assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, e do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah. No Líbano, o conflito com o Hezbollah se intensificou em meados de setembro, quando ocorreram explosões de “pagers” e “walkie-talkies” (rádios comunicadores) usados pelo Hezbollah, matando mais de 30 pessoas e deixando mais de 2 mil feridos. Israel foi acusado pela ação, mas não negou nem confirmou a autoria. Poucos dias depois, o sul do Líbano passou a ser fortemente bombardeado por Israel.
1ª aeronave entregue para Força Aérea Húngara - (Jose Antonio Simões Bordeira. Fonte: Embraer Notícias https://embraer.com/br/pt/noticias?slug=1207433-embraer-entrega-o-primeiro-c-390-millennium-a-forca-aerea-hungara ) O primeiro C-390 Millennium, para Força Aérea da Hungria, foi entregue no dia 5 de setembro de 2024, em Budapeste, Hungria. Esse projeto teve seu marco inicial em novembro de 2020, quando o governo húngaro assinou um contrato com a Embraer para a aquisição de dois C-390. Uma etapa importante do projeto ocorreu, em 09 de fevereiro de 2024, quando a aeronave, agora entregue, realizou seu voo inaugural, de aproximadamente quatro horas, na unidade da Embraer de Gavião Peixoto, interior de São Paulo. A aeronave, com suas características operacionais como grande autonomia de voo, transporte de carga de 26 toneladas com velocidade de 470 nós (870 km/hora), atende plenamente aos requisitos das Forças de Defesa Húngaras, sendo capaz de realizar diferentes tipos de missões militares e civis, incluindo Evacuação Médica, Apoio Humanitário, Busca e Salvamento, Transporte de Carga e Tropas, Lançamento Aéreo de Carga de Precisão, Operações de Paraquedistas e Reabastecimento Ar-Ar. Para o cumprimento de missões humanitárias e de evacuação médica, o C-390 húngaro dispõe de uma unidade de terapia intensiva (UTI) “roll-on/roll-off”. Esse foi o desafio que a Embraer aceitou na contratação do projeto, dado que essa aeronave é a primeira do mundo a dispor de tal característica. Acresça-se que o C-390 húngaro é totalmente adequado com os requisitos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), não apenas em termos de “hardware”, mas também em sua aviônica e de comunicações. Na solenidade de recepção da aeronave, o Ministro da Defesa da Hungria, Kristóf Szalay-Bobrovniczky, declarou: “A chegada dessa aeronave representa um verdadeiro marco para a Força Aérea Húngara, pois dará às Forças de Defesa Húngaras uma capacidade sem precedentes no transporte aéreo militar. É do interesse da segurança da Hungria ter forças de defesa fortes, bem equipadas e modernas, e estamos trabalhando para isso. A Embraer é uma excelente parceira nesse sentido”. Por seu turno, o Presidente e CEO (Diretor Executivo) da Embraer Defesa & Segurança, Bosco da Costa Junior, disse: "Este é um momento muito especial para a Embraer, pois entregamos o primeiro C-390 Millennium à Força Aérea Húngara. Esta aeronave oferece uma combinação imbatível de desempenho, flexibilidade e custos reduzidos do ciclo de vida, tornando-se o transporte aéreo preferido na Europa". Apesar da penosa quadra que o Brasil atravessa, há uma parcela dele que segue, firmemente, na trajetória de colocá-lo na posição de destaque que o país deve ocupar. (nota de Vida Patriótica: 1) roll-on/roll-off - a carga entra e sai pelos próprios meios do veículo, por meio de um chassi movimentado por um “braço flex”; 2)hardware - conjunto de equipamentos acoplados em produtos que precisam de algum tipo de processamento computacional; 3) CEO (Chief Executive Officer) - Diretor Executivo )
“O silêncio é o gradil da sabedoria.” (Talmud)
Veja também: