COLUNISTA
ANIVERSARIANTES AMIRP Dia 6 - Lourival Eckhardt, Ilse Walter Silveira, José Ailton Teixeira Paulo; dia 7 -Luciano Benjamim Simas Bernardes, Mara Ferreira Reis; dia 8 - Isaias Abreu de Souza; dia 10 - Kurt Adolf Hamberger, Tadeu Franco de Oliveira; dia 11- Abelardo Filgueiras de Mattos. A Coluna Vida Militar e a AMIRP parabenizam a todos desejando saúde e felicidades. (foto 2 - aniversariantes amirp)
EXÉRCITOS DO BRASIL E DA ARGENTINA PERMUTAM CÃES E EQUINOS (fonte: Noticiário do Exército, 22/10/2024) - O Exército Brasileiro e o Exército Argentino concluíram, em 17 de outubro, a permuta de animais e de materiais genéticos de alto valor, como parte de um acordo diplomático assinado na XV Conferência Bilateral de Estado-Maior Argentina e Brasil, de 2022. O Exército Argentino havia solicitado a doação de um equino reprodutor, material genético para reprodução, além de três cães para o melhoramento do seu plantel. Como contrapartida, o Exército Brasileiro recebeu cinco éguas da raça Polo Argentino e material genético de garanhões da mesma raça. Os cavalos integram o Exército até hoje para uma série de missões. Em atividades esportivas, operacionais e cerimoniais militares os equinos estão no centro da rotina de várias unidades de Cavalaria. Os cavalos também são utilizados na Equoterapia, destinada ao tratamento para reabilitação, reeducação especial e inserção social. Atualmente, a Força possui mais de 20 centros em funcionamento nas instalações de diversas organizações militares e em Círculos Militares pelo país. Além disso, o Exército emprega muares (mulas e burros) em unidades que contam com tropas especializadas em ambientes de montanha. Resistentes e utilizados em várias outras forças armadas pelo mundo, esses animais são empregados em movimentos logísticos e no transporte de sistemas de armas, munição e materiais de comunicações. Os cães também são utilizados em atividades militares. Considerados combatentes como quaisquer militares da Força, eles são chamados de Cães de Guerra e integram desde missões de patrulha e fiscalização a saltos com a tropa paraquedista. Os cães chegam aos canis do Exército ainda filhotes, com menos de um ano, e podem permanecer até oito anos empregados em operações militares. Finalizado o seu período na Força, o cão, quando necessário, pode permanecer na Instituição até o fim de sua vida com todo apoio alimentar e veterinário, e também pode ser adotado pela sociedade ou até mesmo pelo seu próprio adestrador. A adoção dos cães é prevista nas Normas para o Controle de Caninos no Exército Brasileiro. Para o melhor desempenho das funções, os animais são adestrados pelos chamados cinófilos, militares capacitados para a condução do animal. Todos os anos, o Exército realiza estágios voltados tanto para militares voluntários quanto para adestradores, que passam cinco semanas aprendendo desde os comandos básicos aos mais avançados. Atualmente, o Exército possui dois centros de reprodução e distribuição de caninos: um em Osasco (SP) e outro em Brasília (DF). Para as atividades militares, a Força tem trabalhado com cães de raças diversas como Rotweiller, Labrador, Dobermann, Pastor Alemão e Pastor Belga Malinois.
BATALHA DE ITORORÓ SEIS DE DEZEMBRO DE 1868 - (Jorge da Rocha Santos; fontes: “Reminiscências da Campanha do Paraguai”, Gen. Dionísio Cerqueira e “Guerra do Paraguai”, Tenente Emílio Carlos Jourdan) Solano Lopez não acreditava que o contingente brasileiro, 23 mil homens fosse capaz de atravessar o Chaco. Na noite de 5 de dezembro teve início a “dezembrada”, composta pelas batalhas de Itororó (6 de dezembro), de Avaí (11 de dezembro), de Lomas Valentinas (21 e 27 de dezembro) e terminou com a rendição paraguaia de Angustura (30 de dezembro). Todas elas apresentaram elevado grau de mortalidade para ambos os lados. Itororó significa “Torrente de Água” em tupi-guarani. Era um riacho de corrente caudalosa, de 3 a 4 metros de largura e profundidade de 4,5 metros, correndo entre barrancos íngremes. Sobre ele uma ponte de madeira, cuja captura era vital para o prosseguimento do êxito que fora a travessia do chaco, a brilhante manobra de desbordamento idealizada pelo Marquês de Caxias, o Comandante em Chefe do Exército Imperial Brasileiro.
Os paraguaios ao avistarem do alto a tropa brasileira, romperam fogo com sua artilharia. Travou-se o combate. A artilharia troava sem descanso. As cornetas tocavam sem cessar: “avançar, fogo!”. Ao ruído crepitante da fuzilada, misturava-se o estrépito dos esquadrões imperiais, que passavam a galope pela estrada. O Coronel Fernando Machado recebeu ordem para avançar sua brigada e tomar a posição. À testa o 1º Batalhão de Infantaria atirou-se sobre a ponte e no momento que a transpunha foi mortalmente atingido. O Major de artilharia Moraes Rego, toma a bandeira do 1º Batalhão de Infantaria e atravessou a ponte com ela empunhada, entusiasmando os soldados e tomando duas bocas de fogo paraguaias. Nessa ocasião a infantaria inimiga que se achava emboscada passou a hostilizar a brigada que atravessava a ponte. A cavalaria paraguaia carregou sobre a infantaria brasileira. Caxias mandou avançar o 6º, 7º, 9º, 13º e 20º corpos de cavalaria. O 6º Corpo em furiosa carga tomou quatro canhões de artilharia que hostilizavam os brasileiros. Os paraguaios receberam reforços e carregaram sobre a cavalaria imperial obrigando-a a recuar, Era horrível a mortandade nas fileiras brasileiras. Seis vezes o inimigo avançou e recuou. O Marquês de Caxias mandou avançar o 1º Corpo de Exército. Ele passou pela frente da tropa, ereto no cavalo, o boné de capa branca com tapanuca, de pala levantada e preso ao queixo pela jugular, a espada curva desembainhada, empunhada com vigor, presa ao pulso pelo fiador de ouro, o velho general em chefe, que parecia ter recuperado a energia e o fogo dos vinte anos estava imponente. A tropa perfilou-se como se uma centelha elétrica tivesse passado por todos. Os batalhões mexiam-se agitados, apertavam-se os punhos das espadas, e ouvia-se num murmúrio de “bravos!” ao grande marechal que abaixou a espada em ligeira saudação aos seus soldados. O comandante deu a voz de “firme”. Dali a pouco o maior dos nossos generais arrojava-se impávido sobre a ponte, acompanhado dos batalhões galvanizados pela irradiação de sua glória. A carga foi irresistível e o inimigo completamente destroçado. Os soldados confiavam em Caxias e o grande comandante a eles correspondeu, intrepidamente postou-se à frente da tropa e arrojadamente atacou! Situações críticas, decisões de risco! A vitória acalenta os destemidos! (foto 4 - Duque de Caxias)
“O caráter de um homem faz o seu destino”. (Demócrito)
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