COLUNISTA
Dia 12 - Suely Mesquita Muniz; dia 3 - Adhemar Antonio Ribeiro, Daniel Gonçalves Santos, Maria Regina Thomaz Vieira; dia 14 - Maria Laura Diniz Eckhardt; dia 16 - Dilma Altes dos Santos, Marli Pereira da Silva; dia 17 - Fernando Moysés; dia 18 - Renato Bianconi Principe, Anne Cherem Peixoto da Silva, Josiane de Cassia Rodrigues Bittencourt. A Coluna Vida Militar e a AMIRP parabenizam a todos desejando saúde e felicidades.
(Fonte: Reminiscências da Campanha do Paraguai, General Dionísio Cerqueira) - Guerra da Tríplice Aliança (Guerra do Paraguai)- Em abril de 1866, o Exército Imperial Brasileiro marchava contra o inimigo e teria de transpor o caudaloso rio Paraná. Uma complexa transposição de curso de água. O Passo da Pátria foi a área de travessia selecionada. Na margem paraguaia, o Forte de Itapiru pairava imponente. Quase no meio do rio, na frente do Itapiru, existia uma ilha na verdade um banco de areia coberta por vasto capinzal.
O major Villagran Cabrita comandava o 1º Batalhão de Engenheiros, desembarcou naquele local, na madrugada de seis de abril de 1866, com seu batalhão de 900 homens, indo juntar-se ao 7º Batalhão de Voluntários da Pátria, ao 14º Provisório de Infantaria e aos voluntários das províncias do Norte. Os soldados de Villagran trabalharam incessantemente, preparando a defesa da ilhota, pois era previsível que o inimigo tentaria recuperá-la em curto espaço de tempo. O esforço não foi em vão. Às quatro horas do dia dez de abril, mais de onze mil adversários, protegidos pela densa escuridão da madrugada, atacaram as posições brasileiras que tinham à sua frente a figura intrépida de Villagran Cabrita. A refrega foi renhida. Ao seu término, mais de 600 corpos do inimigo pontilharam o arenoso solo da ilha e outros tantos foram arrastados pelo rio tinto de sangue. Amanhecia o dia dez de abril de 1866, quando as vibrantes notas dos clarins do batalhão encheram os céus com o toque da vitória. O lamentável, no entanto, estaria por acontecer. Villagran, enquanto redigia a parte de combate, foi atingido por uma bala de canhão 68 que ceifou-lhe a vida, interrompendo-lhe a brilhante carreira. Villagran Cabrita é o patrono da Arma de Engenharia do Exército Brasileiro.
Marechal Carlos Machado Bitencourt, patrono do Serviço de Intendência do Exército Brasileiro, nascido a 12 de abril de 1840, em Porto Alegre, destacou-se como encarregado da logística nas operações desenvolvidas pelo Exército contra os insurretos de Canudos.
Como ministro da Guerra, interveio pessoalmente na campanha cujo óbice maior era a ausência de uma cadeia de suprimentos o que dificultava o bom desempenho das forças legais. Organizou e sistematizou o transporte de pessoal e material, tornando efetivo e contínuo o fluxo de reabastecimento das tropas, o que possibilitou a derrota dos rebelados. Sua brilhante atuação foi essencial para o resultado final daquele conflito.
Teatro de Operações da Itália, Segunda Guerra Mundial - Buscando abreviar a guerra na Itália, na primavera de 1945 as forças aliadas foram mobilizadas em uma importante ofensiva, que deveria eliminar o remanescente das forças nazistas. Acatando sugestão do Comandante da Força Expedicionária Brasileira (FEB), Gen Mascarenhas de Morais, a missão de capturar Montese foi entregue à FEB, se constituindo de vital importância a fim de abrir livre passagem as forças aliadas (5º Exército Americano e 8º Exército Britânico) para o Vale do Rio Pó.
Montese ficava próximo as províncias de Bolonha e Modena, em uma posição elevada, o que favorecia os defensores. Sem o apoio das forças aliadas, pela primeira e única vez a FEB operou de forma integrada seus elementos de artilharia expedicionária, os três regimentos de infantaria e o esquadrão de reconhecimento (este mecanizado, empregando os veículos M.8 Greyhound). A tomada de Montese revelou aos pracinhas uma nova e cruel forma de guerra, a guerra urbana com combates dentro da cidade, envolvendo a tomada de cada casa, o que favorecia aos defensores na realização de emboscadas e armadilhas! As 13:30 hrs de 14 de abril as forças brasileiras adentraram na cidade e deram inicio a batalha, na qual a atuação brasileira foi exemplar, tendo cobrado 430 baixas aos brasileiros e 189 civis. Em resultado da ação dos brasileiros, no dia seguinte houve a rendição das forças alemãs e a cidade foi declarada segura no dia 16. Durante tal ação, as forças da FEB se viram sob fogo de toda a artilharia alemã, o que facilitou o avanço da 10ª Divisão de Infantaria de Montanha americana. Em resultado a vitória brasileira, a população de Montese renomeou uma de suas praças com o nome de Piazza Brasile como forma de homenagear seus libertadores. Montese se revelou a mais sangrenta batalha em que o Brasil tomou parte desde a Guerra do Paraguai, tanto que das cerca de 1.121 casas que haviam na cidade, mais de 800 foram destruídas em resultado das batalhas e resultou no maior numero de baixas da FEB. Depois de Montese, a FEB não se envolveria em batalhas tão violentas, porém se manteria em combate e computaria a captura da 148º Divisão de Infantaria Alemã e da 90º Divisão Panzer, dentre outras, totalizando um total de 14.779 prisioneiros nos seus 9 meses de combate na Itália obtendo 20 vitórias e tido enfrentado divisões nazistas e italianas.
A coragem conduz às estrelas, e o medo à morte. (Sêneca)