COLUNISTA
ANIVERSARIANTES AMIRP - Dia 2 - Edna dos Santos Clavery; dia 4 - Telmo José Victor de Santana; dia 5 - Eliana Coelho, Maria de Lourdes Corrêa de Araujo Gantzel; dia 6 - Esrom Corrêa Huguenim, Marilda da Cruz Loureiro, Tiago Royer; dia 7 - Marcio Luiz Clemente. A Coluna Vida Militar e a AMIRP parabenizam a todos desejando saúde e felicidades.
DITO POPULAR “CARREGADOR DE PIANO” a expressão tem origem no futebol, sua criação é desconhecida. Ela não trata dos craques, mas dos jogadores coadjuvantes. Ela faz uma comparação do trabalho dos carregadores de piano com o pianista. Embora o pianista seja o mais importante, sem piano não há espetáculo, alguém precisa carrega-lo, aí entra o “carregador de piano”, trabalho pesado e que não aparece, mas fundamental para que o espetáculo ocorra.
Da comparação surgiu no futebol o termo “carregador de piano”, o jogador cujo trabalho duro é pouco evidenciado, porém essencial para o time. Por extensão também na vida temos os “carregadores de piano” e seus simples, mas importantes trabalhos.
TRÊS DE AGOSTO - DIA DO QUADRO DE ENGENHEIROS MILITARES DO EXÉRCITO BRASILEIRO - Ricardo Franco de Almeida Serra nasceu em Lisboa, Portugal, em 3 de agosto de 1748. Ingressou na Academia Militar de Portugal em 1762, tendo concluído, aos 18 anos de idade, os cursos de Engenharia e Infantaria, obtendo o grau de oficial. Aportou no Brasil em 1780. Engenheiro-soldado, cartógrafo, geógrafo e astrônomo tornou-se um dos expoentes do desbravamento e da defesa do imenso território brasileiro nas regiões Norte e Centro-Oeste.
O coronel Ricardo Franco prestou incontáveis contribuições no campo da construção de fortes e levantamentos topográficos, cumprindo a missão de desbravar e proporcionar melhores condições de defesa das fronteiras Norte e Centro-oeste do Brasil Colônia, que ainda se encontrava em formação. Fez o levantamento de fronteiras, explorando mais de 50 rios das bacias do Amazonas e do Prata. Mapeou as capitanias do Grão-Pará (Pará), de São José do Rio Negro (Amazonas) e de Mato Grosso. Além disso, dirigiu trabalhos de construção de várias fortificações, entre as quais o Forte Príncipe da Beira (em Rondônia), Quartel dos Dragões de Vila Bela (Mato Grosso), e o Forte Coimbra (Mato Grosso). O Coronel Ricardo Franco faleceu em 21 de janeiro de 1809, aos 61 anos, no comando do Forte Coimbra. Ricardo Franco é o Patrono do Quadro de Engenheiros Militares do Exército Brasileiro. (foto 4 QEM)
PRIMÓRDIOS DA ENGENHARIA MILITAR (Luís de Castelliano de Lucena) - A história do Instituto Militar de Engenharia (IME) coincide, de certo modo, com a história do ensino militar e a história do ensino da Engenharia no Brasil. As primeiras notícias sobre ensino militar remontam ao holandês Miguel Timermans, "engenheiro. de fogo ", que esteve no Brasil de 1648 a 1650 "encarregado de formar discípulos aptos para os trabalhos de fortificações", a primeira intenção oficial de fazer uma escola de Engenharia vê-se no texto da Carta Régia de 15 de janeiro de l699, do Rei de Portugal, desejando criar, no Brasil-Colônia, um Curso de Formação de Soldados Técnicos na arte de construção de fortificações, para promover a defesa da Colônia do ataque de outras nações.
Foi instituída, então, em 1699, a Aula de Fortificação, a cargo do Capitão Engenheiro Gregório Gomes Rodrigues para dar aulas aos comandantes de força e aos artilheiros do Rio de Janeiro. Foi utilizado o livro "Método Lusitânico de Desenhar as Fortificações das Praças Regulares e Irregulares", de autoria do Tenente-General Luís Serrão Pimentel, editado em 1680. Um exemplar desta obra se encontra na Biblioteca do IME; ele foi a base documental para o ensino formal de Engenharia em Portugal e no Brasil. Em 1710, em Salvador, foi criada a Aula de Fortificação e Artilharia, tendo como professor, entre outros, o Sargento-Mor Engenheiro José Antônio Caldas. Estes foram, presumivelmente, os primeiros cursos regulares ocorridos no Brasil, já que algumas iniciativas foram avulsas e descontinuas, dependendo de professores especialmente contratados. Em 1795, foi criada em Recife uma Aula de Geometria, acrescida, em 1809, do estudo de Calculo Integral, Mecânica e Hidrodinâmica, lecionadas pelo Capitão Antônio Francisco Bastos. Esta aula existiu até 1812. Em 1738, foi criada a Aula de Artilharia, ampliando a de 1699, no Rio de Janeiro, cuja responsabilidade foi atribuída ao Sargento-Mor José Fernandes Pinto Alpoim. Este oficial construiu, entre outras obras, os Palácios dos Governadores do Rio de Janeiro, na Praça XV, e de Minas Gerais, em Ouro Preto. Em Carta de 18 de setembro de 1774, enviada ao Marquês de Lavradio (Vice-Rei em exercício) a Aula de Artilharia foi acrescida com a cadeira de Arquitetura Militar, passando a denominação de Aula Militar do Regimento de Artilharia, considerada por Adailton Sampaio Pirassununga (O Ensino Militar no Brasil-Colônia) como o "marco inicial da formação de Engenheiros Militares no Brasil", com a dupla finalidade de "preparar artilheiros e de formar oficiais técnicos na Engenharia Militar, que constituirão o futuro Corpo de Engenheiros, de gloriosa tradição por relevantes serviços, como o provam as magníficas obras ainda hoje de pé existentes no interior do país”. É de se notar que, naquela época, o artilheiro não era somente o oficial operacional encarregado do emprego da armas de fogo, mas também era o engenheiro responsável pelo projeto e fabricação do armamento. A evolução da Aula Militar do Regimento de Artilharia possibilitou a criação, em 17 de dezembro de 1792, da “REAL ACADEMIA DE ARTILHARIA, FORTIFICAÇAO E DESENHO”, raiz histórica do Instituto Militar de Engenharia.
“Procure descobrir o seu caminho na vida. Ninguém é responsável por nosso destino, a não ser nós mesmos.”(Chico Xavier)
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