Edição anterior (4019):
sexta-feira, 26 de setembro de 2025


Capa 4019
Vida Patriótica

COLUNISTA

Vida Patriótica

ANIVERSARIANTES AMIRP Setembro: Dia 27 - Joelice Acosta Notaroberto; dia 28 - Varly da Fraça da Silva Mesquita; dia 29 -Syley Lopes Barbosa Mauler,  Alvaro Vieira; dia 30 - Kleber Adalmir Brand Junior, Terezinha Campelo Corrêa Netto.  Outubro: Dia 1º - Edna Ventura  Moura, Arthur Cunha; dia 2 - José Fernandes de Oliveira, Adriana de Almeida Pacheco. A Coluna Vida Militar e a AMIRP parabenizam a todos desejando saúde e felicidades.

Aniversariantes AMIRP


TRADIÇÃO DE DAR DOCES NO DIA DE COSME E DAMIÃO (Jorge da Rocha Santos, fonte: Agência Brasil, Beatriz de Albuquerque, 27 de setembro de 2021) - Quando falamos em São Cosme e São Damião lembramos, na hora, da tradição de distribuir doces para as crianças no dia 27 de setembro. O professor Agnaldo Cuoco Portugal, do Departamento de Filosofia da Universidade de Brasília (UnB), explicou que, na religião católica, Cosme e Damião eram dois irmãos gêmeos, considerados curandeiros - médicos na comunidade onde viviam. Para o catolicismo, não havia nenhuma ligação entre os irmãos e as crianças ou a distribuição de doces. Essa prática de dar doces veio da associação que os escravos fizeram de Cosme e Damião aos orixás crianças do candomblé: os Ibejis, filhos gêmeos de Xangô e Iansã.

O professor explicou que, como havia muita repressão aos cultos africanos no período da escravidão no Brasil, eles precisavam adorar suas divindades sempre associando a algum santo católico. Isso aconteceu com São Cosme, São Damião e outros santos, devido a impossibilidade de cultuar os seus orixás, as suas divindades livremente. Portanto, eles faziam associações com os santos católicos, para não serem perseguidos. Muitas dos nossos costumes hoje têm relação com a religião, traço muito marcante no Brasil. Locais sagrados, festas e tradições estão sempre muito ligadas a alguma história religiosa. A religião tem um papel de raiz, de fonte de vários elementos da cultura. O Candomblé é uma religião afro-brasileira que se desenvolveu durante o século XIX através de um processo de sincretismo entre várias das religiões tradicionais da África Ocidental, especialmente as de iorubá, banta e bês. A Umbanda é associada ao médium Zélio Fernandino de Moraes, criada em 15 de novembro de 1908, na cidade do Rio de Janeiro, após a incorporação de uma entidade chamada Caboclo das Sete Encruzilhadas. A Umbanda incorporou os conceitos da Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec, em 1853, juntamente com os conceitos do Candoblé trazido pelos africanos capturados como escravos. Xangô é um orixá associado à justiça, ao fogo e aos trovões; sincretizado na Igreja Católica como São Jerônimo. Iansã, também conhecida como Oyá ou Oiá, associada aos ventos, aos raios e às tempestades; sincretizada na Igreja Católica como Santa Bárbara, a protetora contra raios e tempestades. Os Ibejis são entidades de origem iorubá que representam a dualidade, a infância e a felicidade, simbolizadas por gêmeos, sincretizados na Igreja católica como São Cosme e São Damião. Cosme e Damião, além de protetores das crianças e dos gêmeos, também são considerados patronos dos médicos e dos farmacêuticos.

(foto 3  Ibejis, Cosme e Damião)

DOIS DE OUTUBRO - DIA DO QUADRO COMPLEMENTAR DE OFICIAIS (fonte Exército Brasileiro) - O Quadro Complementar de Oficiais (QCO) é composto por oficiais com curso superior, realizado em universidades civis, em diferentes áreas do conhecimento e especializações técnicas necessárias ao Exército. É constituído de profissionais de ambos os sexos e diversas especialidades para emprego em atividades de natureza administrativa e complementar, incrementando, significativamente, a eficiência da atividade-meio. Servem nas diversas unidades do Exército nos mais longínquos rincões do País.

São administradores, estatísticos, professores, profissionais de informática, os comunicadores sociais, advogados, psicólogos, contadores e tantos outros, que vêm compartilhando, com os demais integrantes da Força Terrestre, os esforços desenvolvidos em prol do cumprimento da missão constitucional do Exército. O oficial do QCO é formado na Escola de Formação Complementar do Exército, em Salvador, Bahia. O patrono do Quadro Complementar de Oficiais é a Alferes Maria Quitéria.

(foto 4 - quadro complementar)
Alferes Maria Quitéria, Patrono do Quadro Complementar de Oficiais (fonte: www.eb.mil.br/patronos ) - Maria Quitéria de Jesus, a mulher-soldado, nasceu em São José de Itapororocas, no ano de 1797, na antiga Província da Bahia. Em 1822, sob o ideal de liberdade, o Recôncavo Baiano lutava contra o dominador português que se negava a reconhecer a Independência do Brasil. Nesse clima, surge a figura de Maria Quitéria. A necessidade de efetivos fez com que a Junta Conciliadora de Defesa, sediada em Cachoeira-BA, conclamasse os habitantes da região a se alistarem para combater os portugueses. Maria Quitéria, uma humilde sertaneja baiana, atendeu ao chamado, motivada pelos ideais de liberdade que envolviam seus conterrâneos. Ante a posição contrária do pai, foge de casa e, com o uniforme de um cunhado, incorpora-se inicialmente ao Corpo de Artilharia e, posteriormente, ao de Caçadores, com nome de Soldado Medeiros.

O seu batismo de fogo ocorre em combate na foz do rio Paraguaçu, ocasião em que ficam evidenciados seu heroísmo invulgar e sua real identidade. Em fins de 1822, a intrépida baiana, já com saiote tipo "highlander escocês" sobre o uniforme militar, incorpora-se ao Batalhão dos Voluntários de D. Pedro I, tornando-se, desse modo, oficialmente, a primeira mulher a assentar praça numa unidade militar, em terras brasileiras. De armas na mão, participando de combates como o da Pituba e o de Itapuã, torna-se merecedora das mais honrosas citações de bravura, valor e intrepidez, passando a constituir-se em referência do heroísmo da mulher brasileira. Finda a campanha baiana, Maria Quitéria embarca para o Rio de Janeiro. A sua presença na Corte é cercada de muito respeito, em face da fama de sua coragem e da grande curiosidade decorrente das características de seu uniforme, por demais ousado para a época. No dia 20 de agosto de 1823, D. Pedro I confere à gloriosa guerreira a honra de recebê-la em audiência especial. Sabedor da bravura e da maneira correta com que sempre se portara entre a soldadesca, num gesto de profunda admiração, concede-lhe o soldo de "Alferes de linha" e a condecoração de "Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro", em reconhecimento à bravura e à coragem com que lutara contra os inimigos da Pátria. Maria Quitéria, no entanto, não se deixou levar pela vaidade e pelo fulgor da glória que conquistara. Depois de encerrada a guerra, a heroína recolheu-se ao silêncio do lar, falecendo no dia 21 de agosto de 1853.

 (foto 5 Maria Quitéria)

“Às vezes não acertamos com medo de errar e erramos com medo de acertar.”  (Arquimedes)

Edição anterior (4019):
sexta-feira, 26 de setembro de 2025


Capa 4019

Veja também:




• Home
• Expediente
• Contato
 (24) 99993-1390
redacao@diariodepetropolis.com.br
Rua Joaquim Moreira, 106
Centro - Petrópolis
Cep: 25600-000

 Telefones:
(24) 98864-0574 - Administração
(24) 98865-1296 - Comercial
(24) 98864-0573 - Financeiro
(24) 99993-1390 - Redação
(24) 2235-7165 - Geral