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sexta-feira, 23 de agosto de 2024


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Vida Patriótica

COLUNISTA

Vida Patriótica

Aniversariantes AMIRP

ANIVERSARIANTES AMIRP Dia 23 - Elisabeth Hammes Peixoto, Lilia Boubee Fecher; dia 25 - Marta Lage Silveira Pereira; dia 26 - Sonia Maria Ternis Ferreira,  Paulo Eduardo Silva dos Santos; dia 27 - Célia Lúcia da Rocha Santos; dia 28 - Matheus da Silva Justen Bach. A Coluna Vida Militar e a AMIRP parabenizam a todos desejando saúde e felicidades. (foto 2 - aniversariantes amirp).

Foto 2
VINTE E CINCO DE AGOSTO, DIA DO SOLDADO! (Jorge da Rocha Santos; fontes: Noticiário do Exército; Reminiscências da Campanha do Paraguai, General Dionísio Cerqueira) - Marechal Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, nascido em 25 agosto de 1803, reverenciado na data de seu nascimento: "Dia do Soldado".  Caxias pacificou o Maranhão (Balaiada, 1839/1840), São Paulo (Sedição de Sorocaba, 1842), Minas Gerais (Rebelião de Barbacena, 1842) e o Rio Grande do Sul (Campanha do Farrapos, 1842-1845), províncias assoladas, no século retrasado, por graves insurreições internas, pelo que recebeu o cognome de "O Pacificador".  Se no campo da luta, a firmeza de seus lances militares lhe granjeou os triunfos que viriam despertar nos rebeldes a ideia de pacificação, paralelamente, seu descortino administrativo, seus atos de bravura, de magnanimidade e de respeito à vida humana, conquistaram a estima e o reconhecimento dos adversários e dos subordinados. Sabia do seu papel de líder. Em Itororó, para conter um violento contra-ataque paraguaio, Caxias decidiu empregar a unidade em reserva e comandá-la pessoalmente. Narra o General Dionísio Cerqueira participante daquele combate como alferes (2º tenente): ...Passou pela nossa frente o velho general em chefe () que parecia ter recuperado a energia e o fogo dos vinte anos. () Perfilamo-nos como se uma centelha elétrica tivesse passado por todos nós. ().
O batalhão mexia-se agitado e atraído pela nobre figura, que abaixou a espada em ligeira saudação a seus soldados. O comandante deu a voz firme: - Sigam-me os que forem brasileiros! Seu brado passou à História. Daí a pouco, o maior dos nossos generais arrojava-se impávido sobre a ponte, acompanhado dos batalhões galvanizados pela irradiação da sua glória.... Caxias organizou o Exército Brasileiro, fez-se político, governou províncias e o próprio Brasil, pois foi Presidente do Conselho de Ministros por três vezes. O saudoso e venerando jornalista Barbosa Lima Sobrinho o cognomina de "O Patrono da Anistia" e o povo brasileiro, em espontânea consagração, popularizou o vocábulo "caxias", com o qual são apelidados os que cumprem, irrestritamente, os seus deveres. O inesquecível sociólogo Gilberto Freyre, no reconhecimento das excelsas virtudes do Duque de Caxias, assim se expressou: "Caxiismo não é conjunto de virtudes apenas militares, mas de virtudes cívicas, comuns a militares e civis. Os "caxias" devem ser tanto paisanos como militares.  O caxiismo deveria ser aprendido tanto nas escolas civis quanto nas militares. É o Brasil inteiro que precisa dele".

Foto 3
CAXIAS ATRAVÉS DE SUAS MANIFESTAÇÕES (Carlos de Souza Scheliga, Jornal Inconfidência. nº 294, agosto de 2021) - Todas as vezes em que Caxias foi  chamado  a prestar  seus  serviços  à Pátria,  ele o fez  de maneira  altaneira,  exemplar e convincente. Sempre que convocado pelo Imperador para  restaurar a ordem, para preservar a integridade  nacional ou  em  defesa  da  nossa  soberania,  destacou-se como   um  comandante  altamente  capaz  e  destemido,  revelando  em  paralelo  os atributos  inequívocos  que  o distinguiram  como  um  líder  humano, justo,  competente  e sereno. Um de seus  hábitos mais marcantes, no  exercício  dessas  delicadas e complexas missões,  foi  o de procurar fazer-se presente nos Teatros de Operações,  antes mesmo  de iniciadas  as contendas,dirigindo  sua palavra forte e equilibrada àqueles  que  estavam  sob sua jurisdição,  seja para  estimular  e impulsionar seus  comandados ao  cumprimento do dever, seja para  apaziguar e promover a  concórdia onde  havia se  instalado  a  incompreensão e  as  ameaças  à  coesão  interna. E dos registros dessas  manifestações, que podemos recolher  os melhores ensinamentos e identificar os traços  inconfundíveis da grandeza do  seu  caráter e da genialidade  desse  grande  vulto militar. Impossível,  pela  restrição  de  espaço,  consigná-las  todas.  Fiquemos  pois, com trechos de três passagens significativas. 1) Na abdicação de D. Pedro I, 1831: Não fui  revolucionário.  Estimei a abdicação; julguei  que  era  de vantagem para o Brasil mas  não concorri,  direta  ou  indiretamente para ela". 2) Na Balaiada, 1839/1840, Maranhão: "Maranhenses!  Mais   militar que político,  eu  quero até ignorar  os nomes dos partidos que entre vós existem. Deveis conhecer as necessidades e  as  vantagens  da  paz,  condição de riqueza e prosperidade dos  povos e, confiando na Divina Providencia, que tantas vezes  nos  tem salvado,  espero achar em  vós  tudo o  que for  mister para o triunfo da nossa santa causa". 3) Na sedição de Sorocaba, em troca de cartas com o Padre  Diogo Antônio Feijó ( 1842): "Quando  pensaria  eu,  em  algum tempo,  que teria de usar da força para  chamar  à ordem  o Sr. Diogo Antônio Feijó?  Tais as coisas do mundo!  As ordens  que recebi de Sua Majestade, o Imperador, são em tudo semelhantes  às que me deu o Ministro  da Justiça,  em  nome  da  Regência,  nos dias 3 e 17 de abril de 1831, isto é, que levasse  a ferro e fogo todos os grupos armados  que encontrasse e, da mesma  maneira que então as cumpri, as cumprirei  agora.   Não  é  com  armas  na mão,  Excelentíssimo  Senhor,  que  se dirigem  súplicas ao  monarca   e  nem com elas empunhadas admitirei a menor das condições que Vossa Excelência propõe  na referida  carta".

Foto 4
CAXIAS E A SUA TROPA - (Taunay Homens e Coisas do Império, pag. 112) - Caxias, quando em campanha, fazia questão de sofrer as mesmas agruras e correr os mesmos riscos que os seus soldados.  Uma tarde, em Lomas Valentinas, estava ele, completamente molhado, sob uma laranjeira, esperando o momento do ataque, quando uma ordenança se aproximou trazendo à mão, com cuidado, uma fumegante xícara de café dizendo: O Sr. Dr. Bonifácio de Abreu mandou para V. Exa. e ordenou-me que não deixasse cair um pingo no chão. O marechal fitou-o pausadamente e respondeu: Eu não quero. E para o soldado, abrandando a voz: Beba-você, camarada.

"Abracemo-nos e unamo-nos para marcharmos não peito a peito, mas ombro a ombro, em defesa da Pátria que é a nossa mãe comum. (Marechal Luiz Alves de Lima, o Duque de Caxias)

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