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Com auxílio de plataforma, Saúde implanta vigilância de micoses endêmicas no Brasil

Pouco conhecidas pelos profissionais de saúde e pela população, micoses endêmicas e oportunistas são comuns em áreas tropicais e podem evoluir para quadros graves

Foto: Zeca Miranda/SVSA
Foto: Zeca Miranda/SVSA

O Ministério da Saúde concluiu a implantação do piloto de vigilância das micoses endêmicas no Brasil. A ferramenta “Micosis” é uma plataforma informatizada que permite a notificação, solicitação e dispensação de antifúngicos utilizados no tratamento das micoses endêmicas e oportunistas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A princípio, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul já estão utilizando a ferramenta. A previsão é que todas as unidades federativas tenham a vigilância das micoses estabelecida até 2027.

Para marcar a conclusão dessa primeira etapa, a pasta reuniu gestores, técnicos e servidores dos três estados que participaram do piloto para debater a vigilância e discutir estratégias para fortalecer o fluxo de distribuição de antifúngicos pelo SUS. O encontro aconteceu na segunda e terça-feira (30 e 1º), em Brasília.

A partir da notificação e solicitação de medicamentos pelo “Micosis”, o ministério irá conhecer e monitorar o perfil epidemiológico das micoses no Brasil, além de otimizar o fluxo de distribuição dos medicamentos, o que contribui para o desenvolvimento de medidas de prevenção e ações de controle adequadas. Para a implantação da vigilância, os estados passaram por treinamento.

Além disso, estão em fase de elaboração documentos destinados a estabelecer protocolos de vigilância e instruções de manejo clínico, com o objetivo de auxiliar os profissionais de saúde na vigilância, identificação de casos e tratamentos adequados.

Para a coordenadora-geral de Tuberculose, Micoses Endêmicas e Micobactérias Não-Tuberculoses, da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Fernanda Dockhorn, a vigilância das micoses endêmicas é essencial para o país. “As micoses endêmicas são doenças negligenciadas. Precisamos estabelecer a vigilância para conseguir tratar oportunamente e evitar a evolução para casos graves”, destaca Fernanda.

As micoses são infecções causadas por fungos encontrados no solo, vegetação e material em decomposição, em áreas tropicais e subtropicais, em ambientes úmidos, como também podem ser zoonoses. A ocorrência da infecção se dá, predominantemente, em populações de áreas rurais ou envolvidas em atividades agropecuárias, ecoturismo, caça, e em grupos em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

As micoses endêmicas não estão inclusas na Lista Nacional de Notificação Compulsória de Doenças, Agravos e Eventos de Saúde Pública e, por isso, não são objeto de vigilância epidemiológica na rotina, com exceção de alguns estados que a instituíram por iniciativa do seu âmbito de gestão.

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