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Com presença do MinC, Lula recebe elenco de O Agente Secreto no Cine Alvorada

Filme, que conta com o apoio do FSA, foi um dos destaques da edição de 2025 do Festival de Cannes

Foto: Ricardo Stuckert/ PR
Foto: Ricardo Stuckert/ PR

O filme O Agente Secreto foi exibido no Cine Alvorada, em Brasília (DF). Na sessão, a primeira no Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a primeira-dama, Janja Lula da Silva, e a ministra da Cultura, Margareth Menezes, receberam a equipe da obra, incluindo os atores Wagner Moura, Alice Carvalho, Tânia Maria, Carlos Francisco e o diretor Kleber Mendonça Filho.

Lula destacou a importância da cultura como instrumento de autoestima e soberania nacional, lembrando o reconhecimento internacional recente do Brasil no campo artístico. “Este ano ganhamos um Oscar nos Estados Unidos, Cannes na França e Berlim na Alemanha. O que falta, na verdade, é criar oportunidade para que as pessoas possam se apresentar com a grandeza que cada um de nós tem”, afirmou.

A ministra da Cultura discursou sobre a relevância da exibição e o papel do governo no fortalecimento do audiovisual. “É uma noite de emoção, sim, porque nós estamos tendo a primeira exibição desse filme aqui, uma pré-estreia. Eu estive em Cannes e testemunhei o que foi o Brasil nessa edição do Festival. O país foi homenageado no Mercado do Filme, com uma abertura nunca antes nessa dimensão. Tivemos 400 produtores brasileiros participando um recorde histórico e vamos trabalhar para que não seja a última vez”, enfatizou.

O Agente Secreto é uma coprodução entre Brasil, França, Alemanha e Holanda. O longa contou com apoio do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), mecanismo gerido pelo Ministério da Cultura e pela Agência Nacional de Cinema (Ancine), responsável por impulsionar o setor audiovisual brasileiro com financiamentos públicos.

Margareth reforçou que a atual gestão pretende ampliar ainda mais o apoio ao setor. “Nosso objetivo é nacionalizar o acesso à cultura, como determina a Constituição. Presidente, muito obrigada pela oportunidade que a cultura brasileira está tendo neste terceiro mandato. Cultura soberana para um Brasil soberano”.

Wagner Moura, protagonista do longa, relembrou a presença do Brasil no Festival de Cannes e ressaltou a importância do apoio estatal à cultura. “Eu me lembrei que no primeiro mandato do presidente Lula eu estive aqui duas vezes para exibir filmes, e como eu fiquei emocionado em Cannes quando eu vi Margareth lá, e vi o Estado brasileiro se fazendo presente, apoiando um filme brasileiro e outros projetos que estavam no festival. É tão bonito pensar que hoje a gente vive em um país que tem Ministério da Cultura outra vez, e que os artistas brasileiros, que a arte brasileira, e que os brasileiros se veem representados nos seus artistas e na sua arte”.

O diretor da obra, Kleber Mendonça Filho, ressaltou o papel do cinema como porta-voz da identidade nacional. “Este filme foi feito no Brasil, com recursos brasileiros e com histórias que falam de nós. Levá-lo para Cannes e receber esse retorno do público e da crítica é uma prova de que o Brasil tem muito a dizer ao mundo através da sua arte. Estar hoje no Palácio da Alvorada, com essa recepção, reforça o quanto o cinema pode ser também um ato político e cultural”, comemorou.

Antes da exibição, a Orquestra Popular de Frevo Guerreiros do Passo, reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Cidade do Recife em 2025, se apresentou seguido do elenco do filme, em frente ao Palácio da Alvorada.

A sessão especial é uma afirmação do compromisso do Governo Federal com a cultura como ferramenta de identidade, soberania e projeção internacional. Ao abrir as portas do palácio para o cinema brasileiro, o governo sinaliza: a arte tem, sim, lugar de destaque no centro do poder.

Também representaram o MinC o secretário-executivo da Pasta, Márcio Tavares; a secretária do Audiovisual, Joelma Gonzaga; além do diretor-presidente da Ancine, Alex Braga.

Sobre o filme

Ambientado no Brasil de 1977, O Agente Secreto, escrito e dirigido por Kleber Mendonça Filho, acompanha a trajetória de Marcelo, interpretado por Wagner Moura, um professor de tecnologia que deixa para trás a agitação de São Paulo em busca de uma nova vida em Recife. Carregando um passado violento e envolto em mistério, ele chega à capital pernambucana justamente na semana do Carnaval, esperando encontrar paz e anonimato. No entanto, a aparente tranquilidade rapidamente se desfaz, dando lugar a um ambiente cada vez mais opressivo. Marcelo passa a ser espionado pelos vizinhos e percebe que a cidade que parecia acolhedora se transforma em um novo campo de tensão, colocando-o frente a frente com os fantasmas que tentava enterrar.

No 78º Festival de Cannes, realizado na França em maio de 2025, Wagner Moura conquistou o inédito prêmio, para o Brasil, de Melhor Interpretação Masculina, enquanto Kleber Mendonça Filho levou o troféu de Melhor Direção.

O longa foi ovacionado com 13 minutos ininterruptos de aplausos durante sua exibição na premiação, com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes, e da secretária do Audiovisual, Joelma Gonzaga.

Além disso, O Agente Secreto foi agraciado com o Prêmio da Crítica, concedido pela Federação Internacional de Imprensa Cinematográfica (Fipresci). Apesar de não integrar a lista oficial de honrarias de Cannes, esse reconhecimento paralelo é altamente valorizado por críticos e especialistas do setor.

O filme estreia nos cinemas nacionais no dia 6 de novembro de 2025, com distribuição em circuito nacional.

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