Durante todo o mês de maio, a Comac desenvolveu ações educativas para orientar crianças, adolescentes e jovens sobre o enfrentamento à violência sexual
Falar sobre abuso sexual com crianças e adolescentes exige responsabilidade, escuta ativa e um ambiente seguro para o diálogo. Ao longo de maio, os projetos sociais da Comac promoveram uma série de atividades que abriram espaço para a reflexão e o acolhimento, tendo como foco o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, lembrado em 18 de maio.
Utilizando recursos lúdicos e pedagógicos, como o Termômetro do Conforto, os educadores estimularam a percepção de sentimentos, a identificação de comportamentos inadequados e a valorização do consentimento. No curso de Auxiliar Administrativo do Programa Jovem Aprendiz, por exemplo, os adolescentes foram incentivados a expressar como se sentem diante de diferentes situações cotidianas. A resposta foi imediata: engajamento, respeito e consciência.
“Falar sobre abuso não precisa ser pesado. Pode e deve ser feito com leveza, empatia e acolhimento. A escuta respeitosa é o primeiro passo para garantir a proteção de crianças e adolescentes”, afirmou Teresa Cristina Lisboa, psicóloga da Comac.
Além da escuta, o trabalho da Comac também se concentrou na informação. Os jovens conheceram a Lei nº 12.650/2012, conhecida como Lei Joanna Maranhão, que garante a ampliação do prazo de prescrição para crimes sexuais cometidos contra crianças e adolescentes. A legislação permite que a vítima possa denunciar até 20 anos após completar 18 anos, o que amplia as possibilidades de acesso à Justiça.
“É fundamental que nossas crianças e adolescentes saibam identificar situações de risco, conheçam seus direitos e se sintam seguros para pedir ajuda. Quando oferecemos esse tipo de formação, estamos fortalecendo a rede de proteção e prevenindo a violência antes que ela aconteça”, completou Teresa Cristina.
O mês de maio termina, mas o compromisso da Comac com a proteção da infância continua todos os dias, em cada escuta, em cada gesto de cuidado, em cada espaço de confiança construído com a comunidade.
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