Entre os dias 12 e 19 de outubro o fenômeno deve alcançar o pico de brilho, podendo tornar visível a olho nu
Emanuelle Loli - estagiária
Desde o dia 12 de setembro, o cometa C/2025 R2 (SWAN) já pode ser observado com auxílio de telescópio. No entanto, de acordo com previsões otimistas de especialistas, entre os dias 12 e 19 de outubro o fenômeno deve alcançar o pico de brilho, e caso as condições atmosféricas se tornem favoráveis, pode-se tornar visível a olho nu nos céus de Petrópolis e de diversas partes do planeta.
“Há toda uma expectativa que ele possa se tornar visível a olho nu. Por enquanto, para você visualizá-lo tem que usar no mínimo um binóculo ou um pequeno telescópio. Além disso, você tem que ir para um local bem escuro, longe das luzes da cidade, para conseguir visualizar”, informou Marcelo Di Cicco, astrônomo, doutor em Ciências Planetárias e coordenador do projeto Exoss (organização colaborativa ciência cidadã sem fins lucrativos.
Com um período orbital (tempo que um objeto leva para completar uma volta completa ao redor de outro objeto no espaço) estimado em 22 mil anos, este é um evento extremamente raro na história da humanidade, já que não há registros de sua passagem anterior. Durante a melhor janela de observação, o cometa estará a cerca de 37 a 39 milhões de quilômetros da Terra.
O que são os cometas?
Segundo Marcelo, cometas são pequenos corpos celestes que orbitam o Sol, compostos principalmente de gelo, poeira e rochas. Por essa razão, são popularmente conhecidos como “bolas de neve suja” cósmicas. Diferentemente de planetas e luas, eles não possuem forma regular.
“Quando se aproximam do Sol, o calor faz com que o gelo e os materiais voláteis em sua superfície sublimem, ou seja, passam do estado sólido diretamente para o gasoso. Esse processo cria uma atmosfera tênue, chamada coma, ao redor do núcleo do cometa. A pressão da radiação solar e o vento solar empurram esse gás e poeira para longe do núcleo, formando a característica mais famosa dos cometas: a cauda. Geralmente, um cometa tem duas caudas separadas, uma de gás (ou íon) e uma de poeira, que sempre apontam na direção oposta ao Sol”, explicou o astrônomo.
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