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Comissão Arte Sacra e Patrimônio Cultural da Diocese de Petrópolis promoveu o curso “Patrimônio e inventário: teoria e prática”

Foto: Divulgação
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A Comissão Arte Sacra e Patrimônio Cultural da Diocese de Petrópolis promoveu, no dia 17 de maio, o curso “Patrimônio e inventário: teoria e prática”, com a presença de cerca de 100 pessoas, incluindo representantes de outras dioceses. Dom Joel Portella Amado, bispo diocesano de Petrópolis, esteve no encontro e parabenizou os participantes pelo interesse e dedicação no cuidado com os documentos e objetos sacros da Igreja.

O curso, elaborado pela Comissão Arte Sacra e Patrimônio Cultural, foi o primeiro passo de um projeto urgente e importantíssimo: inventariar e catalogar todo o patrimônio artístico e cultural da Diocese. De acordo com os membros da Comissão, essa é uma demanda que a Igreja universal e no Brasil vêm há tempos pedindo às igrejas particulares devido ao grande acervo sacro e cultural.

Os membros da comissão deixaram claro que somente com o inventário e a catalogação é que se pode proteger os bens que são a identidade religiosa e cultural de um povo. O curso foi simples e prático, com o objetivo de proporcionar o conhecimento básico e consistente para que os agentes paroquiais estejam aptos para realizar a primeira etapa dessa grande missão, que é fazer o inventário de cada paróquia.

Segundo o Padre Carlos Silva de Oliveira, coordenador da Comissão, a principal importância do curso é "ter pessoas diretamente ligadas às paróquias nesse trabalho de fazer o inventário, de conhecer aquilo que existe nessas paróquias de arte sacra, de bens patrimoniais". Ele destacou que o objetivo é garantir que haja "pessoas em cada decanato da Diocese e, consequentemente, em cada paróquia que façam esse importante trabalho".

Este é o primeiro encontro dessa natureza na Diocese, marcando o início de uma nova série de capacitações. O Padre Carlos Silva de Oliveira confirmou que outros encontros estão planejados. "A ideia é que aconteçam outros encontros", afirmou.

Ele mencionou que, conforme adiantado pelo Padre Thomas Andrade Gimenez Dias, há planos para um encontro em setembro, focado especificamente na documentação, abordando "como arquivar, como guardar os documentos históricos e montar o arquivo da paróquia".

Questionado sobre a dimensão e a relevância do arquivo histórico da diocese que abrange tanto o material centralizado quanto o presente nas paróquias , o Padre Carlos Silva de Oliveira ressaltou sua magnitude e importância para a narrativa local. "Cada vez mais a gente se surpreende com a quantidade de coisas que nós temos nesse acervo", comentou.

Ele descreveu o acervo como "muito rico, variado e grande", detalhando sua composição diversificada: "nós temos documentação, imagens sacras, paramentos, indumentárias, fotografias". Este vasto material, segundo o Padre, é fundamental para contar a história não apenas da igreja, mas também das comunidades locais.

Dom Joel ressaltou a urgência em respeitar a história e cuidar dos bens culturais para preparar um futuro diferente. "Quando não cuidamos das coisas que temos, como poderemos esperar que o futuro seja melhor e diferente?", questionou ele, destacando a importância de ações concretas para a conservação do patrimônio.

A organização do evento foi elogiada por Dom Joel, que enfatizou o carinho e a dedicação da equipe. "É impressionante o carinho e o cuidado com que tudo foi preparado. Isso demonstra a dedicação e o esforço que estão sendo investidos", afirmou. "Se nós cuidarmos de nosso passado e formos responsáveis no presente, preparamos um futuro promissor, abrindo caminho para que nosso Reino seja anunciado", concluiu Dom Joel.

Durante o curso, que aconteceu no Seminário Diocesano Nossa Senhora do Amor Divino, foram abordados vários aspectos, como o patrimônio cultural diocesano e a importância da sua preservação, fazendo uma distinção entre os conceitos de Patrimônio Cultural, Preservação e Patrimônio Cultural Diocesano. Nesse momento, foi apresentado um pouco da história e do seu patrimônio.

O curso abordou ainda os Bens Móveis e Integrados, suas características gerais e particulares, incluindo a definição do que são bens móveis e bens integrados, assim como as nomenclaturas importantes. Durante a formação também foi falado sobre o manuseio e higienização de todo o patrimônio, sejam eles objetos ou livros, e a importância da documentação fotográfica, com indicações técnicas para a realização dos registros. O curso ainda falou sobre as formas adequadas de preenchimento das fichas para registro de todo o patrimônio.

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