É oferecido acompanhamento psicológico, jurídico e assistencial às mulheres
Larissa Martins
De acordo com a Secretaria dos Direitos e Políticas para as Mulheres, em 2024, o Centro de Referência em Atendimento à Mulher (Cram), realizou 1.876 atendimentos de vítimas de violência doméstica, em Petrópolis. No ano de 2023, o Centro de Referência realizou 1.988. Do total do ano passado, 394 foram primeiros acolhimentos. Já em 2023 o número foi de 415.
“Nosso trabalho é de acolhimento dessas mulheres, promovendo ações que passam pela sensibilização e atendimento multidisciplinar. O Cram é um equipamento importante dentro dessa rede proteção e nosso governo tem como finalidade fortalecer ainda mais esse trabalho de acolhimento e proteção das mulheres vítimas de violência”, disse a secretária de Políticas Públicas para as Mulheres, Gilda Beatriz.
Nesse primeiro contato, o Cram avalia a necessidade de acompanhamento psicológico, jurídico e assistencial às vítimas de violência doméstica, e se for o caso, procede ao encaminhamento aos setores que fazem parte da rede de acolhimento e atendimento a essas mulheres.
“Estamos comprometidas em amparar as mulheres vítimas de violência doméstica de modo que elas se sintam bem acolhidas oferecendo um ambiente seguro e inclusivo”, comenta a coordenadora do Cram, Marina Mascheroni.
Ocorrência na cidade
Há algumas semanas, um homem foi preso por policiais civis da 105ª Delegacia de Polícia, no Retiro, por tentativa de homicídio e de feminicídio. Ele foi localizado e capturado em Pedras Brancas.
De acordo com os agentes, o acusado, agindo de forma premeditada, desferiu aproximadamente 18 golpes de faca contra sua ex-companheira, com quem foi casado durante 12 anos, por não se conformar com o término do relacionamento.
Na ocasião, ele também desferiu facadas em outra pessoa que tentou defender a vítima das agressões. Após o crime, ele fugiu do local, sendo localizado e capturado. Não há informações sobre a identidade do acusado.
Dossiê Mulher
De acordo com os últimos dados do Dossiê Mulher 2024, divulgado em dezembro, pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), do total de casos de feminicídio registrados em 2023 no estado do Rio de Janeiro, 83% tiveram como motivo conflitos de relacionamentos. Entre eles, 42 autores cometeram o crime após uma briga, 20 por não aceitarem o fim do relacionamento, 17 foram praticados por ciúmes da companheira ou da ex-companheira e 6 por desconfiança de traição.
Em mais de um terço dos casos o uso da arma branca, como a faca, foi predominante, seguido por arma de fogo. A maior parte (85%) das mulheres foram vitimadas dentro de uma residência, sendo quase a metade entre 30 e 59 anos e 62% negras. Em cerca de 80% das mortes, os responsáveis foram os companheiros e ex-companheiros.
Com informações da Agência Brasil
Veja também: