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Crazy Park pode ser multado em R$1 milhão após descumprimento de interdição

Ministério Público também pediu desocupação do espaço após religação irregular de brinquedo interditado em Itaipava

Foto: Diário de Petrópolis
Foto: Diário de Petrópolis

Emanuelle Loli - estagiária

Em audiência na 4ª  Vara Cível de Petrópolis, realizada nessa terça-feira (19), o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) pediu a aplicação de multa de R$ 1 milhão ao Crazy Park, após guardas civis municipais flagrarem um dos brinquedos em funcionamento, na última sexta-feira (15). O parque está interditado pela Justiça desde o acidente ocorrido em 3 de maio deste ano, que resultou na morte de um jovem de 19 anos.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado em 15 de agosto, dois agentes relataram que, durante patrulha no Parque Municipal Prefeito Paulo Rattes, em Itaipava, perceberam que o equipamento estava ligado. Ao se aproximarem, encontraram o proprietário do brinquedo, Luiz Carlos Gomes, acompanhado do eletricista José Sierra Filho.

Em audiência, Luiz Carlos afirmou que ligou o Crazy Dance, brinquedo de sua propriedade, após identificar uma faísca em uma ligação elétrica, com a intenção de verificar o funcionamento do equipamento. Atualmente, Luiz Carlos reside em um trailer dentro do Crazy Park.

Na manifestação do MPRJ apresentada ao final da audiência, foi destacado que houve descumprimento da decisão judicial, após a religação do brinquedo, podendo também prejudicar a perícia. Por isso, além da multa de R$ 1 milhão, o MP também solicitou: a desocupação imediata do parque por Luiz Carlos e a retirada de seu trailer; avaliação da Defesa Civil sobre riscos no fornecimento de energia elétrica e eventual corte exclusivo para o espaço do Crazy Park; ampliação da tutela antecipada, proibindo qualquer movimentação humana ou mecânica no parque, sob pena de nova multa.

Em seu depoimento, Luiz Carlos declarou ainda que nunca foi solicitado pelo responsável do parque qualquer documento que comprovasse a manutenção técnica do Crazy Dance. Segundo ele, nos eventos realizados pelo parque, um engenheiro mecânico e um eletricista emitem a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) referente ao conjunto das atrações, mas nunca houve vistoria específica no seu brinquedo. Ele ressaltou que a manutenção é realizada por ele próprio.

Vale lembrar que o Crazy Dance não é o mesmo brinquedo envolvido no acidente ocorrido em maio, que deixou uma vítima fatal.

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