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Cuidados para não cair no golpe do “Pix errado”

Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Jaqueline Gomes

Os pagamentos via Pix se tornaram comum no Brasil. A ferramenta vem substituindo o dinheiro em espécie e também o cartão de crédito. Com isso, os golpistas vêm se aproveitando da honestidade da população e aplicando o golpe do “Pix errado”. A prática acontece da seguinte forma:  o golpista envia um valor por Pix para uma vítima e, logo após, entra em contato alegando ter feito a transferência por engano, pedindo a devolução, mas informando uma chave diferente para receber o dinheiro. Se a vítima devolve o valor para a chave indicada pelo golpista, ela acaba perdendo o dinheiro, pois o golpista pode acionar o Mecanismo Especial de Devolução (MED) para reaver o valor original. Para evitar o golpe, a vítima deve sempre usar a opção de "devolução" dentro do aplicativo bancário ao receber um Pix por engano, pois assim o dinheiro retorna para a conta de origem correta.

O Banco Central (BC) publicou, em 28 de agosto, uma resolução que altera as regras do Pix para melhorar o chamado Mecanismo Especial de Devolução (MED). A mudança, anunciada em abril, facilita a devolução de recursos para vítimas de fraudes, golpes ou coerção.

A partir de 1º de outubro, o MED passa a ser feito de forma 100% digital, sem a necessidade de interação com o atendimento da instituição financeira. Todos os bancos participantes vão disponibilizar a funcionalidade no próprio ambiente Pix de seus aplicativos. Dessa forma, a transação poderá ser facilmente contestada, sem a necessidade de entrar em contato com a instituição financeira por meio das centrais de atendimento.

De acordo com o BC, o autoatendimento do MED dará mais agilidade e velocidade ao processo de contestação de transações fraudulentas, “o que aumenta a chance de ainda haver recursos na conta do fraudador para viabilizar a devolução para a vítima”.

Existente desde 2021, o Mecanismo Especial de Devolução só pode ser usado em caso comprovado de fraudes ou de erros operacionais da instituição financeira. A ferramenta não pode ser usada para desacordos comerciais, casos entre terceiros de boa-fé e envio de Pix para a pessoa errada por erro do próprio usuário pagador (como erro de digitação de uma chave).

No entanto, é bom ficar atento para não cair em fraudes.

Como o golpe funciona:

Recebimento de um Pix:
O golpista envia um valor para a conta da vítima, geralmente utilizando uma conta de terceiros.

Contato do golpista:
Em seguida, o golpista entra em contato (por telefone, mensagem, etc.) com a vítima, alegando ter feito o Pix por engano e pedindo a devolução.

Indicação de chave errada:
O golpista fornece uma chave Pix diferente da que foi usada para o envio inicial, e a vítima, agindo de boa-fé, faz a devolução para essa nova chave.

A fraude é consumada:
Com a devolução para a chave incorreta, o golpista não só reave o dinheiro que enviou usando o MED, mas também fica com o valor que a vítima devolveu para ele, ou seja, o valor que a vítima achava que estava devolvendo de volta para o remetente original.

Como se proteger

Use a devolução do aplicativo:
Ao receber um Pix por engano, jamais faça a transferência para a chave indicada pelo golpista. Em vez disso, abra o aplicativo do seu banco, localize a transação recebida e use a opção de devolução ou reembolso.

Verifique a conta de origem:
A devolução feita pelo aplicativo retorna o valor para a mesma conta de onde ele veio, garantindo que o dinheiro volte ao remetente original.

Desconfie de contatos e pedidos urgentes:
Golpistas costumam usar táticas de engenharia social para induzir as vítimas a agir por impulso ou medo. Mantenha a calma e não realize ações rápidas sob pressão.

Fique atento a mensagens suspeitas:
Não confie em mensagens de remetentes desconhecidos, especialmente se pedirem agilidade, informações pessoais ou transferências para contas de terceiros.

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