Pesquisa aponta que 87% da população dos municípios escolhidos aprovou o projeto-piloto
Larissa Martins
Um mês após o início do projeto-piloto do Defesa Civil Alerta, em Petrópolis, e outros 10 municípios, o sistema permanecerá operando de forma assistida. A nova ferramenta de envio de alerta de desastres começou a ser utilizada no dia 10 de agosto.
A população recebeu avisos sonoros e vibratórios diretamente nos celulares, sem necessidade de cadastro prévio, e sobrepondo-se a qualquer conteúdo que esteja sendo exibido na tela. Esses alertas também funcionam em dispositivos que estejam no modo silencioso, exigindo a interação do usuário para serem ignorados. É importante ressaltar que a tecnologia está disponível apenas para celulares lançados a partir de 2020, com sistemas operacionais Android ou iOS, e conectados às redes 4G e 5G.
Resultado positivo
Em pesquisa realizada nas cidades escolhidas para a realização do teste, 87% das pessoas que responderam o questionário sobre a novidade avaliaram a ferramenta de forma positiva.
De acordo com o levantamento, a maioria das pessoas informou que estava ciente do projeto-piloto e que recebeu os alertas, inclusive com toque sonoro. Os participantes da pesquisa também concordaram com a grande capacidade de comunicação do Defesa Civil Alerta em casos de desastres críticos, com ameaça à vida.
Nesse período de 30 dias, nenhum alerta real foi enviado para os 11 municípios com a nova tecnologia. Não houve essa necessidade, tendo em vista que não tivemos ameaças críticas. O único alerta que a população recebeu foi aquele enviado no dia 10 de agosto. Ainda assim, a pesquisa e o resultado dela são importantes para avaliarmos diversos pontos e, também, a aceitação das pessoas diante da nova ferramenta, disse o coordenador-geral de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil Nacional, Tiago Molina Schnorr.
Ele acrescenta que se houver algum alerta real, a tecnologia pode ser acionada, ressaltando que as equipes técnicas da Defesa Civil Nacional têm 15 dias para produzir uma análise sobre o funcionamento do sistema. Além disso, as equipes também vão apresentar uma proposta de expansão da tecnologia para o restante do País. Temos estudos e encaminhamentos sobre as regiões a serem priorizadas para a nacionalização da ferramenta. Serão priorizados os municípios com maiores índices de envios de alertas (via SMS, Whatsapp, TV por assinatura, entre outros) e históricos de desastres. O projeto-piloto foi um apoio para essa nova etapa, um grande aprendizado, destacou.
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