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Dermatologista explica os impactos do estresse na saúde da pele

Espinhas, psoríase e manchas vermelhas são algumas das reações cutâneas do estresse

Foto: Freepik
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Bruna Nazareth - especial para o Diário

É comum nos sentirmos estressados devido a uma variedade de fatores do nosso dia a dia, tais como preocupações relacionadas ao trabalho, à família ou situações que envolvem perigo ou ameaça. Esse estado de estresse, uma resposta natural do corpo, tem o potencial de ter um impacto significativo em nossa saúde. Esse mecanismo nos coloca em um estado de alerta constante, desencadeando mudanças tanto físicas quanto emocionais.  Além de contribuir para problemas de saúde, como eventos cardiovasculares, o estresse também pode afetar  a pele devido ao excesso de cortisol, um dos hormônios ligados a esse estado, que pode comprometer o sistema imunológico e provocar ou agravar várias condições dermatológicas.

De acordo com a dermatologista Dra. Iwyna França, certos sinais e sintomas observáveis na pele podem indicar níveis elevados de estresse, tais como a vermelhidão, descamação, queda de cabelo, unhas fracas, pele opaca, olheiras pronunciadas e suor excessivo. Dentro desse contexto, o estresse pode desencadear ou agravar uma série de problemas cutâneos, incluindo a acne e outras reações, como:

Psoríase:   uma doença crônica da pele, não contagiosa, caracterizada pela presença de manchas róseas ou avermelhadas, recobertas por escamas esbranquiçadas;

Dermatite atópica: doença crônica e hereditária que causa inflamação da pele, levando ao aparecimento de lesões e coceira;

Rosácea:  doença que afeta a pele principalmente da região centrofacial. Caracteriza-se por uma pele sensível, geralmente mais seca, que começa a ficar eritematosa (vermelha) facilmente e se irrita com ácidos e produtos dermatológicos;

Urticária: irritação cutânea caracterizada por lesões avermelhadas e levemente inchadas, como vergões, que aparecem na pele e coçam muito. Essas lesões podem surgir em qualquer área do corpo, ser pequenas, isoladas ou se juntarem e formar grandes placas avermelhadas, com desenhos e formas variadas, sempre acompanhadas de coceira;

Dermatite seborréica ou  caspa: inflamação na pele que causa principalmente descamação e vermelhidão em algumas áreas da face, como sobrancelhas e cantos do nariz, couro cabeludo, orelhas e tórax;

Alopecia ou calvície:  é a ausência, rarefação (os fios se tornam menos numerosos) ou queda, transitória ou definitiva, dos cabelos ou dos pelos, podendo ocorrer de forma local, regional ou total.

É importante destacar que o impacto do estresse na pele varia entre homens e mulheres, principalmente devido a diferenças hormonais e comportamentais. Por essa razão, a abordagem individualizada no tratamento é crucial.

Na mulher, o estresse pode causar flutuações nos níveis de hormônios como o estrogênio e a progesterona, o que pode agravar doenças inflamatórias como acne, psoríase, etc . Além disso, mulheres podem apresentar piora destas condições durante o ciclo menstrual, em que o estresse pode ter um papel amplificador. Embora os homens também possam sofrer com inflamação induzida pelo estresse, a influência hormonal é menos variável, sendo mais associada ao aumento dos níveis de cortisol e testosterona, explica a Dra. França.

Além da intervenção médica, é possível adotar medidas preventivas e ajustes no estilo de vida para atenuar os efeitos do estresse na pele.

Várias medidas preventivas e ajustes de estilo de vida podem ajudar a mitigar os efeitos do estresse na pele. Como adotar uma rotina de cuidados com a pele que inclui limpeza e hidratação e proteção solar, gerenciar o estresse através de exercício físico e técnicas de relaxamento. Adotar uma alimentação balanceada e dormir adequadamente. Além de evitar o uso de cigarros e ingestão alcoólica, destaca.

Sendo assim,  essas simples práticas de autocuidado podem ser aliadas poderosas no alívio do estresse do cotidiano. A especialista enfatiza que incluir práticas como banhos relaxantes, aplicação de máscaras faciais e massagens regulares também pode contribuir significativamente para reduzir a tensão muscular e promover a circulação sanguínea.

É importante reconhecer que, em alguns casos, pode ser necessário buscar ajuda profissional, como terapeutas e psicólogos, para lidar com o estresse de forma mais eficaz.

Foto: Divulgação
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*Com informações da Biblioteca Virtual em Saúde / Ministério da Saúde

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