No Dia Nacional de Prevenção e Controle do Colesterol, cardiologista explica a diferença entre o colesterol bom e o ruim e orienta sobre cuidados essenciais com a saúde do coração
Emanuelle Loli - estagiária
De acordo com dados do Ministério da Saúde, 4 em cada 10 brasileiros vivem com o colesterol alto. Por conta dos riscos que a hipercolesterolemia (colesterol elevado) pode trazer para a saúde, nesta sexta-feira, dia 8 de agosto, é celebrado o Dia Nacional de Prevenção e Controle do Colesterol.
Apesar da má fama, o colesterol é essencial para o corpo. Ele participa da formação das células, hormônios, vitaminas e ácidos biliares que ajudam na digestão. Segundo Bruno Vogas, cardiologista e professor da FMP, existem basicamente dois tipos de colesterol, o bom e o ruim: o HDL e o LDL colesterol.
“O LDL é a fração ruim que provoca a aterosclerose (doença inflamatória cursa com obstrução das artérias) e o HDL é o bom colesterol que retira gordura das artérias. Portanto, o ideal é ter o HDL alto e o LDL baixo”, disse.
De acordo com Bruno, o colesterol elevado é uma doença parcialmente genética, podendo ser adquirida com maus hábitos alimentares como ingestão de gordura animal e saturada, frequentemente adicionada na indústria de alimentos processados.
Fatores de risco
Segundo o Ministério da Saúde, a prevalência dos principais fatores de risco para a doença cardiovascular aumenta a partir dos 40 anos: o colesterol elevado, a hipertensão arterial e o diabetes, acrescidos pelo tabagismo, obesidade e sedentarismo. Nas mulheres, a chegada da menopausa também é um fator de risco.
Prevenção e tratamento
Para o Ministério da Saúde, uma das formas de prevenção do acúmulo de “colesterol ruim” no organismo é por meio de um estilo de vida e alimentação saudáveis e atividade física regular.
Para diminuir o colesterol ruim: pratique atividade física, tenha uma alimentação saudável, consulte uma equipe de saúde para avaliação e orientações.
Para aumentar o colesterol bom: aumente o consumo de alimentos in natura, como verduras, frutas e legumes e reduza o consumo de alimentos ultraprocessados.
“Além de reeducação alimentar, o uso de medicamentos da classe das estatinas podem reduzir o LDL colesterol. Exames de triagem e de rotina são muito importantes sempre!”, concluiu o cardiologista.
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