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Diabetes além dos tipos 1 e 2: o que você precisa saber sobre o tipo 5

Foto: Pixabay
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Bruna Nazareth

A Federação Internacional de Diabetes (IDF), reconheceu recentemente uma nova classificação para o diabetes, denominada tipo 5, associada a desnutrição. Essa forma de diabetes foi descrita há mais de 70 anos e, por surgir com mais frequência em países tropicais, já foi conhecida como “diabetes tropical”.

Apesar disso, essa condição ainda é subestimada e pouco divulgada. É mais comum em países de baixa e média renda, afetando principalmente adolescentes e jovens adultos magros, com Índice de Massa Corporal (IMC) abaixo de 18,5 a 19, e em estado de desnutrição. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, estudos indicam maior prevalência entre homens que vivem em áreas rurais. Ao não buscarem por atendimento médico, aumenta o risco de complicações crônicas, como cegueira, problemas renais e cardíacos, além de amputações de membros inferiores.

Por suas semelhanças com o diabetes tipo 1 - que também afeta pessoas jovens e magras - o tipo 5 costuma ser confundido com ele. No caso do tipo 5, é provável que o indivíduo tenha passado por um quadro de desnutrição calórica-proteica significativa na vida intrauterina ou na primeira infância, justamente no período da formação dos órgãos. Isso leva a uma redução das células-beta, responsáveis pela produção de insulina no pâncreas. Como resultado, a secreção de insulina é reduzida, embora ainda superior à observada no tipo 1.

Sendo assim, é essencial estar atento às diferenças entre as duas condições da doença para garantir o diagnóstico e o tratamento adequados.

Diabetes tipo 1

Nesse tipo de diabetes, o sistema imunológico ataca, de forma equivocada, as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção da insulina. Como resultado, o organismo passa a liberar pouca ou nenhuma insulina, fazendo com que a glicose permaneça no sangue em vez de ser utilizada como fonte de energia. O tipo 1 corresponde a cerca de 5% a 10% dos casos da doença.

Os sintomas mais comuns incluem fome e sede excessivas, assim como a necessidade frequente de urinar ao longo do dia. Outros sinais possíveis são a  perda de peso, fraqueza, fadiga, mudanças de humor, náusea e vômito. O tratamento costuma envolver o uso de insulina, planejamento alimentar e atividades físicas.

Diabetes tipo 2

O diabetes tipo 2 é o mais comum, representando cerca de 90% dos casos da doença. Ele está frequentemente associado ao sobrepeso ou a obesidade, e ocorre quando o organismo não utiliza corretamente a insulina que produz ou não produz insulina em quantidade suficiente para manter os níveis de glicose sob controle. Em geral, manifesta-se após os 35 anos de idade.

Os sintomas são semelhantes aos do tipo 1, como fome e sede excessivas, vontade frequente de urinar, formigamento nas mãos e nos pés, infecções recorrentes na bexiga, rins e pele, feridas de difícil cicatrização e visão embaçada.

Em alguns casos, essa forma da doença pode ser controlada com atividade física regular e alimentação equilibrada. No entanto, há situações em que o uso de medicamentos, incluindo a ínsula, é necessário para manter os níveis de glicose sob controle.

*Com informações da Sociedade Brasileira de Diabetes

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