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Diagnóstico precoce é a melhor prevenção contra leucemia

Cerca de 12 mil novos casos são registrados no país anualmente

Foto: Divulgação
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Mariana Machado estagiária

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em cada ano do triênio 2023/2025 seriam diagnosticados quase 12 mil novos casos de leucemia no Brasil. A doença é um tipo de câncer que afeta as células sanguíneas e se origina na medula óssea, tecido responsável pela produção de sangue.

As leucemias são classificadas de acordo com a velocidade de evolução, aguda ou crônica, e com o tipo de célula sanguínea acometida, linfoide ou mieloide. Os quatro tipos principais são: Leucemia Linfocítica Aguda (LLA); Leucemia Mieloide Aguda (LMA); Leucemia Linfocítica Crônica (LLC); e Leucemia Mieloide Crônica (LMC).

De acordo com o Ministério da Saúde, a quantidade de novos casos corresponde a um risco estimado de 5,33 por 100 mil habitantes, sendo 6.250 em homens e 5.290 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 5,90 casos novos a cada 100 mil homens e 4,78 a cada 100 mil mulheres. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, a leucemia ocupa a décima posição entre os tipos de câncer mais frequentes.

A oncologista Sabina Aleixo explica que os sintomas podem ser inespecíficos e semelhantes a quadros comuns, como infecções virais ou anemia, sendo os mais frequentes: cansaço persistente e fraqueza, febre sem causa aparente, infecções de repetição, sangramentos ou hematomas fáceis, palidez e perda de peso involuntária.

Conforme a especialista afirma, o diagnóstico precoce permite iniciar o tratamento rapidamente, antes que a doença cause complicações mais graves. “Isso aumenta as chances de resposta às terapias, melhora a qualidade de vida do paciente e, em alguns tipos de leucemia, pode inclusive elevar as taxas de cura”, diz.

Sabina explica que a leucemia não costuma ter uma causa única, mas alguns fatores podem aumentar o risco da doença, como a exposição a radiação em altas doses e prolongada a certos produtos químicos, como o benzeno, tratamentos prévios com quimioterapia ou radioterapia, algumas síndromes genéticas ou, em casos mais raros, histórico familiar.

Por mais que não exista uma forma específica e garantida de prevenção à doença, algumas medidas gerais de proteção à saúde podem reduzir o risco, “como evitar exposição a substâncias tóxicas, não fumar, manter hábitos de vida saudáveis e realizar acompanhamento médico regular”, ressalta.

O tratamento da leucemia é realizado pelo hematologista, que “define a melhor estratégia de acordo com o tipo de leucemia, idade e condições de saúde do paciente. As principais opções terapêuticas incluem: quimioterapia (base do tratamento em muitos casos), terapias-alvo e imunoterapia, ou transplante de medula óssea, indicado em situações específicas”, explica a oncologista.

Segundo explica o hematologista do Centro de Tratamento Oncológico, Rodrigo Doyle, o principal sintoma da leucemia aguda, e que exige hospitalização e tratamento imediato, são principalmente aqueles relacionados à anemia, como cansaço, fraqueza e dificuldade de concentração. “Em seguida vem os sangramentos por conta da baixa contagem de plaquetas, como no nariz, ao escovar os dentes e manchas roxas na pele, e, por fim, febres por conta de infecções. E é nessa leucemia que, eventualmente, depois do tratamento com quimioterapia, precisa do transplante de medula óssea”, diz.

“Após o término da terapia, o acompanhamento médico é fundamental. Esse seguimento é feito com consultas regulares, exames de sangue e, em alguns casos, reavaliação da medula óssea. O objetivo é monitorar a resposta ao tratamento, detectar precocemente uma possível recaída e cuidar dos efeitos tardios que podem surgir”, completa Sabina.

Em Petrópolis, o tratamento por meio do SUS é encontrado no CTO, através de encaminhamento. Neste mês de agosto de 2025, 24 pacientes estão sendo atendidos pelo CTO SUS, sendo 21 com leucemia mieloide crônica e 3 com Leucemia Linfocítica Crônica.

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