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Dicas Financeiras para a Geração Z

Como evitar dívidas e construir um futuro seguro

Foto: Freepik
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Emanuelle Loli - estagiária

A Geração Z (pessoas nascidas de 1995 a 2010) está entrando no mercado de trabalho em um cenário econômico desafiador, com inflação, altas taxas de juros e um custo de vida crescente. Lidar com o dinheiro pode ser uma questão complexa para muitos desses jovens e, por conta disso, a Coordenadora do curso de Ciências Econômicas da UCP, Professora Vanessa Cristina dos Santos, dá dicas de como os jovens podem lidar com o dinheiro.

Segundo uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 47% dos jovens com idades entre 18 e 24 anos, não realizam o controle das finanças pessoais. A principal justificativa é o fato de não saber fazer (19%), sentir preguiça (18%), não ter hábito ou disciplina (18%) ou não ter rendimentos (16%).

Além disso, de acordo com dados do Serasa, do total de pessoas inadimplentes no Brasil, cerca de 11,7% são de jovens entre 18 a 25 anos.

De acordo com a professora Vanessa, existem algumas dicas para que jovens evitem cair no endividamento. São elas:

- Registre todas as despesas: Anotar para onde seu dinheiro vai ajuda a identificar gastos desnecessários.

- Evite compras por impulso: Antes de adquirir algo, pergunte-se se realmente precisa daquilo.

- Elabore um orçamento mensal: Defina quanto destinar para necessidades básicas, lazer e poupança. Há vários aplicativos disponíveis que auxiliam.

- Use o cartão de crédito com cautela: Gaste apenas o que pode pagar integralmente na fatura para evitar juros altos.

- Cultive o saudável hábito de poupar: Mesmo que seja uma quantia pequena, o importante é começar e ser consistente.

- Evite empréstimos desnecessários: Dívidas podem se acumular rapidamente devido aos juros.

- Pesquise antes de comprar: Compare preços e avalie se a compra é realmente necessária.

Além disso, nunca é cedo demais para começar a pensar no futuro. Segundo ela, o quanto antes os jovens pensarem em começar a pagar o INSS, melhor. “Quanto antes, melhor! Assim que você começa a trabalhar, é recomendável iniciar as contribuições para o INSS”, comentou.

Ela explica que mesmo o jovem não tendo um emprego formal de carteira assinada, é possível contribuir. “Você pode contribuir como segurado facultativo. Isso é válido para autônomos, estudantes etc. Basta se inscrever no INSS e escolher um plano de contribuição que se ajuste ao seu orçamento. Assim, você assegura benefícios como aposentadoria, auxílio-doença e pensão por morte”, disse.

O que é melhor? INSS ou Previdência Privada?

De acordo com a professora, depende dos benefícios pessoais.

INSS (Instituto Nacional do Seguro Social): É a previdência pública, onde o trabalhador contribui mensalmente para garantir a aposentadoria e outros benefícios, como auxílio-doença e salário-maternidade. As contribuições são obrigatórias para empregados formais.

Previdência Privada: É um complemento à previdência pública. Você escolhe um plano e faz contribuições que serão investidas para gerar uma renda futura. Existem dois tipos principais: PGBL (indicado para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda) e VGBL (para quem faz a declaração simplificada ou é isento).

“A previdência privada oferece flexibilidade nas contribuições e pode ser uma boa opção para diversificar sua aposentadoria. No entanto, não substitui o INSS, que garante benefícios importantes, como aposentadoria por invalidez e pensão para dependentes. O ideal é avaliar sua situação e considerar uma combinação de ambos, lembrando que há preocupações sobre a sustentabilidade da previdência pública devido a déficits crescentes”, informou Vanessa.

Inadimplência

A professora explica que a inadimplência ocorre quando uma dívida não é paga dentro do prazo estipulado. Isso pode levar a restrições no nome do consumidor, tornando mais difícil obter crédito, financiamentos e até mesmo contratar serviços essenciais, como aluguel, energia elétrica e telefone.

Para resolver essa situação:

- Avalie todas as suas dívidas: Faça uma lista detalhada do que deve.

- Negocie com os credores: Busque acordos que permitam descontos ou parcelamentos que caibam no seu orçamento.

- Evite contrair novas dívidas: Concentre-se em quitar as pendentes antes de assumir novos compromissos financeiros.

- Busque renda extra: Considere trabalhos adicionais ou venda de itens que não utiliza mais para gerar recursos adicionais.

- Adote hábitos financeiros mais saudáveis para evitar cair novamente na inadimplência.

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