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Diesel S10 encosta em R$ 6 por litro, maior valor neste ano

Aumento nos postos de Petrópolis foi observado na última semana, antes das novas tensões no Oriente Médio

Foto: Marcelo Camargo - Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo - Agência Brasil

Rômulo Barroso - especial para o Diário

O preço do óleo diesel S10 encontrado nos postos de Petrópolis alcançou o patamar mais alto neste ano última semana, de acordo com a pesquisa realizada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O levantamento apontou que o valor médio ficou em R$ 5,99/l no período entre os dias sete e 13 de abril.

A última vez que o preço cobrado diretamente dos motoristas ficou acima de seis reais foi no início de dezembro: R$ 6,13/l. Depois, osciolou entre R$ 5,89/l e R$ 5,92/l até o fim de janeiro e, desde a primeira semana de fevereiro, se manteve estável em R$ 5,94/l. Na última semana, alta registrada foi de 0,84% em relação às nove pesquisas anteriores.

Esse levantamento feito pela ANP observou os preços cobrados em seis postos, nos bairros Capela, Itaipava, Centro (dois estabelecimentos), Morin e Correas. O motorista encontrou nesse locais o combustível custando de R$ 5,89/l até R$ 6,29/l, ou seja, uma diferença de até 40 centavos dependendo do posto.

Na comparação, o preço médio de Petrópolis ficou mais alto do que o registrado em todo país (R$ 5,93/l), mas terminou abaixo do estado (R$ 6,10/l).

O óleo diesel é o combustível usado por veículos pesados, que fazem transporte de carga e passageiros (tratores, caminhões, ônibus). A versão S10 é a utilizada pelos veículos fabricados desde 2013, enquanto o diesel comum (S500) é usado pelos mais antigos. Na semana passada, o diesel comum seguiu com preço médio de R$ 5,85/l, preço que vem desde o início de fevereiro.

Alta antes de novas tensões no Oriente Médio

Essa alta registrada em Petrópolis acompanha um movimento similar ao que ocorreu também no estado, que subiu o preço médio 0,66% na semana passada (na média nacional, se manteve em R$ 5,93/l). E aconteceu antes das novas tensões observadas no Oriente Médio. O ataque feito pelo Irã contra Israel reacendeu preocupações sobre a variação do preço do barril do petróleo em todo planeta, uma vez que a região é grande produtora.

Neste ano, o barril do petróleo tipo brent já apresenta uma alta de 20%. Ao longo da semana passada, o preço do barril subiu por conta da expectativa do ataque, que aconteceu efetivamente no sábado (13), mas nos últimos dias, se manteve em estabilidade.

Os impactos de uma eventual alta do preço do petróleo no cenário internacional passam por um possível aumento do valor dos combustíveis, causando mais pressão sobre a inflação e o dólar, levando a uma queda da taxa de juros em ritmo mais lento. Por isso, o cenário vem sendo acompanhado de perto pelo Ministério de Minas e Energia.

"O Brasil, como todos os países do mundo, sofre impactos quando há restrição de produção ou de comercialização do petróleo", disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ainda na segunda-feira (15). "É importante que a gente esteja atento. O ministério está debruçado. Hoje (segunda) mesmo, já fiz uma reunião cedo com a Secretaria Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis [do MME], a fim de que a gente possa, em um grupo de monitoramento permanente da oscilação do preço do Brent [petróleo cru], que eu acabei de criar, estar atentos e agir de pronto com os mecanismos que nós temos e que respeitem, mais uma vez, a governança do setor privado e também da própria Petrobras, que é uma empresa de economia mista", afirmou o ministro.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, também admite a possibilidade de impactos no preço do petróleo caso o conflito fique mais intenso no Oriente Médio, mas ressalta que isso não ocorreu até o momento.

"Não aconteceu nada relevante até agora em termos de preço. É só ver o comportamento do preço. Esse conflito no Oriente Médio está de certa forma precificado", disse. "Se virar uma coisa maior do que uma rusga, aí vai ter impacto no preço", continuou ele durante uma audiência no Senado, na terça (16).
Vale dizer que o preço do óleo diesel está em defasagem em relação ao mercado internacional. De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), nessa quarta (17) o preço praticado no Brasil estava 13% mais baixo do que no exterior (uma diferença de 51 centavos por litro). A última mudança de preço foi uma redução praticada pela Petrobras no fim do ano passado.

Outros produtos pesquisados pela ANP mantiveram estabilidade

Em relação aos outros produtos pesquisados pela ANP na cidade, todos eles mantiveram estabilidade. O etanol continuou a R$ 4,93/l, o mais alto do Rio. A gasolina comum segue com valor de R$ 6,33/l, só atrás de Três Rios no estado. Já a aditivada apresentou preço de R$ 6,42/l (terceiro maior entre os municípios fluminenses). O botijão de 13 kg de gás de cozinha mais uma vez fechou a pesquisa com média de R$ 97,49. E o GNV (gás natural veicular) completou 40 semanas custando R$ 4,99/m³.

Tabela Diesel

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