Essa avanço na Região Serrana, sobretudo em Petrópolis, começava no Parque União, no Complexo da Maré em Bonsucesso, na Zona Norte do Rio
O Disque Denúncia (2253-1177) divulgou, no sábado (04), um cartaz para auxiliar nas investigações da 106ª DP (Itaipava), a fim de obter informações que levem à localização e prisão de quatro homens, membros da Organização Narcoterrorista Comando Vermelho (CV), envolvidos na tentativa de expansão territorial na Região Serrana, sobretudo Petrópolis, a partir do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio. São eles: Wando da Silva Costa, vulgo “Macumbinha”, de 35 anos; chefe do CV para a Região Serrana; Luís Felipe Alves de Azevedo, de 35, , braço direito de Wando; Paulo Victor Pinho Alves, vulgo “Noia”, de 30 e Guilherme Augusto Martins de Oliveira, vulgo “Guilherme Escorrega”, de 40. Todos são considerados foragidos da Justiça.
Policiais da 106ª DP (Itaipava) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), com apoio do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, deflagraram, na última quinta-feira (02/10), a maior operação contra o tráfico de drogas na Região Serrana. Na segunda fase da "Operação Asfixia", os agentes cumpriram 18 mandados de prisão contra narcotraficantes ligados à facção criminosa Comando Vermelho atuantes, principalmente, em Petrópolis.
Foram identificados 55 envolvidos no esquema. Wando, Luís Felipe e outros comparsas costumam se esconder no Parque União, no Complexo da Maré, de onde coordenavam o transporte de drogas e de armas para Petrópolis. Sendo redistribuído em diferentes áreas de Itaipava, cada qual sob a responsabilidade de gerentes locais. De acordo com os agentes, o grupo também exercia o controle territorial e aplicava regras violentas à comunidade, impondo medo e repressão a quem se opunha à facção.
Um dos alvos preso, foi Robson Esteves de Oliveira, que exercia cargo de assessor especial da Secretaria de Serviços, Ordem e Segurança Pública da Prefeitura de Petrópolis. Ele é suspeito de atuar como facilitador logístico da facção, contribuindo com informações e apoio institucional para o tráfico de drogas. O outro preso foi sargento Bruno da Cruz Rosa, lotado no 20º BPM (Mesquita), foi denunciado, segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), por repassar informações sobre operações e a localização de viaturas em troca de pagamentos. De acordo com a denúncia, ele também auxiliava na instalação de aparelhos de GPS em veículos da polícia para monitorar a movimentação das equipes, facilitando a atuação do tráfico de drogas na Região Serrana.
Não é só para a Região Serrana que o CV expandiu suas atividades criminosas, municípios do Sul Fluminense, também já estariam com guerra entre facções criminosas do CV e TCP, por disputas por pontos de drogas, como em Porto Real, Barra Mansa, Itatiaia e Valença. Os mandados desta operação “Asfixia”, foram cumpridos nas localidades de Madame Machado, Nogueira (Águas Lindas e Calembe), Secretário e Araras (Santa Luzia, Vista Alegre e Poço dos Peixes), além do Morro da Provisória, em Petrópolis, e na Comunidade da Maré, na capital fluminense.
Contra os quatro procurados, foi expedido um Mandado de Prisão, expedido pela 1ª Vara Criminal de Petrópolis, com pedido de Prisão, pelos crimes de Corrupção Ativa e Associação para o Tráfico de Drogas.
Cabe ressaltar, ainda, que o traficante “Macumbinha”, se encontra na condição de Evadido do Sistema Prisional, desde 18 de maio de 2019; Luís Felipe, foi preso em abril de 2009, e teve um Alvará de Soltura, em setembro do mesmo ano. Paulo Victor, tem três passagens pelo sistema carcerário, sendo sua última prisão em junho de 2023 , pelos crimes de tráfico e receptação, e está em liberdade, graças a um Habeas Corpus, emitido em novembro do mesmo ano. E por fim, Guilherme Augusto, está em liberdade cumprindo em Prisão Albergue Domiciliar (PAD).
Assim, a 106ª DP, solicita que quem tiver informações sobre os quatro foragidos da Justiça, favor entrar em contato pelos seguintes canais de atendimento:
Central de atendimento/Call Center: (021) - 2253 1177 ou 0300-253-1177
WhatsApp Anonimizado: (021) 2253-1177 (técnica de processamento de dados que remove ou modifica informações que possam identificar uma pessoa)
Aplicativo: Disque Denúncia RJ
Anonimato Garantido
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