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Doenças reumáticas atingem mais de 15 milhões de brasileiros

Foto: Divulgação
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Larissa Martins - especial para o Diário

Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, doenças reumáticas atingem mais de 15 milhões de brasileiros. Entre as mais comuns estão a osteoartrite, popularmente conhecida como artrose, fibromialgia, osteoporose, gota, tendinite, bursite, Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), lombalgias, espondiloartrites e artrite reumatoide.

As mulheres são as principais acometidas pela artrose, representando 18% das vítimas, segundo a Organização Mundial de Saúde. E, 10% dos homens com mais de 60 anos também sofrem com a doença.  Além disso, representa de 30 a 40% das consultas em ambulatórios de Reumatologia, de acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR).

Um dos principais sintomas é a dor extrema que impede até mesmo de realizar tarefas simples do dia a dia, segundo a Ingrid Bandeira Moss, médica reumatologista e diretora de comunicação e mídias sociais da Sociedade de Reumatologia do Rio de Janeiro (SRRJ).

A osteoartrite, predominante entre os idosos, é caracterizada por dor e perda de mobilidade do segmento afetado, e acomete mais comumente joelhos, coluna, quadris e mãos. Já a fibromialgia, que se destaca pela dor crônica e fadiga, mesmo não deformante, pode vir acompanhada de distúrbios do sono e depressão. A artrite reumatoide provoca inflamação nas articulações e pode gerar deformidades irreversíveis se não tratada adequadamente. O lúpus, apesar de menos comum, pode comprometer vários órgãos do corpo além das articulações (pele, rins e sistema nervoso central, por exemplo), e também leva, se não tratado adequadamente, à perda de função desses órgãos, explica.

Diagnóstico precoce

A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) e suas regionais (no Rio de Janeiro, a SRRJ) têm intensificado seus esforços para conscientizar a população sobre a relevância do diagnóstico precoce dessas condições, promovendo campanhas educativas para a população e treinamentos para profissionais de saúde não especialistas. No domingo (1/9) aconteceu, por exemplo, uma mobilização em várias cidades do país que levou os reumatologistas a locais públicos para esclarecer dúvidas da população e promover a conscientização para as doenças reumáticas. Esse é um evento anual promovido pela SBR. Outros caminhos são as redes sociais. Tanto a SBR quanto a SRRJ têm redes sociais bastante atuantes e comprometidas em levar ao público conteúdo de valor, com embasamento científico e em linguagem clara e acessível para o público em geral, conta Ingrid.

A genética desempenha um papel significativo no desenvolvimento de várias dessas doenças, como no caso da artrite reumatoide e do lúpus, onde a hereditariedade tem influência, e pessoas que têm parentes em primeiro grau com doenças autoimunes têm maior chance de desenvolver alguma doença do que quem não tem.

Além disso, mais recentemente, descobrimos um papel cada vez mais importante de fatores ambientais, como tabagismo e a obesidade, por exemplo, que também são determinantes no risco de desenvolvimento de condições reumáticas. A fisioterapia e outros tratamentos complementares desempenham um papel essencial no manejo das doenças reumáticas, pois ajudam a reduzir a dor, melhorar a mobilidade e a função física, e aumentar a qualidade de vida dos pacientes. A fisioterapia, especificamente, utiliza exercícios terapêuticos, técnicas de alongamento e fortalecimento muscular, além de recursos como calor, frio e eletroterapia, para aliviar sintomas, melhorar a amplitude de movimento e prevenir deformidades, afirma. Outras abordagens complementares, como a acupuntura, a terapia ocupacional e a hidroterapia, também podem ser eficazes ao promover o relaxamento muscular e melhorar a postura. Essas intervenções são especialmente importantes em doenças reumáticas crônicas, como artrite reumatoide, osteoartrite e espondilite anquilosante, onde o controle da dor e a manutenção da função são fundamentais para melhorar a autonomia do paciente. Essas terapias complementares, quando combinadas com o tratamento médico tradicional, proporcionam uma abordagem multidisciplinar que otimiza o cuidado do paciente, acrescenta.

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