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Encontro internacional discute ampliação do acesso a antivenenos na América Latina

Evento no Rio de Janeiro reúne laboratórios de nove países e destaca papel estratégico da cooperação internacional para garantir imunobiológicos a populações vulneráveis

Reprodução / site SES-RJ
Reprodução / site SES-RJ

Garantir que antivenenos de qualidade cheguem às populações mais vulneráveis da América Latina é o foco da 2ª Reunião Presencial Regular da Rede de Laboratórios Públicos Produtores de Antivenenos da América Latina (RELAPA), que acontece até 15 de maio, no Rio de Janeiro. Organizado pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), por meio do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa e Saúde Pública Veterinária (PANAFTOSA/SPV), o encontro reúne representantes de instituições de referência em nove países e promove o fortalecimento da cooperação técnica e política na área de imunobiológicos.

Entre os participantes está o Instituto Vital Brazil (IVB), vinculado ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, que atua como um dos principais centros produtores de soros antiveneno do Brasil e único fabricante nacional do soro contra a aranha viúva-negra. O diretor-presidente da instituição, Dr. Alexandre Chieppe, participará da mesa de abertura do evento, marcada para a manhã do dia 13.

“É uma satisfação representar o Instituto Vital Brazil nesse espaço internacional de diálogo. A RELAPA permite que laboratórios compartilhem experiências e encontrem soluções conjuntas para um desafio comum: garantir o acesso equitativo a antivenenos, especialmente em países onde a produção é limitada ou inexistente”, afirmou.

Criada em 2018, a RELAPA tem como missão ampliar a disponibilidade e acessibilidade de antivenenos eficazes e seguros nos países da região, contribuindo para a redução da mortalidade e das sequelas graves causadas por acidentes com animais peçonhentos. Para isso, aposta no intercâmbio de conhecimento técnico-científico, no fortalecimento dos sistemas produtivos locais e na articulação entre governos.

“Em muitos países da América Latina, acidentes com serpentes, escorpiões ou aranhas representam uma grave ameaça à saúde pública, principalmente em áreas rurais e de difícil acesso. Por isso, encontros como este são cruciais para coordenar estratégias regionais e garantir que os soros cheguem onde são mais necessários”, completou Chieppe.

Além do Instituto Vital Brazil, participam da reunião representantes do Instituto Butantan e da Fundação Ezequiel Dias (FUNED), ambos do Brasil; do Instituto Clodomiro Picado (Costa Rica); do Instituto Nacional de Salud (Colômbia); do INLASA (Bolívia); do Centro Nacional de Productos Biológicos (Peru); da BIRMEX (México); do INSPI (Equador); e da ANLIS “Dr. Carlos Malbrán” (Argentina).

Como parte da programação, os participantes realizarão no dia 14 de maio uma visita técnica às duas unidades do Instituto Vital Brazil. A primeira parada será no serpentário de Xerém, em Duque de Caxias. Em seguida, a comitiva conhecerá a sede administrativa e laboratorial em Niterói, onde são conduzidas atividades de pesquisa, produção e controle de qualidade dos imunobiológicos.

Com mais de um século de história, o Instituto Vital Brazil desempenha papel central na resposta nacional a acidentes com animais peçonhentos e colabora com projetos internacionais para capacitação técnica, aprimoramento da produção e identificação correta das espécies envolvidas nos acidentes.

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